Carteira ESG: sai Mercado Livre (MELI34), entra Rede D’Or (RDOR3); veja as escolhas do BTG que aliam lucro e sustentabilidade em julho
A seleção do BTG Pactual aposta em ativos com valuation atrativo e foco em temas ambientais, sociais e de governança — e traz novidades importantes para o investidor ESG neste mês
Para quem quer unir lucro e sustentabilidade, a carteira ESG do BTG Pactual chega com novidade em julho. O Mercado Livre (MELI34) dá adeus à lista de papéis selecionados, abrindo espaço para a entrada da Rede D’Or (RDOR3).
Segundo o relatório do banco, após a queda recente das ações, a gigante da saúde apresenta um ponto de entrada atrativo. A perspectiva de crescimento segue sustentada por aquisições, projetos com o Bradesco, expansão de margem e aumento nos lucros.
Além dos fundamentos financeiros, o BTG avalia positivamente o plano ESG da Rede D’Or. O relatório destaca desde os objetivos de redução do consumo de recursos naturais até o fortalecimento do cuidado centrado no paciente.
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As 10 ações ESG recomendadas pelo BTG para julho
Confira abaixo as 10 ações que compõem a carteira ESG de julho do BTG Pactual, com os principais motivos levantados pelo banco para inclusão ou permanência no portfólio.
Rede D’Or (RDOR3)
A Rede D’Or estreia na carteira ESG do BTG após uma correção no preço das ações, devido à revisão do plano de expansão da companhia para 2025–2028. O BTG, no entanto, vê esse ajuste como pontual e mantém sua convicção na tese de longo prazo da empresa.
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A expectativa é de uma recuperação gradual dos lucros já a partir de 2025, com crescimento anual mínimo de 15% por pelo menos dez anos. A ação negocia a aproximadamente 14 vezes o P/L projetado para 2026.
ESG em destaque:
- Ambiental: corte no consumo de água e energia, redução de emissões e reciclagem ampliada.
- Social: cuidado centrado no paciente com ênfase em inovação e educação como pilares estratégicos.
Itaú (ITUB4)
O Itaú segue firme na carteira ESG, mesmo diante do cenário de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros e da valorização significativa de suas ações em 2025. O BTG reforça a atratividade do papel, destacando sua execução sólida e consistência no alinhamento com a agenda ESG.
A gestão demonstra otimismo com a capacidade de melhorar a eficiência no varejo e cortar custos de atendimento.
ESG em destaque:
- Ambiental: meta de reduzir 50% das emissões de escopo 3 até 2030 e alcançar a neutralidade até 2050.
- Social: relacionamento transparente com clientes, foco no NPS e investimentos em educação financeira.
- Governança: um dos bancos mais bem geridos do país, com padrões elevados.
Nubank (ROXO34)
Mesmo com performance inferior à de outros bancos em 2025, o Nubank permanece na carteira pelo quarto mês seguido. O BTG aposta na retomada do crescimento com o aumento das transações no cartão de crédito e maior tração em produtos como Pix e crédito.
ESG em destaque:
- Inclusão financeira: democratização do acesso aos serviços bancários.
- Tecnologia: soluções escaláveis e de baixo atrito.
- Diversidade: cultura organizacional inclusiva e políticas ativas de equidade.
Copel (CPLE6)
A Copel mantém seu espaço na carteira ao mostrar resultados sólidos após a privatização. A migração para o Novo Mercado e a nova política de dividendos tornam o papel mais previsível e atraente.
Negociada com TIR real de 10,5% e dividend yield médio esperado de 10,2% até 2028, a Copel entrega retorno competitivo com forte alinhamento ESG.
ESG em destaque:
- Ambiental: 100% da energia gerada em 2024 vem de fontes renováveis.
- Social: investimentos em capacitação e segurança.
- Governança: práticas mais robustas desde a privatização em 2023.
Equatorial (EQTL3)
A Equatorial continua como uma das favoritas na carteira ESG. Com uma TIR real de 10,6% e duration superior a 10 anos, é considerada proteção eficiente contra a inflação, especialmente em um cenário de economia desaquecida.
ESG em destaque:
- Ambiental: ações concretas de descarbonização e restauração ambiental.
- Social: programas como o E+Comunidade, que já alcançou 300 mil pessoas com educação sobre uso de energia.
- Governança: forte integridade e atendimento digital que escala nacionalmente.
Orizon (ORVR3)
A Orizon segue como destaque entre as small caps. Após levantar R$ 635 milhões em uma oferta subsequente em maio, a companhia reduziu a alavancagem de 3,1x para 1,69x dívida líquida/EBITDA, ganhando fôlego para avançar na expansão e na estratégia de biometano.
ESG em destaque:
- Impacto direto: soluções para gestão de resíduos.
- Práticas internas: foco em segurança, diversidade e capacitação dos colaboradores.
Cyrela (CYRE3)
A Cyrela se mantém no portfólio graças à combinação de valuation atrativo, fundamentos robustos e execução consistente. No 1T25, registrou crescimento de 41% nas vendas e ampliou sua exposição ao Minha Casa Minha Vida via Vivaz e joint ventures como Cury e Plano&Plano, que já respondem por 40% do lucro.
ESG em destaque:
- Estratégia estruturada em quatro pilares: governança, meio ambiente, pessoas e inovação.
Lojas Renner (LREN3)
Apesar da valorização de 49% no ano, a Renner ainda tem espaço para crescer. A companhia mostrou desempenho forte no 1T25 e a base de comparação fraca sugere continuidade positiva no 2T25. Mesmo com um ambiente competitivo, a empresa combina dividendos, crescimento de lucro e estrutura de capital sólida.
ESG em destaque:
- Governança madura e atenção à sustentabilidade no varejo de moda.
Cosan (CSAN3)
A Cosan se mantém na carteira mesmo com alta alavancagem. A nova gestão vem acelerando medidas para fortalecer o balanço. Com o desconto da holding em 44%, o papel combina alto risco com grande potencial de retorno.
ESG em destaque:
- Estratégia climática integrada à visão ESG 2030.
- Investimentos em energias renováveis, inovação e mapeamento de riscos climáticos.
- Mapeamento de riscos físicos e de transição com integração ao risco corporativo.
- Fortalecimento de ativos resilientes e investimento em soluções de baixo carbono.
Rumo (RAIL3)
Depois de um início de ano mais fraco, a Rumo ganhou tração em maio e junho com volumes robustos e frete rodoviário em alta. Negociada a 7x o EV/EBITDA estimado para 2025, ainda tem valuation atrativo e potencial de valorização.
ESG em destaque:
- Ambiental: redução das emissões por TKU com a expansão ferroviária.
- Governança e social: foco em eficiência, segurança, inovação e atuação comunitária.
Confira a lista completa de recomendações com potencial de alta segundo o BTG Pactual:
| Empresa | Código | Setor | Potencial de Alta (%) |
|---|---|---|---|
| Cosan | CSAN3 | Energia/logística | 260,5% |
| Rumo | RAIL3 | Logística (ferrovias) | 46,0% |
| Equatorial | EQTL3 | Energia | 39,7% |
| Rede D’Or | RDOR3 | Saúde | 36,1% |
| Copel | CPLE6 | Energia | 26,4% |
| Cyrela | CYRE3 | Construção civil | 26,0% |
| Lojas Renner | LREN3 | Varejo | 17,6% |
| Itaú | ITUB4 | Bancário | 13,5% |
| Nubank | ROXO34 | Fintech | 9,1% |
| Orizon | ORVR3 | Gestão de resíduos | 8,6% |
- VEJA TAMBÉM: Quais são as principais recomendações do BTG Pactual? O Seu Dinheiro fez uma curadoria gratuita dos relatórios do maior banco de investimentos da América Latina; veja aqui
Metodologia da carteira
A carteira ESG do BTG Pactual segue uma metodologia que combina análise fundamentalista com critérios ESG. O processo envolve:
- Identificação de 8 temas macroeconômicos relevantes para a América Latina, como economia de baixo carbono, energia limpa, digitalização, gestão de resíduos, governança e diversidade.
- Seleção de empresas com boas práticas ESG ou modelos de negócio que se beneficiam desses temas.
A partir desse universo, a equipe do BTG fez uma triagem, priorizando companhias com melhores padrões ESG. Entre essas, foram escolhidas 10 ações com recomendação de compra pelos analistas e com momentum positivo. A carteira é revisada mensalmente.
Vale destacar que uma empresa com padrões ESG ainda baixos pode ser incluída na carteira caso apresente um valuation atrativo e esteja se movendo para fechar esse gap.
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