É para esvaziar o carrinho: o que levou o JP Morgan rebaixar o Grupo Mateus (GMAT3); ações caem mais de 2%
Embora haja potencial para melhorias operacionais, o banco alerta que o ruído de governança deve manter a ação da varejista fora do radar de muitos investidores
Enquanto a maioria das pessoas começa a reforçar as dispensas pensando na ceia do Natal, o JP Morgan diz que o momento é de esvaziar o carrinho das ações do Grupo Mateus (GMAT3). Os papéis operam em queda de mais de 2% nesta sexta-feira (19).
O banco norte-americano rebaixou a recomendação da rede de supermercados de neutra para underweight, equivalente à venda, citando o cenário macroeconômico mais desafiador, o crescimento mais lento e a baixa visibilidade de margem.
“Com isso, estimamos o valor justo da empresa entre R$ 4,00 e R$ 4,50 por ação para dezembro de 2026, e retiramos nosso preço-alvo para o mesmo período”, diz o banco em relatório.
As ações GMT3 entravam na tarde desta sexta-feira (19) com queda de 2,6%, cotadas a R$ 4,51. Os papéis caminham para encerrar o ano com perda de 26,2%. O Ibovespa, por sua vez, subia 0,82% no mesmo horário, aos 159.211,81 pontos.
Grupo Mateus: ações fora do radar dos investidores
De acordo com o JP Morgan, as vendas de varejistas de alimentos vêm se deteriorando nos últimos meses, enquanto a desaceleração esperada da inflação de alimentos até meados de 2026 deve criar um cenário de preços complicado.
O banco diz que o setor enfrenta dificuldades para crescer em volume, já que os consumidores estão migrando para produtos mais baratos e respondendo pouco às promoções.
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A retração do Bolsa Família também deve pressionar o consumo, especialmente nos estados do Norte e Nordeste, que são grandes beneficiários do programa e as principais áreas de atuação do Grupo Mateus.
Já a isenção do imposto de renda para quem recebe até R$ 5 mil mensais deve aumentar a renda disponível no país, mas os estados centrais da empresa devem ser pouco beneficiados, já que a arrecadação líquida em muitos deles cresce, compensando parte da isenção.
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Segundo os analistas, essas condições tornam difícil prever uma recuperação significativa de volume mesmo com a desaceleração da inflação.
“Com isso, vemos risco de que as vendas mesmas lojas [SSS, na sigla em inglês] fiquem negativas no primeiro semestre de 2026, limitando espaço para ganhos de margem, mesmo com iniciativas de eficiência, enquanto a geração de fluxo de caixa livre [FCF] permanece limitada e errática, podendo reduzir o ritmo de expansão”, diz o relatório.
Embora haja potencial para melhorias operacionais, especialmente em despesas e eficiência de capital de giro, o banco alerta que o ruído de governança — após ajustes contábeis que afetaram estoques reportados e margem bruta devido a falhas de controle no ERP (Planejamento de Recursos Empresariais) proprietário — deve manter a ação fora do radar de muitos investidores.
O JP Morgan revisou suas estimativas de receita/Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 2026 em queda de 8%/14%, enquanto o lucro por ação permanece praticamente inalterado devido ao reconhecimento do incentivo fiscal do ICMS (queda de 16% excluindo esse efeito), ficando 10-15% abaixo do consenso para 2026/27.
*Com informações do Money Times
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