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Bia Azevedo

Bia Azevedo

Jornalista pela Universidade de São Paulo (USP). Em 2025, esteve entre os 50 jornalistas mais admirados da imprensa de Economia, Negócios e Finanças do Brasil. Já trabalhou como coordenadora e editora de conteúdo das redes sociais do Seu Dinheiro e Money Times. Além disso, é pós-graduada em Comunicação digital e Business intelligence pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).

DÍVIDAS COM A UNIÃO

Cemig (CMIG4) vira ‘moeda de troca’ de Zema para abater dívidas do Estado e destravar privatização

O governador oferta a participação na elétrica para reduzir a dívida de MG; plano só avançaria com luz verde da assembleia para o novo modelo societário

Bia Azevedo
Bia Azevedo
6 de novembro de 2025
20:34 - atualizado às 20:06
Cemig (CMIG4)
Cemig (CMIG4) - Imagem: Divulgação

Romeu Zema parece estar determinado a realizar o sonho do mercado de ver a Cemig (CMIG4) privatizada. O governador enviou nesta quinta-feira (6) ao Ministério da Fazenda a proposta de adesão ao Programa de Pleno Pagamento de Precatórios (Propag) — e incluiu a participação acionária do na companhia energética na lista de ativos ofertados. 

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O Propag é um mecanismo criado pelo governo federal que permite que Estados usem ativos — como participações societárias, imóveis e receitas futuras — para quitar ou amortizar dívidas com a União, funcionando como uma espécie de “moeda de pagamento” alternativa ao desembolso direto de caixa.

A manifestação do Executivo é pela adesão ao Propag na modalidade que estabelece o abatimento no limite máximo de 20% do saldo devedor, possibilitando o pagamento da dívida com a União no prazo de 30 anos, em um cálculo formado pelo IPCA + juros de 0% ao ano, conforme determinado na Lei Complementar 212/2025, que instituiu o programa.

Privatização indireta?

A manifestação do Executivo mineiro enviada ao Ministério da Fazenda detalha que Minas Gerais pretende aderir ao Propag na modalidade que permite o abatimento de até 20% do saldo devedor com a União. 

Nessa configuração, o passivo estadual — hoje em R$ 181 bilhões — poderia ser pago em até 30 anos, com correção pelo IPCA e juros reais de 0%, conforme a Lei Complementar 212/2025, que criou o programa. 

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Em outras palavras, o Estado passa a contar com uma espécie de refinanciamento de longo prazo, desde que entregue ativos suficientes para garantir o abatimento máximo permitido.

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Para ingressar nessa modalidade, Minas precisa oferecer ao menos R$ 36 bilhões em ativos, 20% da dívida atual. No entanto, para garantir uma margem, o governo optou por elencar um volume muito maior: R$ 96 bilhões em bens e receitas futuras.

Desse montante, cerca de 75% correspondem a fluxos de recebíveis, como compensações pela exploração de recursos naturais e ajustes de contas históricas entre o Estado e a União. A participação acionária na Cemig aparece dentro desse conjunto de ativos que podem ser transferidos ao governo federal para garantir o abatimento da dívida.

Mas não é tão simples assim

A estatal divulgou nesta quinta-feira (6) um fato relevante atestando ter recebido do governo mineiro o ofício comunicando o envio da proposta ao Tesouro Nacional e a inclusão da fatia acionária entre os ativos listados no Propag, mas ressaltou que a operação está condicionada ao modelo de “corporação” previsto no Projeto de Lei (PL) 3.053/2024, ainda em tramitação na Assembleia Legislativa.

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O PL foi enviado pelo governo Romeu Zema à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Se aprovado, ele cria um novo modelo societário para empresas estatais mineiras: o  de “corporação”, inspirado na Eletrobras.

O objetivo é transformar empresas estatais — especialmente a Cemig, Copasa e Codemig — em companhias de capital pulverizado, nas quais o Estado deixa de ter controle direto, mesmo mantendo participação acionária relevante.

O controle passaria a ser difuso, diluído entre investidores, e o Estado manteria apenas instrumentos limitados de influência, como voto qualificado em temas específicos.

Na prática, o projeto é visto como uma privatização indireta, já que o Estado perderia o comando sem realizar um plebiscito. O texto enfrenta forte resistência jurídica e política e está travado na ALMG. Sem sua aprovação, Minas não consegue usar a participação na Cemig no formato proposto ao Propag.

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Não é de hoje que o governador avalia a possibilidade de usar o Propag para privatizar a Cemig. Em fevereiro, durante um evento Federação da Indústria do Rio de Janeiro (Firjan), ele disse: 

“A nossa intenção é privatizar as empresas. Ainda não conseguimos a aprovação legislativa, mas inclusive com o Propag será necessário e vamos conseguir a aprovação da Assembleia Legislativa muito provavelmente este ano”, disse Zema. 

*Com informações Agência Minas

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