Prio (PRIO3) abocanha campos de Peregrino e Pitangola por US$ 3,35 bilhões e ações sobem — negócio pode turbinar dividendos, diz bancão
Aquisição já era esperada pelo mercado; transação é avaliada positivamente pelo BTG Pactual e pela XP Investimentos
A Prio (PRIO3) vinha namorando as operações restantes da Peregrino na vitrine há tempos. E agora a petroleira adicionou as participações no carrinho de compras — e vai levar junto o campo de Pitangola.
A empresa informou que assinou contratos com a Equinor Brasil Energia para a aquisição da participação total de 60% dos campos de Peregrino e Pitangola. O valor da transação é de US$ 3,35 bilhões.
Como a Prio já possui 40% das operações, o campo de Peregrino vai passar a ser detido e operado integralmente pela petroleira.
A aquisição já era esperada pelo mercado, e é avaliada positivamente pelo BTG Pactual e pela XP Investimentos.
Na visão dos analistas do BTG, a operação tem potencial para acelerar a transformação da petroleira em uma “máquina de dividendos” nos próximos 18 meses.
Já a XP Investimentos avalia que o acordo é um agregador de valor e espera que a operação gere uma reação positiva das ações.
Leia Também
Os investidores parecem concordar com a avaliação. Por volta das 11h50, as ações da Prio subiam 5,55%, negociadas a R$ 35,58.
- VEJA MAIS: A temporada de balanços do 1T25 começou – veja como receber análises dos resultados das empresas e recomendações de investimentos
A aquisição no detalhe
Segundo comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na noite de quinta-feira (1), o negócio vai agregar 202 milhões de barris de reservas e recursos 1P+1C à companhia.
De acordo com a Prio, todos os valores serão pagos utilizando os recursos já disponíveis na conta-corrente da empresa, somados à geração de caixa da companhia até o fechamento da operação.
A petroleira ainda informou um aumento temporário do nível de alavancagem para aproximadamente 2 vezes a relação dívida líquida/Ebitda, “que permanecerá dentro de faixas saudáveis e conservadoras", afirmou a empresa.
A Prio espera que as operações sejam concluídas entre o final de 2025 e meados de 2026. As aquisições ainda estão sujeitas à aprovação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
- E MAIS: Calendário de resultados desta semana inclui Weg, Santander e outras empresas; acompanhe a cobertura completa de balanços
Vêm dividendos por aí? A aquisição da Prio
O BTG Pactual já havia sinalizado que tem a Prio como nome favorito entre Prio, Brava e PetroRecôncavo, segundo relatório divulgado na última terça-feira (29).
Com a aquisição dos campos de Peregrino e de Pitangola, o banco reiterou a recomendação de compra para as ações PRIO3.
O BTG também estima uma valorização de 10% nas ações, apesar de ressaltar que dependerá da capacidade da Prio de extrair sinergias.
Como a avaliação do banco não considera sinergias operacionais, uma estimativa conservadora de US$ 80 milhões em economias anuais poderia gerar um valor líquido adicional de US$ 550 milhões. O montante equivale a R$ 3,80 por ação ou 11% de valorização.
O banco ainda enxerga que o acordo é um passo estratégico para a Prio, já que permite à petroleira continuar se expandindo por meio de ganhos de eficiência em ativos maduros, sem comprometer sua capacidade de geração de Fluxo de Caixa Livre para o Patrimônio Líquido (FCFE).
Já a XP Investimentos avalia a operação como estratégica, já que o campo de Peregrino está localizado próximo a outros campos operados pela Prio.
Apesar de a operação ocorrer antes do previsto pelos analistas da instituição, a casa avalia que a petroleira está preparada para a aquisição.
A XP Investimentos também considera a operação como um negócio que "agrega valor". Isso porque estima um ganho de R$ 3 a R$ 5 por ação, o que representa uma valorização de 9% a 15%.
- VEJA MAIS: Ação brasileira da qual ‘os gringos gostam’ tem potencial para subir mais de 20% em breve; saiba o porquê
Uma questão de alavancagem: o valor da compra dos campos pela Prio
Embora o valor da operação possa parecer alto, o BTG avalia que, ajustando pelo desempenho financeiro de Peregrino desde janeiro de 2024, o desembolso efetivo da Prio fique mais próximo de US$ 2,5 bilhões.
Assim, considerando as estimativas do valor justo de US$ 16 para cada barril de petróleo equivalente (boe) do campo de Peregrino, a participação da Equinor valeria US$ 2,6 bilhões ao final de 2025.
Ou seja, acima do desembolso líquido estimado de US$ 2,5 bilhões, segundo o BTG Pactual.
Já em relação à alavancagem, o banco estima que o indicador pode subir para cerca de 2,5 vezes a dívida líquida/Ebitda até o final de 2025, considerando o preço do petróleo Brent entre US$ 60 e US$ 65.
Ainda assim, os analistas não veem motivo para preocupação e projetam que a alavancagem deve cair para menos de 1,5 vez até o fim de 2026.
Para a XP Investimentos, a alavancagem também não é uma preocupação. Os analistas indicam que deve permanecer abaixo de 2 vezes.
As estimativas projetam a alavancagem em 1,9 vez em um cenário em que o preço médio do petróleo Brent seja de US$ 60 e se o campo de Wahoo não começar a produzir antes do fechamento da aquisição.
Na suposição mais otimista da instituição, com o preço do Brent a US$ 70, a Prio ficaria neutra em fluxo de caixa em 2026, mesmo incluindo o pagamento da aquisição.
Além disso, a XP Investimentos também enxerga que o pagamento final será menor por conta de ajustes.
Sob ameaça de banimento, TikTok é vendido nos EUA em um acordo cheio de pontos de interrogação
Após anos de pressão política, TikTok redefine controle nos EUA, com a Oracle entre os principais investidores e incertezas sobre a separação da ByteDance
O “presente de Natal” do Itaú (ITUB4): banco distribui ações aos investidores e garante dividendos turbinados
Enquanto os dividendos extraordinários não chegam, o Itaú reforçou a remuneração recorrente dos investidores com a operação; entenda
Petrobras (PETR4) e Braskem (BRKM5) fecham contratos de longo prazo de quase US$ 18 bilhões
Os contratos são de fornecimento de diferentes matérias primas para várias plantas da Braskem pelo país, como nafta, etano, propano e hidrogênio
Bradesco (BBDC4), Cemig (CMIG4), PetroRecôncavo (RECV3), Cogna (COGN3) e Tenda (TEND3) pagam R$ 5 bilhões em proventos; Itaú (ITUB4) anuncia bônus em ações
A maior fatia dessa distribuição farta ficou com o Bradesco, com R$ 3,9 bilhões, enquanto o Itaú bonifica acionistas em 3%; confira todos os prazos e condições para receber
CVM reabre caso da Alliança e mira fundo de Nelson Tanure e gestora ligada ao Banco Master 2 anos depois de OPA
O processo sancionador foi aberto mais de dois anos após a OPA que consolidou o controle da antiga Alliar, na esteira de uma longa investigação pela autarquia; entenda
Dona do Google recebe uma forcinha de Zuckerberg na ofensiva para destronar a Nvidia no mercado de IA
Com o TorchTPU, a Alphabet tenta remover barreiras técnicas e ampliar a adoção de suas TPUs em um setor dominado pela gigante dos chips
Casas Bahia (BHIA3) aprova plano que estica dívidas até 2050 e flexibiliza aumento de capital; ações sobem mais de 2%
Plano aprovado por acionistas e credores empurra vencimentos, reduz pressão de caixa e amplia a autonomia do conselho
Brava Energia (BRAV3) salta mais de 10% após rumores de venda de poços e com previsão de aumento nos investimentos em 2026
Apesar de a empresa ter negado a venda de ativos para a Eneva (ENEV3), o BTG Pactual avalia que ainda há espaço para movimentações no portfólio
Agora é lei: cardápios de papel serão obrigatórios em bares e restaurantes de São Paulo, dando adeus à hegemonia dos ‘QR Codes’
Cardápios digitais, popularizados durante a pandemia, permaneceram quase que de forma exclusiva em muitos estabelecimentos – mas realidade pode mudar com projeto de lei aprovado pela Alesp
Presente de Natal da Prio (PRIO3)? Empresa anuncia novo programa de recompra de até 86,9 milhões de ações; confira os detalhes
O conselho da Prio também aprovou o cancelamento de 26.890.385 ações ordinárias mantidas em tesouraria, sem redução do capital social
Exclusivo: Oncoclínicas (ONCO3) busca novo CEO e quer reestruturar todo o alto escalão após a crise financeira, diz fonte
Após erros estratégicos e trimestres de sufoco financeiro, a rede de oncologia estuda sucessão de Bruno Ferrari no comando e busca novos executivos para a diretoria
Copasa (CSMG3): lei para a privatização da companhia de saneamento é aprovada pelo legislativo de Minas Gerais
O texto permite que o estado deixe de ser o controlador da companhia, mas mantenha uma golden share, com poder de veto em decisões estratégicas
B de bilhão: BB Seguridade (BBSE3) anuncia quase R$ 9 bi em dividendos; Cemig (CMIG4) também libera proventos
Empresas anunciam distribuição farta aos acionistas e garantem um fim de ano mais animado
Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) estão entre as rainhas dos dividendos no 4T25; Itaú BBA diz quais setores vão reinar em 2026
Levantamento do banco aponta que ao menos 20 empresas ainda podem anunciar proventos acima de 5% até o final do ano que vem
MRV (MRVE3) entra no grupo de construtoras que vale a pena comprar, mas a preferida do JP Morgan é outra
Banco norte-americano vê espaço para uma valorização de até 60% nas ações do setor com juros menores e cenário político mais favorável em 2026
Ação acusa XP de falhas na venda de COEs como o da Ambipar (AMBP3) e pede R$ 100 milhões na Justiça
Após perdas bilionárias com COEs da Ambipar, associações acusam a corretora de erros recorrentes na venda de produtos ligados à dívida de grandes empresas no exterior
Ações da Oncoclínicas (ONCO3) na mão de Vorcaro vão parar no Banco de Brasília. O acordo para trocar os CDBs do Master subiu no telhado?
Com a transferência das cotas de fundos do Master para o BRB, investidores questionam o que acontece com o acordo da Oncoclínicas para recuperar o investimento em papéis do Master
Orizon (ORVR3) compra Vital e cria negócio de R$ 3 bilhões em receita: o que está por trás da operação e como fica o acionista
Negócio amplia a escala da companhia, muda a composição acionária e não garante direito de recesso a acionistas dissidentes
Maior rede de hospitais privados pagará R$ 8,12 bilhões em proventos; hora de investir na Rede D’Or (RDOR3)?
Para analista, a Rede D’Or é um dos grandes destaques da “mini temporada de dividendos extraordinários”
Fim da especulação: Brava Energia (BRAV3) e Eneva (ENEV3) negam rumores sobre negociação de ativos
Após rumores de venda de ativos de E&P avaliados em US$ 450 milhões, companhias desmentem qualquer transação em curso