Orizon (ORVR3) compra Vital e cria negócio de R$ 3 bilhões em receita: o que está por trás da operação e como fica o acionista
Negócio amplia a escala da companhia, muda a composição acionária e não garante direito de recesso a acionistas dissidentes
A Orizon (ORVR3) deu um passo decisivo para mudar de patamar no setor de saneamento e gestão ambiental no Brasil. A companhia anunciou nesta quarta-feira (17) um acordo para incorporar a Vital e suas subsidiárias, GBio Energia e Orbis Ambiental, em uma operação que cria o maior player do país em volume de resíduos destinados.
Pelos termos do acordo, a Orizon vai emitir 41,2 milhões de novas ações ordinárias e 5,6 milhões de bônus de subscrição para os atuais controladores da Vital.
Após a conclusão da operação, esse grupo ficará com até 30% do capital social da Orizon, que passa a deter 100% das operações da Vital, GBio e Orbis.
Somadas, as duas formam uma estrutura com receita anual superior a R$ 3 bilhões, Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) próximo de R$ 1 bilhão e lucro líquido de cerca de R$ 350 milhões.
O que muda para os acionistas
Do ponto de vista societário, a incorporação também altera a composição acionária e a governança da Orizon. Os controladores da Vital passarão a integrar o bloco de controle da companhia e deverão firmar um novo acordo de acionistas com os atuais sócios de referência.
O conselho de administração será composto por 11 membros, com indicações divididas entre os acionistas atuais da Orizon, os novos acionistas vindos da Vital e conselheiros independentes. O acordo de acionistas terá vigência de 20 anos.
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O fechamento da operação ainda depende de aprovações regulatórias, incluindo o aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), além da aprovação dos acionistas da Orizon em assembleia geral.
Segundo o documento divulgado ao mercado, os acionistas dissidentes não terão direito de recesso caso a incorporação seja aprovada, nos termos da Lei das Sociedades por Ações.
Os detalhes do negócio
Segundo a companhia, o racional estratégico da operação está na complementaridade dos ativos. A Vital tem forte presença em gestão integrada de resíduos — segmento que responde por mais de 80% do lucro bruto da empresa — com contratos de concessão, coleta urbana e operação de aterros sanitários em oito estados brasileiros.
Já a Orizon é focada na destinação final e na monetização do resíduo. Com a incorporação, o volume anual de resíduos recebidos nos ativos da companhia sobe para cerca de 14,2 milhões de toneladas, reforçando sua posição de liderança no setor.
Além da escala, a operação amplia o leque de receitas recorrentes e previsíveis, típicas de contratos de concessão de longo prazo e fortalece as frentes mais “verdes” do negócio, segundo a companhia.
Um dos ativos mais estratégicos da Vital está na área de transição energética. Por meio da GBio Energia, a empresa já conta com cerca de 40 Megawatts (MW) de capacidade instalada de geração renovável em aterros sanitários. A companhia também está direcionando o foco para o biometano, visto como o principal vetor de criação de valor no médio e longo prazo.
Hoje, a Vital opera uma planta de biometano com capacidade de 30 mil metros cúbicos por dia, tem outra unidade de 90 mil m³/dia em construção e um pipeline de projetos que pode chegar a 520 mil m³/dia em diferentes estágios de desenvolvimento.
Segundo o fato relevante, outro ponto importante é o potencial de geração de créditos de carbono: as operações da Vital podem gerar mais de 1,5 milhão de créditos por ano, diversificando receitas e reforçando o apelo ambiental da companhia combinada.
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