MRV (MRVE3) figura entre as maiores altas do Ibovespa após relatório do Santander; o que animou os investidores?
A recomendação foi mantida como “outperform” para a companhia e os analistas destacaram dois pilares principais para sustentar o otimismo

As ações da MRV (MRVE3) chegaram a subir quase 6% nesta quarta-feira (23), liderando as altas do Ibovespa. Por volta das 14h30 (horário de Brasília), os papéis avançam 4,03%, cotados a R$ 6,20.
No dia anterior, o Santander divulgou um relatório revisando para cima o preço-alvo de MRVE3.
O banco elevou a projeção para o fim de 2026 de R$ 9 para R$ 9,50. O novo valor representa um potencial de valorização de quase 60% frente ao fechamento de terça-feira (21), de R$ 5,95.
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A recomendação foi mantida como “outperform” para a companhia e os analistas destacaram dois pilares principais para sustentar o otimismo:
- Melhoria contínua nas operações no Brasil, com expectativa de margens mais saudáveis, aumento na geração de caixa e redução nas concessões pro soluto;
- Redução das incertezas sobre a Resia, unidade norte-americana da MRV, após o detalhamento do plano de desinvestimentos da companhia.
“Acreditamos que a remoção das incertezas relacionadas às perdas da Resia e o forte desconto em relação ao valor patrimonial justifiquem uma assimetria positiva para as ações”, escreveram os analistas Fanny Oreng e Matheus Meloni.
Resia: perdas em 2025, virada em 2026
A Resia deve impactar os números consolidados da MRV em 2025, com prejuízo estimado em US$ 170 milhões (cerca de R$ 617 milhões), fruto de impairments de US$ 144 milhões relacionados à venda de terrenos e projetos legados, que a própria companhia informou no dia 11 de julho.
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A decisão, segundo Ricardo Paixão, CFO da companhia, visa gerar US$ 493 milhões em caixa e cortar a dívida líquida da operação americana em quase 43%.
“Foi uma escolha pragmática. A gente preferiu arrancar o band-aid de uma vez só. Vamos reconhecer todo o impacto agora no segundo trimestre, gerar caixa e evitar surpresas para frente”, disse Paixão.
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O banco projeta virada para o lucro já em 2026, com ganho estimado de US$ 3 milhões e expectativa de margem bruta de 29,3% no projeto Golden Glades, que deve ser desinvestido no próximo ano.
Mesmo após a atualização do guidance, as ações da MRV seguem negociadas a 0,52 vez o valor patrimonial estimado para 2026, bem abaixo da média de 2x observada entre outras construtoras cobertas pelo Santander.
A projeção de lucro para a MRV consolidada em 2026 também foi revisada para cima, saindo de R$ 812 milhões para R$ 875 milhões, o que implica P/L de apenas 3,8 vezes, um patamar considerado atrativo pela equipe de análise.
“O novo guidance reduz a incerteza sobre a Resia e, ao mesmo tempo, confirma a trajetória ascendente das operações brasileiras. Por isso, reiteramos nossa visão positiva”, conclui o relatório.
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