Nem o drible de Vini Jr ajudaria: WePink de Virginia fecha acordo de R$ 5 milhões após denúncias e fica proibida de vender sem estoque
Marca da influenciadora terá que mudar modelo de vendas, reforçar atendimento e adotar controles rígidos após TAC com o MP-GO
Em um mercado que costuma transformar engajamento em faturamento quase instantâneo, a WePink — marca de cosméticos de Virginia Fonseca — descobriu que, quando o assunto é defesa do consumidor, não existe marketing ou carisma capaz de driblar a regra do jogo.
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A empresa firmou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público de Goiás (MP-GO) e pagará R$ 5 milhões por danos morais coletivos após uma série de irregularidades confirmadas pelo órgão.
O valor será destinado ao Fundo Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (FEDC) e pago em 20 parcelas de R$ 250 mil.
Até o momento, Virginia não comentou publicamente a resolução do caso.
O que era a ação e o que Virginia estava proibida de fazer
A ação civil pública movida pelo MP-GO teve origem em uma avalanche de queixas. A WePink acumulou mais de 94 mil reclamações no Reclame Aqui em 12 meses e cerca de 340 denúncias formais no Procon Goiás entre 2024 e 2025.
Em documentos mais recentes, o MP-GO menciona mais de 120 mil registros de queixa em aproximadamente dois anos, somando diferentes plataformas.
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Durante a investigação, o promotor Élvio Vicente da Silva revelou que um dos sócios da companhia, Thiago Stabile, admitiu em uma transmissão ao vivo que a empresa chegou a vender produtos sem tê-los em estoque, conduta que é vedada pelo Código de Defesa do Consumidor.
O órgão apontou seis práticas abusivas:
- não entrega de produtos;
- descumprimento de prazos;
- dificuldade de reembolso;
- atendimento inadequado;
- exclusão de críticas em redes oficiais;
- envio de produtos com defeito.
O MP-GO ajuizou uma ação civil pública e obteve, em outubro de 2025, uma liminar que restringia Virginia Fonseca e a WePink de fazer novas lives de vendas, campanhas promocionais ou qualquer tipo de lançamento enquanto não comprovassem estoque real.
Com o TAC, a liminar foi extinta, mas a restrição segue em outra forma: agora, a empresa só poderá realizar lives e ações comerciais se provar, de forma auditável, que possui estoque físico ou capacidade de produção e entrega registrada e rastreável.
Na prática, o acordo substitui a proibição total por uma proibição condicionada à transparência e à infraestrutura.
As obrigações impostas pelo TAC
O acordo não se resume ao pagamento de R$ 5 milhões. Ele estabelece uma série de exigências que obrigam a empresa a adotar padrões de governança normalmente vistos em operações muito maiores.
Entre as obrigações estão:
1. Proibição de vendas sem estoque real ou comprovado
A WePink só poderá fazer campanhas, lives e anúncios se houver estoque físico ou capacidade comprovada de produção e entrega.
2. Sistemas auditáveis
A empresa terá de adotar sistemas de controle acessíveis ao MP-GO e ao consumidor, capazes de demonstrar disponibilidade real dos itens.
3. Pré-vendas com regras claras
Pré-vendas só poderão ocorrer com informação destacada sobre prazos de fabricação e envio.
4. SAC humano em até 30 dias
A marca deverá implementar um atendimento humano, com:
- resposta inicial em até 24 horas;
- número de protocolo;
- acompanhamento em tempo real de solicitações e reembolsos.
5. Solução de cancelamentos e reembolsos em até 7 dias
Especialmente nos casos do direito de arrependimento previsto no CDC.
6. Transparência permanente nas redes sociais
A empresa terá de publicar, de forma fixa e acessível os direitos do consumidor, as regras de cancelamento, troca e reembolso e os canais oficiais de atendimento.
Além disso, deverá produzir um vídeo tutorial aprovado pelo MP-GO.
7. Arquivo de reclamações por cinco anos
Todos os registros (reclamação, data, protocolo, resposta e satisfação) deverão ser mantidos por pelo menos cinco anos.
8. Fim da exclusão de críticas
A exclusão indevida de comentários passa a ser proibida e sujeita a multa.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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