Justiça congela votação da Mobly (MBLY3) e dá fôlego à disputa com fundadores da Tok&Stok
Assembleia rejeita proposta que favoreceria a OPA da família Dubrule, mas juiz decide suspender os efeitos da votação; entenda o que está em jogo
Mais turbulência na disputa pelo controle da Mobly (MBLY3). Nesta quarta-feira (30), os acionistas da varejista de móveis rejeitaram, em assembleia, uma proposta que abriria caminho para a oferta pública de aquisição (OPA) feita pelos fundadores da Tok&Stok.
A manobra visava retirar do estatuto da empresa a cláusula conhecida como poison pill (“pílula de veneno” na tradução literal), mecanismo que obriga qualquer comprador a comprar grandes fatias ou fazer uma OPA das ações de uma empresa após atingir determinado percentual de participação acionária.
- E MAIS: Calendário de resultados desta semana inclui Weg, Santander e outras empresas; acompanhe a cobertura completa de balanços
Mas, antes de a ata produzir efeito, a Justiça entrou em cena: por volta das 9h27, a 1ª Vara Empresarial de São Paulo suspendeu todas as decisões tomadas — inclusive a rejeição da proposta que poderia beneficiar a família Dubrule. O juiz André Salomon Tudisco alegou que é preciso mais tempo para analisar os documentos e avaliar os riscos do caso.
A suspensão judicial atende a um pedido da própria Mobly, que trava há semanas uma verdadeira guerra societária contra os Dubrule. Segundo a empresa, a tentativa de mudar o estatuto teria sido articulada em conjunto com a home24 — acionista majoritária da Mobly, com 44,4% da companhia — e os fundadores da Tok&Stok, em uma estratégia para facilitar a OPA. A família nega qualquer conluio.
Uma OPA com desconto — e polêmicas
Desde março, Régis e Ghislaine Dubrule vêm tentando reassumir o controle da Tok&Stok, que foi incorporada pela Mobly no fim de 2024. A proposta deles inclui a compra de mais de 122,7 milhões de ações da Mobly por R$ 0,68 cada — um valor que, segundo a administração da empresa, representa um desconto de cerca de 50% em relação ao preço de mercado na época.
Como moeda de troca, os fundadores prometeram injetar até R$ 100 milhões na empresa caso a OPA seja aprovada. Também se comprometeram a converter R$ 56,5 milhões em debêntures da Tok&Stok em ações da Mobly e capitalizar outros R$ 68,8 milhões em créditos.
Leia Também
Itaú vs. Mercado Pago: quem entrega mais vantagens na Black Friday 2025?
Mesmo assim, a administração da Mobly segue firme na oposição. A empresa teme que, se a OPA avançar, os acionistas minoritários que não aderirem ao plano dos Dubrule acabem diluídos. Para completar, revelou recentemente a existência de gastos ocultos sob a antiga gestão da Tok&Stok: R$ 5,2 milhões em planos de saúde pagos indevidamente a ex-conselheiros ligados à família fundadora.
- VEJA MAIS: Prazo para declaração do Imposto de Renda 2025 já começou; saiba como acertar as contas com o Leão
Compromisso ‘sem precedentes'
No calor das acusações, os Dubrule enviaram uma carta à Mobly garantindo que, se alguma vantagem tiver sido dada à home24, eles se comprometem a pagar o dobro do valor a todos os demais acionistas. A empresa, no entanto, classificou o gesto como “inusitado e sem precedentes” e reforçou a suspeita de irregularidades.
Além disso, documentos revelam que a proposta de exclusão da poison pill foi apresentada formalmente pela home24 no final de março, após a revelação de trocas de e-mails entre representantes da empresa alemã e membros da família Dubrule, fato que a Mobly usou como argumento central para pedir a suspensão judicial da assembleia.
Enquanto isso, a OPA segue em análise pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), e a Justiça deve se pronunciar nos próximos dias sobre o futuro das decisões tomadas — e suspensas — na assembleia desta quarta.
Por ora, o tabuleiro está congelado. Mas o jogo pelo controle da Mobly segue aberto — e cada vez mais contencioso.
Lucro da Moura Dubeux (MDNE3) salta 32,1% e vem acompanhado de dividendos; diretor diz que distribuição deve engordar
A construtora também está de olho no endividamento — encerrou o terceiro trimestre com o índice dívida líquida/patrimônio líquido em 13,6%, patamar “muito saudável” na visão do executivo Diogo Barral
Resultado fraco derruba a ação da Vamos (VAMO3) — mas para 4 analistas, ainda há motivos para comprar
Em reação ao desempenho, as ações chegaram a cair mais de 7% no início do dia, figurando entre as maiores perdas do Ibovespa
Oncoclínicas (ONCO3) atinge meta de R$ 1 bilhão para seguir em frente com aumento de capital. Isso é suficiente para reerguer as finanças?
Com a subscrição de R$ 1 bilhão alcançada no aumento de capital, a Oncoclínicas tenta reverter sua situação financeira; entenda o que vem pela frente
Banco do Brasil (BBAS3) no fundo do poço? Com previsão de lucro pressionado e ROE de um dígito, saiba se vale comprar as ações antes da virada
A conta do agro chegou — e continuará a pressionar: por que o Banco do Brasil deve ser o azarão da temporada de balanços outra vez?
CVM pressiona, credores cobram: Ambipar (AMBP3) adia balanço do 3T25 em meio ao enigma do caixa
Apenas alguns meses após reportar quase R$ 5 bilhões em caixa, a Ambipar pediu RJ; agora, o balanço do 3T25 vira peça-chave para entender o rombo
Braskem (BRKM5) tem prejuízo no 3T25, mas ação salta mais de 16%; entenda do que o mercado gostou
A companhia registrou prejuízo de R$ 26 milhões do terceiro trimestre depois de perdas de R$ 92 milhões no mesmo período de 2024, uma redação de 96%
Seca de dividendos da BB Seguridade (BBSE3)? Entenda o que levou o JP Morgan a rebaixar a ação para venda
Um dos pontos que entrou no radar dos analistas é a renovação do contrato de exclusividade com o Banco do Brasil, que vence em 2033, mas não é o único
11.11: o que prometem a Amazon e o KaBuM às vésperas da Black Friday
Varejistas apostam em cupons, lives e descontos relâmpago para capturar compras antes do pico da Black Friday
A engrenagem da máquina de lucros: Como o BTG Pactual (BPAC11) bate recordes sucessivos em qualquer cenário econômico
O banco de André Esteves renovou outra vez as máximas de receita e lucro no 3T25. Descubra os motores por trás do desempenho
Black Friday e 11.11 da Shopee: achadinhos de até R$ 35 que podem deixar sua casa mais prática
Entre utilidades reais e pequenos luxos da rotina, a Black Friday e o 11.11 revelam acessórios que tornam a casa mais funcional ou simplesmente mais divertida
A Isa Energia (ISAE4) vai passar a pagar mais dividendos? CEO e CFO esclarecem uma das principais dúvidas dos acionistas
Transmissora garante que não quer crescer apenas para substituir receita da RBSE, mas sim para criar rentabilidade
É recorde atrás de recorde: BTG Pactual (BPAC11) supera expectativa com rentabilidade de 28% e lucro de R$ 4,5 bilhões no 3T25
O balanço do BTG trouxe lucro em expansão e rentabilidade em alta; confira os principais números do trimestre
Valorização da Hypera (HYPE3) deve chegar a 20% nos próximos meses, diz Bradesco BBI; veja qual é o preço-alvo
Analistas veem bons fundamentos e gatilhos positivos para a empresa à frente
Desdobramentos da falência: B3 suspende negociações das ações Oi (OIBR3)
Segundo o último balanço da companhia, referente ao segundo trimestre, a empresa tinha 330 mil ações em circulação, entre ordinárias e preferenciais
MBRF (MBRF3): lucro recua 62% e chega a R$ 94 milhões no 3T25; confira os primeiros números após a fusão
Nas operações da América do Norte, os resultados foram impulsionados pela racionalização da produção e crescente demanda pela proteína bovina
Vale a pena investir na Minerva (BEEF3): Santander eleva preço-alvo e projeta alta de 25% com dividendos no radar
Analistas avaliam que queda de 14% após balanço foi um exagero, e não considera os fundamentos da empresa adequadamente
Vai renovar a casa? Esses eletrodomésticos estão com desconto de Black Friday no Magazine Luiza
Descontos no Magalu incluem geladeiras, TVs e lavadoras; confira detalhes antes de decidir
Tchau, Oi (OIBR3): como a empresa que já foi uma “supertele” sucumbiu à falência? A história por trás da ruína
A telecom teve sua falência decretada na tarde desta segunda-feira (10), depois de quase uma década de recuperação judicial — foram duas, uma atrás da outra
MBRF (MBRF3) arranca na B3 antes do primeiro balanço após a fusão, mas ciclo pode estar prestes a virar; o que esperar do 3T25
Ciclo da empresa pode estar prestes a virar: o crescimento da oferta de carne deve crescer, pressionando novamente as margens mais à frente
Justiça decreta falência da Oi (OIBR3) e liquidação dos ativos: “a Oi é tecnicamente falida”, diz juíza
A juíza determinou a continuação provisória das atividades da Oi até que os serviços sejam assumidos por outras empresas