Ser Educacional (SEER3) tem o melhor dia de sua história na bolsa — mas talvez você não devesse comprar as ações. Entenda por quê
Apesar da reversão do prejuízo registrado no primeiro trimestre de 2024 e da receita acima das expectativas, BTG, Santander e JP Morgan não acham que seja hora de comprar as ações. Veja os números e entenda os motivos

Nos últimos três anos, a Ser Educacional (SEER3) sentou a bunda na cadeira e começou a estudar saídas para a crise que se instalou em 2018, se agravou com a pandemia e derrubou as ações em mais de 60% — um cenário marcado por queda na captação de alunos, alta evasão escolar e concorrência acirrada.
A empresa começou o processo de turn around em 2022, e parece estar colhendo os frutos agora. A companhia líder do setor no Nordeste divulgou, na noite desta quarta-feira (14), os resultados referentes ao primeiro trimestre de 2025 — e os números parecem ter agradado o mercado.
A ação da companhia terminou o pregão desta quinta-feira (15) na liderança dos ganhos da B3, com uma alta de 19,89%, negociada a R$ 8,50 — a maior alta diária desde sua estreia na bolsa, em 2013.
- E MAIS: Temporada de balanços do 1T25 - confira em quais ações vale a pena investir
Apesar dos ganhos, os papéis ainda estão cerca de 37% abaixo do pico histórico, alcançado em fevereiro de 2022, quando chegaram a R$ 11,82. No entanto, no acumulado de 2025, a alta é de mais de 95%.
Os destaques do balanço da Ser Educacional
A Ser Educacional terminou os três primeiros meses deste ano com um lucro líquido de R$ 43,6 milhões — revertendo o prejuízo de R$ 17,5 milhões reportado no mesmo período do ano anterior.
A receita líquida subiu 19,8% na base anual, para R$ 539 milhões, superando as expectativas do Santander e do BTG Pactual — impulsionada por um forte ciclo de captação de alunos nos cursos presenciais e híbridos e pelo crescimento expressivo dos tíquetes médios, especialmente nos cursos de Medicina.
Leia Também
Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado atingiu R$ 143,6 milhões, uma alta de 57,9% frente ao mesmo intervalo de 2024.
A margem Ebitda ajustada da Ser Educacional alcançou 26,6% no primeiro trimestre, uma expansão de 6,4 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado, também acima do esperado pelo Santander e pelo BTG Pactual.
Para o BTG Pactual, a empresa encerrou o primeiro trimestre com geração de caixa sólida e redução da alavancagem.
O fluxo de caixa livre após investimentos atingiu R$ 75 milhões, avanço expressivo frente aos R$ 42 milhões registrados um ano antes. O resultado foi impulsionado por resultados operacionais mais fortes, leve queda nos investimentos — que somaram R$ 23 milhões, redução de 8% na base anual — e melhorias no capital de giro.
Após o pagamento de juros, a dívida líquida recuou R$ 56 milhões no trimestre, para R$ 663 milhões.
Assim, a alavancagem financeira da Ser Educacional, medida pela razão entre a dívida líquida e o Ebitda ajustado dos últimos 12 meses, apresentou melhora pelo nono trimestre consecutivo. No primeiro trimestre de 2025, esse indicador caiu para 1,35 vez, ante 1,99 vez registrado no mesmo período do ano anterior.
No entanto, o JP Morgan chama atenção para o avanço da inadimplência, que cresceu 37,9% na comparação anual e passou a representar 11,1% da receita no trimestre, ante 9,6% no mesmo período de 2024.
O movimento foi influenciado, em parte, por uma provisão extra de R$ 8,9 milhões relacionada ao programa Ser Solidário, que facilita o acesso ao ensino superior a estudantes com dificuldades financeiras.
O que fazer com as ações da Ser Educacional?
Apesar dos pontos positivos do balanço, BTG Pactual, Santander e JP Morgan mantiveram recomendação neutra para as ações.
“Reconhecemos as melhorias recentes, que nos deixam mais otimistas com a ação, apesar da manutenção da recomendação oficial neutra. Ressaltamos ainda que os papéis da Ser estão ficando para trás em relação ao rali de outras empresas do setor de educação no ano”, escrevem os analistas do BTG Pactual.
Banco do Brasil (BBAS3) cai mais de 5% e Ibovespa recua 2,1% em dia de perdas generalizadas; dólar sobe a R$ 5,509
Apenas cinco ações terminaram o pregão desta terça-feira (19) no azul no Ibovespa; lá fora, o Dow Jones renovou recorde intradia com a ajuda de balanços, enquanto o Nasdaq foi pressionado pelas fabricantes de chip
Banco do Brasil (BBAS3) numa ponta e Itaú (ITUB4) na outra: após resultados do 2T25, o investidor de um destes bancos pode se decepcionar
Depois dos resultados dos grandes bancos no último trimestre, chegou a hora de saber o que o mercado prevê para as instituições nos próximos meses
Do fiasco do etanol de segunda geração à esperança de novo aporte: o que explica a turbulenta trajetória da Raízen (RAIZ4)
Como a gigante de energia foi da promessa do IPO e da aposta do combustível ESG para a disparada da dívida e busca por até R$ 30 bilhões em capital
Cade aceita participação da Petrobras (PETR4) em negociações de ações da Braskem (BRKM5), diz jornal
De acordo com jornal Valor Econômico, a estatal justificou sua intervenção ao alegar que não foi notificada da intenção de venda
Petrobras (PETR4) joga balde de água fria em parceria com a Raízen (RAIZ4)
Em documento enviado à CVM, a estatal nega interesse em acordo com a controlada da Cosan, como indicou o jornal O Globo no último sábado (16)
David Vélez, CEO do Nubank (ROXO34), vende US$ 435,6 milhões em ações após resultados do 2T25; entenda o que está por trás do movimento
A liquidação das 33 milhões de ações aconteceu na última sexta-feira (15), segundo documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA
Lucro da XP (XPBR31) sobe a R$ 1,3 bilhão no 2T25, mas captação líquida despenca 70% em um ano
A XP teve um lucro líquido de R$ 1,32 bilhão no segundo trimestre de 2025, um crescimento de 18% na base anual; veja os destaques do resultado
Copel (CPLE6) marca assembleia sobre migração para o Novo Mercado; confira a data
Além da deliberação sobre o processo de mudança para o novo segmento da bolsa brasileira, a companhia também debaterá a unificação das ações
Banco Central aciona alerta de segurança contra possível ataque envolvendo criptoativos
Movimentações suspeitas com USDT no domingo gerou preocupações no BC, que orientou empresas de pagamento a reforçarem a segurança
Credores da Zamp (ZAMP3) dão luz verde para a OPA que vai tirar a dona do Burger King da bolsa
A oferta pública de aquisição de ações ainda precisa da adesão de dois terços dos acionistas minoritários
Raízen (RAIZ4) dispara 10% após notícias de possível retorno da Petrobras (PETR4) ao mercado de etanol
Segundo O Globo, entre as possibilidade estão a separação de ativos, acordos específicos de gestão ou a compra de ativos isolados
Com salto de 46% no lucro do segundo trimestre, JHSF (JHSF3) quer expandir aeroporto executivo; ações sobem na B3
A construtora confirmou que o novo projeto foi motivado pelos bons resultados obtidos entre abril e junho deste ano
Prio (PRIO3) anuncia paralisação de plataforma no campo de Peregrino pela ANP; entenda os impactos para a petroleira
A petroleira informou que os trabalhos para os ajustes solicitados levarão de três a seis semanas para serem cumpridos
Hora de dar tchau: GPA (PCAR3) anuncia saída de membros do conselho fiscal em meio a incertezas na liderança
Saídas de membros do conselho e de diretor de negócios levantam questões sobre a direção estratégica do grupo de varejo
Entre flashes e dívidas, Kodak reaparece na moda analógica mas corre o risco de ser cortada do mercado
Empresa que imortalizou o “momento Kodak” enfrenta nova crise de sobrevivência
Presidente do Banco do Brasil (BBAS3) corre risco de demissão após queda de 60% do lucro no 2T25? Lula tem outro culpado em mente
Queda de 60% no resultado do BB gera debate, mas presidente Tarciana Medeiros tem respaldo de Lula e minimiza pressão por seu cargo
Compra do Banco Master pelo BRB vai sair? Site diz que Banco Central deve liberar a operação nos próximos dias
Acordo de R$ 2 bilhões entre bancos avança no BC, mas denúncias de calote e entraves judiciais ameaçam a negociação
Petrobras (PETR4) avalia investimento na Raízen (RAIZ4) e estuda retorno ao mercado de etanol, diz jornal
Estatal avalia compra de ativos ou parceria com a joint venture da Cosan e Shell; decisão final deve sair ainda este ano
Dividendos e JCP: Vulcabras (VULC3) vai distribuir R$ 400 milhões em proventos; confira os prazos
A empresa de calçados vai distribuir proventos aos acionistas na forma de dividendos, com pagamento programado somente para este ano
Gol (GOLL54) segue de olho em fusão com a Azul (AZUL4), mas há condições para conversa entre as aéreas
A sinalização veio após a Gol divulgar resultados do segundo trimestre — o primeiro após o Chapter 11 — em que registrou um prejuízo líquido de R$ 1,532 bilhão