Família Diniz vende fatia no Carrefour da França após parceria de 10 anos; veja quem são os magnatas que viraram os principais acionistas da rede
No lugar da família Diniz no Carrefour, entrou a família Saadé, que passa a ser a nova acionista principal da companhia. Família franco-libanesa é dona de líder global de logística marítima
A gestora Península, que cuida dos recursos da família Diniz, vendeu sua participação no Carrefour na França, que detinha há 10 anos, informou um comunicado do grupo nesta quarta-feira, 12.
Com isso, os brasileiros, que eram os segundo maiores acionistas da rede de supermercados, atrás apenas dos donos franceses, deixam o controle do grupo. A gestora brasileira tinha participação de 8,4% na empresa e no mercado já se falava há alguns meses da possibilidade da família Diniz vender essa fatia.
Em seu lugar, entrou a família Saadé, que passa a ser a nova acionista principal da companhia. A família Saadé deterá cerca de 4% do capital do Carrefour, e Rodolphe Saadé passará a integrar o conselho de administração.
A fortuna da família vem da CMA CGM, líder global de logística marítima com centenas de navios.
- VEJA TAMBÉM: Revolução ou bolha? A verdade sobre a febre da Inteligência Artificial - assista o novo episódio do Touros e Ursos no Youtube
"O Carrefour foi informado da decisão da Península de vender sua participação no Carrefour", de acordo com comunicado do grupo francês, destacando que a transação já foi completada.
A rede de supermercados vale 9,35 bilhões de euros em Paris, o que avalia a participação da família Diniz perto de 800 milhões de euros, cerca de R$ 5 bilhões pelo câmbio do dia. Os comunicados, porém, não falam em valores.
Leia Também
Mudança no conselho
Em Paris, ocorreu a reunião do conselho do Carrefour, que foi informado da decisão da Península. Os executivos Eduardo Rossi e Flavia Buarque de Almeida, ligados à Península, renunciaram de seus postos.
O executivo Rodolphe Saadé vai substituir Rossi até o final de seu mandato, que vai ocorrer na assembleia anual de 2028. Ainda no comunicado, o conselho nomeou a Carrix, entidade pertencente à família Saadé e à companhia CMA CGM, como braço independente para substituir a Península.
"Gostaria de expressar meus mais calorosos agradecimentos à Península, Eduardo Rossi, Flavia Buarque de Almeida e à família de Abilio Diniz, que permaneceram fiéis à visão de Abilio sobre o varejo e seu compromisso inabalável com o Carrefour por mais de 10 anos", escreveu Alexandre Bompard, presidente do conselho e diretor executivo em um comunicado. "Abilio deixou sua marca na história do nosso grupo."
- LEIA TAMBÉM: Quer saber onde investir com mais segurança? Confira as recomendações exclusivas do BTG Pactual liberadas como cortesia do Seu Dinheiro
Eduardo Rossi, presidente do conselho da Península, explicou no comunicado que a decisão de vender as ações do Carrefour após uma década de parceria faz parte da nova estratégia de alocação de ativos do fundo.
"O Carrefour constituiu um investimento importante para a Península, alinhado ao caminho traçado pelo nosso fundador."
O movimento da Península vem depois do falecimento de Abilio Diniz, ex-controlador do Pão de Açúcar, em fevereiro de 2024. O empresário começou a comprar ações do Carrefour global em 2015, antes mesmo do IPO da divisão brasileira, que aconteceu em 2017.
A Península já havia saído da rede brasileira em abril de 2025, vendendo sua fatia de 4,91% logo antes da assembleia que decidiu fechar o capital da rede de supermercados no Brasil.
O family office da família Diniz trocou as ações do Carrefour Brasil pelos papéis da empresa francesa, que agora foram todos vendidos.
Quem são os novos acionistas principais
Com uma fortuna de US$ 34,4 bilhões, a família franco-libanesa Saadé construiu sua fortuna no setor de logística marítima. A CMA CGM, uma empresa fechada de transporte marítimo e logística, é uma das líderes mundiais do setor.
Segundo a Bloomberg, a empresa sediada em Marselha, cidade portuária no sul da França foi criada pelo pai de Rodolphe, o libanês Jacques Saadé.
A companhia está presente em 177 países, com mais de mil balcões logísticos e 160 mil funcionários, e seus 700 navios operam em 420 portos ao redor do mundo. Ela reportou faturamento de US$ 55 bilhões no ano passado.
Rodolphe Saadé é presidente do conselho e presidente da companhia, divide o controle da empresa com seus dois irmãos, Tanya Saadé Zeenny e Jacques Saadé Jr., além de sua mãe Naila, e, segundo a Forbes, tem fortuna de US$ 7,8 bilhões.
Com Estadão Conteúdo
11.11: Mercado Livre, Shopee, Amazon e KaBuM! reportam salto nas vendas
Plataformas tem pico de vendas e mostram que o 11.11 já faz parte do calendário promocional brasileiro
Na maratona dos bancos, só o Itaú chegou inteiro ao fim da temporada do 3T25 — veja quem ficou pelo caminho
A temporada de balanços mostrou uma disputa desigual entre os grandes bancos — com um campeão absoluto, dois competidores intermediários e um corredor em apuros
Log (LOGG3) avalia freio nos dividendos e pode reduzir percentual distribuído de 50% para 25%; ajuste estratégico ou erro de cálculo?
Desenvolvedora de galpões logísticos aderiu à “moda” de elevar payout de proventos, mas teve que voltar atrás apenas um ano depois; em entrevista ao SD, o CFO, Rafael Saliba, explica o porquê
Natura (NATU3) só deve se recuperar em 2026, e ainda assim com preço-alvo menor, diz BB-BI
A combinação de crédito caro, consumo enfraquecido e sinergias atrasadas mantém a empresa de cosméticos em compasso de espera na bolsa
Hapvida (HAPV3) atinge o menor valor de mercado da história e amplia programa de recompra de ações
O desempenho da companhia no terceiro trimestre decepcionou o mercado e levou a uma onda de reclassificação os papéis pelos grandes bancos
Nubank (ROXO34) tem lucro líquido quase 40% maior no 3T25, enquanto rentabilidade atinge recorde de 31%
O Nubank (ROXO34) encerrou o terceiro trimestre de 2025 com um lucro líquido de US$ 782,7 milhões; veja os destaques
Quem tem medo da IA? Sete em cada 10 pequenos e médios empreendedores desconfiam da tecnologia e não a usam no negócio
Pesquisa do PayPal revela que 99% das PMEs já estão digitalizadas, mas medo de errar e experiências ruins com sistemas travam avanço tecnológico
Com ‘caixa cheio’ e trimestre robusto, Direcional (DIRR3) vai antecipar dividendos para fugir da taxação? Saiba o que diz o CEO
A Direcional divulgou mais um trimestre de resultados sólidos e novos recordes em algumas linhas. O Seu Dinheiro conversou com o CEO Ricardo Gontijo para entender o que impulsionou os resultados, o que esperar e principalmente: vem dividendo aí?
Banco do Brasil (BBAS3) não saiu do “olho do furacão” do agronegócio: provisões ainda podem aumentar no 4T25, diz diretor
Após tombo do lucro e rentabilidade, o BB ainda enfrenta ventos contrários do agronegócio; executivos admitem que novas pressões podem aparecer no balanço do 4º trimestre
Allos (ALOS3) entrega balanço morno, mas promete triplicar dividendos e ações sobem forte. Dá tempo de surfar essa onda?
Até então, a empresa vinha distribuindo proventos de R$ 50 milhões, ou R$ 0,10 por ação. Com a publicação dos resultados, a companhia anunciou pagamentos mensais de R$ 0,28 a R$ 0,30
Na contramão da Black Friday, Apple lança ‘bolsinha’ a preço de celular novo; veja alternativas bem mais em conta que o iPhone Pocket
Apple lança bolsinha para iPhone em parceria com a Issey Miyake com preços acima de R$ 1,2 mil
Todo mundo odeia o presencial? Nubank enfrenta dores de cabeça após anunciar fim do home office, e 14 pessoas são demitidas
Em um comunicado interno, o CTO do banco digital afirmou que foram tomadas ações rápidas para evitar que a trama fosse concluída
Itaú vs. Mercado Pago: quem entrega mais vantagens na Black Friday 2025?
Com descontos de até 60%, cashback e parcelamento ampliado, Itaú e Mercado Pago intensificam a disputa pelo consumidor na Black Friday 2025
Casas Bahia (BHIA3) amplia prejuízo para R$ 496 milhões no terceiro trimestre, mas vendas sobem 8,5%
O e-commerce cresceu 12,7% entre julho e setembro deste ano, consolidando o quarto trimestre consecutivo de alta
O pior ainda não passou para a Americanas (AMER3)? Lucro cai 96,4% e vendas digitais desabam 75% no 3T25
A administração da varejista destacou que o terceiro trimestre marca o início de uma nova fase, com o processo de reestruturação ficando para trás
Acionistas do Banco do Brasil (BBAS3) não passarão fome de proventos: banco vai pagar JCP mesmo com lucro 60% menor no 3T25
Apesar do lucro menor no trimestre, o BB anunciou mais uma distribuição de proventos; veja o valor que cairá na conta dos acionistas
Lucro do Banco do Brasil (BBAS3) tomba 60% e rentabilidade chega a 8% no 3T25; veja os destaques
O BB registrou um lucro líquido recorrente de R$ 3,78 bilhões entre julho e setembro; veja os destaques do balanço
Lucro da Moura Dubeux (MDNE3) salta 32,1% e vem acompanhado de dividendos; diretor diz que distribuição deve engordar
A construtora também está de olho no endividamento — encerrou o terceiro trimestre com o índice dívida líquida/patrimônio líquido em 13,6%, patamar “muito saudável” na visão do executivo Diogo Barral
Resultado fraco derruba a ação da Vamos (VAMO3) — mas para 4 analistas, ainda há motivos para comprar
Em reação ao desempenho, as ações chegaram a cair mais de 7% no início do dia, figurando entre as maiores perdas do Ibovespa
Oncoclínicas (ONCO3) atinge meta de R$ 1 bilhão para seguir em frente com aumento de capital. Isso é suficiente para reerguer as finanças?
Com a subscrição de R$ 1 bilhão alcançada no aumento de capital, a Oncoclínicas tenta reverter sua situação financeira; entenda o que vem pela frente
