Fim da linha para a Weg (WEGE3)? A onda de tarifas de Trump é uma marola ou um tsunami para a queridinha da bolsa?
As ações da companhia operam em queda nesta segunda-feira (3) na B3, acompanhando a aversão ao risco que tomou conta os mercados mundo afora depois do tarifaço do republicano
Donald Trump não vai poupar ninguém. De México e Canadá à China e União Europeia (UE), o republicano está disparando sua metralhadora de tarifas. E ainda que alguns acordos estejam sendo anunciados pelo caminho, muita empresa, inclusive no Brasil, pode ser pega em cheio pela taxação ainda que indiretamente. Mas esse não é o caso da Weg (WEGE3).
“As medidas do governo dos EUA, com tarifa de 25% sobre os produtos importados do México e do Canadá, marcam uma significativa escalada no protecionismo comercial”, diz o Itaú BBA em relatório, destacando a Weg como uma empresa bem posicionada diante desse cenário.
- Vale lembrar que nesta segunda-feira (3), Trump confirmou uma pausa de um mês nas tarifas de 25% sobre as importações do México que haviam sido anunciadas no final de semana. A decisão veio depois de uma conversa com a presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, descrita pelo republicano como "amigável".
As ações da Weg operam em queda hoje na B3, acompanhando a aversão ao risco que tomou conta os mercados mundo afora depois do tarifaço do republicano.
Por volta de 13h30, WEGE3 recuava 1,85%, cotada a R$ 54,03. No ano, no entanto, os papéis acumulam ganho de 2,77%. No mesmo horário, o Ibovespa subia 0,08%, aos 136.241,53 pontos.
O Itaú BBA já esperava essa reação das ações da Weg diante da incerteza macroeconômica em torno das mudanças na política comercial. O banco pondera que o comportamento de hoje dos papéis não deve gerar impacto material sobre as finanças da empresa.
Por isso, o BBA manteve a recomendação de compra para a ação da Weg, com preço-alvo de R$ 67 — o que representa um potencial valorização de 21,72% ante o último fechamento.
Leia Também
A exposição da Weg
A Weg tem exposição de 25% da receita líquida ao mercado norte-americano, em uma base consolidada, de acordo com cálculos do BBA.
Os analistas Daniel Gasparete, Gabriel Rezende e Pedro Tineo dizem que essa exposição se dá, principalmente, em transformadores e motores de ciclo curto.
Cerca de um terço desses produtos são fabricados nos EUA, outro terço no México e o restante em outras regiões.
Como resultado, segundo o BBA, cerca de 8% da receita líquida da Weg estará diretamente exposta ao ambiente de tarifas mais altas de Trump.
- VEJA TAMBÉM: A temporada de balanços do 4T24 vem aí – veja como receber análises dos resultados das empresas e recomendações de investimentos
As alavancas compensam a pressão
O banco, no entanto, diz que a Weg tem várias alavancas para compensar as pressões relacionadas às tarifas do ponto de vista operacional.
A empresa pode, segundo os analistas, aproveitar a integração vertical e flexibilidade de fabricação para realocar a produção para instalações alternativas — o que deve mitigar os aumentos de custos diretos.
O BBA lembra ainda que as instalações adquiridas da Regal Rexnord, inclusive nos Estado Unidos, chegaram com 50% de capacidade ociosa. Além disso, os ajustes de preços podem servir como um “amortecedor parcial”.
Negócio desfeito: por que o BRB desistiu de vender 49% de sua financeira a um grupo investidor
A venda da fatia da Financeira BRB havia sido anunciada em 2024 por R$ 320 milhões
Fechadas com o BC: o que diz a carta que defende o Banco Central dias antes da acareação do caso Master
Quatro associações do setor financeiro defendem a atuação do BC e pedem a preservação da autoridade técnica da autarquia para evitar “cenário gravoso de instabilidade”
CSN Mineração (CMIN3) paga quase meio bilhão de reais entre dividendos e JCP; 135 empresas antecipam proventos no final do ano
Companhia distribui mais de R$ 423 milhões em dividendos e JCP; veja como 135 empresas anteciparam proventos no fim de 2025
STF redefine calendário dos dividendos: empresas terão até janeiro de 2026 para deliberar lucros sem imposto
O ministro Kassio Nunes Marques prorrogou até 31 de janeiro do ano que vem o prazo para deliberação de dividendos de 2025; decisão ainda precisa ser confirmada pelo plenário
BNDES lidera oferta de R$ 170 milhões em fundo de infraestrutura do Patria com foco no Nordeste; confira os detalhes
Oferta pública fortalece projetos de logística, saneamento e energia, com impacto direto na região
FII BRCO11 fecha contrato de locação com o Nubank (ROXO34) e reduz vacância a quase zero; XP recomenda compra
Para a corretora, o fundo apresenta um retorno acumulado muito superior aos principais índices de referência
OPA da Ambipar (AMBP3): CVM rejeita pedido de reconsideração e mantém decisão contra a oferta
Diretoria da autarquia rejeitou pedido da área técnica para reabrir o caso e mantém decisão favorável ao controlador; entenda a história
Azul (AZUL54) chega a cair mais de 40% e Embraer (EMBJ3) entra na rota de impacto; entenda a crise nos ares
Azul reduz encomenda de aeronaves com a Embraer, enquanto ações despencam com a diluição acionária prevista no plano de recuperação
Corrida por proventos ganha força: 135 empresas antecipam remuneração; dividendos e JCP são os instrumentos mais populares
Recompras ganham espaço e bonificação de ações resgatáveis desponta como aposta para 2026, revela estudo exclusivo do MZ Group
IG4 avança na disputa pela Braskem (BRKM5) e leva operação bilionária ao Cade; ações lideram altas na B3
A petroquímica já havia anunciado, em meados deste mês, que a gestora fechou um acordo para assumir a participação da Novonor, equivalente a 50,1% das ações com direito a voto
Nvidia fecha acordo de US$ 20 bilhões por ativos da Groq, a maior aquisição de sua história
Transação em dinheiro envolve licenciamento de tecnologia e incorporação de executivos, mas não a compra da startup
Banco Mercantil (BMEB4) fecha acordo tributário histórico, anuncia aumento de capital e dividendos; ações tombam na B3
O banco fechou acordo com a União após mais de 20 anos de disputas tributárias; entenda o que isso significa para os acionistas
Kepler Weber (KEPL3) e GPT: minoritários questionam termos da fusão e negócio se complica; entenda o que está em jogo
Transações paralelas envolvendo grandes sócios incomodou os investidores e coloca em dúvida a transparência das negociações
Itaúsa (ITSA4) eleva aposta em Alpargatas (ALPA4) em meio à polêmica com a dona da Havaianas
Nos últimos dias, a Itaúsa elevou sua fatia e passou a deter cerca de 15,94% dos papéis ALPA4; entenda a movimentação
Presente de Natal? Tim Cook compra ações da Nike e sinaliza apoio à recuperação da empresa
CEO da Apple investe cerca US$ 3 milhões em papéis da fabricante de artigos esportivos, em meio ao plano de reestruturação comandado por Elliott Hill
Ampla Energia aprova aumento de capital de R$ 1,6 bilhão
Operação envolve capitalização de créditos da Enel Brasileiro e eleva capital social da empresa para R$ 8,55 bilhões
Alimentação saudável com fast-food? Ela criou uma rede de franquias que deve faturar R$ 240 milhões
Camila Miglhorini transformou uma necessidade pessoal em rede de franquias que conta com 890 unidades
Dinheiro na conta: Banco pagará R$ 1,82 por ação em dividendos; veja como aproveitar
O Banco Mercantil aprovou o pagamento de R$ 180 milhões em dividendos
Azul (AZUL54) perde 58% de valor no primeiro pregão com novo ticker — mas a aérea tem um plano para se recuperar
A Azul fará uma oferta bilionária que troca dívidas por ações, na tentativa de limpar o balanço e sair do Chapter 11 nos EUA
O alinhamento dos astros para a Copasa (CSMG3): revisão tarifária, plano de investimento bilionário e privatização dão gás às ações
Empresa passa por virada estratégica importante, que anima o mercado para a privatização, prevista para 2026