Nem Elon Musk escapou da fúria de Trump: Tesla (TSLA34) sente na pele os efeitos da guerra comercial e receita com carros despenca 20%
As tarifas anunciadas pelo governo norte-americano pesaram sobre o desempenho do primeiro trimestre e a companhia revela planos para retomar o crescimento

Quando Donald Trump deu o comando do Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês) para Elon Musk, selava ali uma amizade (quase) sem limites e bastante questionada em Washington — afinal, o bilionário teria influência direta nas decisões da Casa Branca, o que poderia favorecê-lo.
Mas nada como um dia após o outro. Se Musk tirou proveito da posição à frente do Doge — um departamento de caráter consultivo para melhorar os gastos do governo — não se sabe, mas o fato é que a amizade do bilionário com o presidente norte-americano está longe de ser o esperado.
E um dos motivos para isso está no resultado da Tesla (TSLA34) no primeiro trimestre de 2025. A receita da fabricante de carros elétricos caiu 9% no período em base anual, para US$ 21,3 bilhões — considerando a receita automotiva, o tombo foi grande: uma queda de 20%, para US$ 14 bilhões, na mesma base de comparação.
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Com isso, o lucro líquido da Tesla entre janeiro e março deste ano despencou 71%, para US$ 409 bilhões, de US$ 1,39 bilhão obtido no mesmo período do ano anterior.
A resposta da empresa de Elon Musk para o desempenho? As tarifas de Trump.
Segundo a companhia, “a incerteza nos mercados automotivo e de energia continuam a aumentar, à medida que a rápida evolução da política comercial impacta negativamente a cadeia de suprimentos global e a estrutura de custos da Tesla e de nossos concorrentes".
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“Essa dinâmica, juntamente com a mudança no sentimento político, pode ter um impacto significativo na demanda por nossos produtos no curto prazo”, diz a Tesla em comunicado.
Além do resultado abaixo das estimativas de Wall Street, a empresa de Elon Musk indicou que vai revisar a projeção para 2025 na atualização financeira do segundo trimestre e ainda removeu a previsão de crescimento de longo prazo.
Os investidores, no entanto, pouco reagiram ao resultado — pelo menos no after market em Nova York. As ações TSLA negociadas na Nyse após o funcionamento regular do pregão desta terça-feira (22) operavam em leve alta de 0,22% na esteira do balanço.
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A Tesla vai correr atrás do “prejuízo”
Enquanto o governo Trump sinaliza que uma trégua com a China pode estar a caminho — você pode conferir detalhes dessa história aqui —, a Tesla vai correr atrás de melhorar seus resultados.
Junto com o balanço de hoje, a empresa de Elon Musk indicou que os planos para novos veículos acessíveis estão a caminho do início da produção no primeiro semestre de 2025.
Além disso, a companhia espera que a produção em massa de robotáxis comece em 2026.
- Vale lembrar que, juntamente com os gastos com robotáxis, essas eram duas grandes preocupações dos investidores antes dos resultados.
Na sexta-feira, a Reuters noticiou que os planos da Tesla de lançar um veículo elétrico acessível, que inclui uma versão simplificada do Model Y, foram adiados para o final deste ano. Na ocasião, a Tesla não se manifestou sobre o assunto.
A Tesla prometeu lançar um veículo elétrico de menor preço nos primeiros seis meses deste ano, juntamente com outros veículos novos que, segundo a empresa, permitiriam que ela retornasse a uma taxa de crescimento de 50% em relação a 2023.
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