Embraer (EMBJ3): “Acionistas não devem esperar o pagamento de dividendos adicionais”, diz CEO; tarifaço também preocupa investidores, e ações caem
Ações estão em queda hoje depois da divulgação de resultados da fabricante de aeronaves. Tarifaço e dividendos afetam as ações EMBJ3
As ações da Embraer (EMBJ3) estão sofrendo na bolsa hoje, 4, depois que o CEO Francisco Gomes Neto afirmou que os acionistas não devem esperar o pagamento de dividendos adicionais neste momento. Por volta das 12h40, a queda era de 2,49%, para R$ 85,01.
Ao ser questionado durante a teleconferência de resultados sobre a remuneração aos investidores, o executivo destacou que a empresa ainda estuda as possibilidades, mas que não vê espaço para distribuir valores extras agora.
“Estamos pagando 25%, que já é bastante. A recompra de ações é algo que está na mesa para discutirmos”, afirmou.
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O Itaú BBA acredita que a queda das ações também pode ser motivada pela alta dos últimos dias.
Isso porque o mercado esperava que a empresa elevasse o guidance para o ano, depois que ela encerrou o terceiro trimestre de 2025 com uma carteira de pedidos recorde de US$ 31,3 bilhões, o maior valor de sua história. O número representa um crescimento de 38% na comparação anual e de 5% frente ao segundo trimestre.
Apesar disso, o Itaú BBA mantém a classificação de compra (outperform) para a ação e a reitera como principal escolha no setor de transporte e bens de capital.
Como foram os resultados do terceiro trimestre da Embraer
A Embraer (EMBJ3) reportou um lucro líquido ajustado de R$ 289,4 milhões no terceiro trimestre de 2025. A cifra representa um recuo ante o resultado de R$ 1,22 bilhão no mesmo período no ano anterior.
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No período, a companhia registrou R$ 10,9 bilhões em receitas líquidas, um crescimento de 16% frente o terceiro trimestre de 2024.
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O Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado, que mede o desempenho operacional, foi de R$ 1,27 bilhão, também abaixo do desempenho no terceiro trimestre de 2024.
A margem Ebitda ajustada atingiu 11,7%, abaixo do desempenho do mesmo período do ano passado, quando ficou em 21,1%.
O custo das tarifas dos EUA para a fabricante
Os custos com as tarifas de exportação impostas pelos Estados Unidos também são um ponto de atenção entre gestores e especialistas.
Segundo o relatório, as tarifas de importação dos Estados Unidos totalizaram US$ 17 milhões no trimestre.
Segundo Neto, as tarifas impactam a empresa em dois principais pontos:
- Peças exportadas aos EUA, que se tornam mais caras e menos competitivas;
- Aviões comerciais, cujo preço final sobe, reduzindo o apetite das companhias aéreas por novas encomendas.
O CEO destacou, no entanto, que a negociação entre os governos brasileiro e norte-americano vem avançando, o que pode levar à redução ou eliminação das taxações.
Há algumas semanas, o CEO da fabricante de aeronaves afirmou que nenhum cancelamento ocorreu até o momento, mas que, no atual cenário, isso pode ocorrer no médio prazo.
"Os custos relacionados a tarifas, que foram inicialmente estimados em US$ 60-65 milhões, podem ser menores, dados os esforços da empresa para reduzir os impactos", disse o Itaú BBA em relatório.
Já o JP Morgan não está tão otimista. "Os investidores permanecerão preocupados com o potencial impacto das tarifas dos EUA nos resultados do quarto trimestre. Acreditamos que os resultados do quarto trimestre ainda podem ser afetados por custos de US$ 35 milhões a US$ 40 milhões em tarifas, o que implica um impacto de aproximadamente US$ 55 milhões nos resultados do segundo semestre, em linha com nossas estimativas."
Estimativas da Embraer
A Embraer reiterou suas estimativas para 2025. Na perspectiva operacional, a Aviação Comercial estima entregar entre 77 e 85 aeronaves, e a Aviação Executiva entre 145 e 155 aeronaves.
No 3T25, a Embraer entregou 62 aeronaves, sendo 20 jatos comerciais e 41 jatos executivos, além de uma aeronave de defesa.
O resultado ficou 5% acima das 59 aeronaves entregues no ano anterior. O número de entregas para a Aviação Comercial foi 25% maior na comparação anual, enquanto a Aviação Executiva permaneceu estável.
Segundo o Citi, a fabricante está no caminho certo para atingir o guidance, "já que o faturamento precisaria crescer 11% no último trimestre do ano, e a empresa tem entregado um ritmo de crescimento de 20% no faturamento nos nove primeiros meses de 2025", escreveu em relatório.
Com Money Times
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