Cade admite Petlove como terceira interessada, e fusão entre Petz e Cobasi pode atrasar
Petlove alega risco de monopólio regional e distorção competitiva no setor pet com criação de gigante de R$ 7 bilhões
A fusão entre Petz e Cobasi, que pode dar origem a uma potência de R$ 7 bilhões em vendas no setor pet, ganhou um novo desdobramento no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) nesta semana. A Petlove, terceira maior varejista do segmento, foi oficialmente habilitada como interessada no processo de análise da operação, o que pode impactar diretamente os prazos e os rumos da aprovação pelo Cade.
A participação da Petlove permite que a empresa recorra de uma eventual aprovação sem restrições pela Superintendência-Geral do Cade, o que pode estender o prazo de decisão dos atuais 50 dias para até 150 dias, levando a análise para julgamento no tribunal do órgão antitruste.
Petlove vê risco de monopólio regional e distorção no mercado pet
Na documentação apresentada ao Cade, a Petlove expressou preocupação com efeitos anticompetitivos da fusão, apontando que a operação pode resultar em monopólios regionais, afetando diretamente a concorrência, os preços e a inovação no setor pet brasileiro.
- VEJA MAIS: Ação brasileira da qual ‘os gringos gostam’ tem potencial para subir mais de 20% em breve; saiba o porquê
A empresa criticou a forma como Petz e Cobasi definiram o mercado no edital submetido à autarquia, alegando que a inclusão de pet shops de bairro com sortimento limitado na mesma categoria das grandes redes distorce a realidade competitiva.
“A operação pode comprometer a eficiência e os benefícios ao público final, ao concentrar poder nas mãos de uma única empresa com influência significativa sobre fornecedores e consumidores”, afirmou a Petlove.
Com faturamento de R$ 1,75 bilhão em 2024 apenas no e-commerce, a Petlove teme perder competitividade diante da união das duas líderes de mercado.
Leia Também
Ultrapar (UGPA3) e Smart Fit (SMFT3) pagam juntas mais de R$ 1,5 bilhão em dividendos; confira as condições
RD Saúde (RADL3) anuncia R$ 275 milhões em proventos, mas ações caem na bolsa
Cade reforça importância da contribuição da Petlove para análise técnica
A Superintendência-Geral do Cade considerou positiva a entrada da Petlove no processo, destacando que a companhia trouxe informações relevantes para compreensão da dinâmica do setor.
“A Petlove é um agente ativo e com expertise no mercado pet. Sua participação aprofunda o conhecimento da autoridade antitruste sobre as peculiaridades do setor e os possíveis efeitos da operação”, declarou o órgão.
Anunciada em agosto de 2023, o acordo de associação entre Petz e Cobasi prevê uma receita líquida combinada de R$ 6,9 bilhões e um Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 464 milhões. O negócio ainda está sob análise técnica, mas a admissão da Petlove pode atrasar o desfecho.
- LEIA MAIS: O Lifestyle do Seu Dinheiro chegou para te manter atualizado sobre as principais tendências de comportamento e consumo; receba nossa newsletter gratuita
Petz e Cobasi defendem que há concorrência no setor pet
Em nota, Petz e Cobasi defenderam que o mercado pet brasileiro é altamente competitivo e pulverizado, e que a fusão não comprometeria a diversidade de players.
“O setor é marcado por uma intensa e qualificada concorrência, tanto no ambiente físico quanto digital. Lojas de bairro, apoiadas em serviços, continuam tendo a preferência de mais de 60% da população”.
* Com informações de Estadão Conteúdo
Essa empresa aérea quer que você pague mais de R$ 100 para usar o banheiro do avião
Latam cria regras para uso do banheiro dianteiro – a princípio, apenas passageiros das 3 primeiras fileiras terão acesso ao toalete
Ambipar (AMBP3): STJ suspende exigência de depósito milionário do Deutsche Bank
Corte superior aceitou substituir a transferência dos R$ 168 milhões por uma carta de fiança e congelou a ordem do TJ-RJ até a conclusão da arbitragem
Sinal verde: Conselho dos Correios dá aval a empréstimo de R$ 20 bilhões para reestruturar a estatal
Com aprovação, a companhia avança para fechar o financiamento bilionário com cinco bancos privados, em operação que ainda depende do Tesouro e promete aliviar o caixa e destravar a reestruturação da empresa
Oi (OIBR3) consegue desbloqueio de R$ 517 milhões após decisão judicial
Medida permite à operadora acessar recursos bloqueados em conta vinculada à Anatel, enquanto ações voltam a oscilar na bolsa após suspensão da falência
WEG (WEGE3) pagará R$ 1,9 bilhão em dividendos e JCP aos acionistas; veja datas e quem recebe
Proventos refletem o desempenho resiliente da companhia, que registrou lucro em alta mesmo em cenário global incerto
O recado da Petrobras (PETR4) para os acionistas: “Provavelmente não teremos dividendos extraordinários entre 2026 e 2030”
Segundo o diretor financeiro da companhia, Fernando Melgarejo, é preciso cumprir o pré-requisito de fluxo de caixa operacional robusto, capaz de deixar a dívida neutra, para a distribuição de proventos adicionais
A ação do Assaí virou um risco? ASAI3 cai mais de 6% com a chegada dos irmãos Muffato; saiba o que fazer com o papel agora
Na quinta-feira (27), companhia informou que fundos controlados pelos irmãos Muffato adquiriram uma posição acionária de 10,3%
Anvisa manda recolher lotes de sabão líquido famoso por contaminação; veja quais são e o que fazer
Medida da Anvisa vale para lotes específicos e inclui a suspensão de venda e uso; produto capilar de outra marca também é retirado do mercado
O “bom problema” de R$ 40 bilhões da Axia Energia (AXIA3) — e como isso pode chegar ao bolso dos acionistas
A Axia Energia quer usar parte de seus R$ 39,9 bilhões em reservas e se preparar para a nova tributação de dividendos; entenda
Petrobras (PETR3) cai na bolsa depois de divulgar novo plano para o futuro; o que abalou os investidores?
Novo plano da Petrobras reduz capex para US$ 109 bi, eleva previsão de produção e projeta dividendos de até US$ 50 bi — mas ações caem com frustração do mercado sobre cortes no curto prazo
Stranger Things vira máquina de consumo: o que o recorde de parcerias da Netflix no Brasil revela sobre marcas e comportamento do consumidor
Stranger Things da Netflix parece um evento global que revela como marcas disputam a atenção do consumidor; entenda
Ordinários sim, extraordinários não: Petrobras (PETR4) prevê dividendos de até US$ 50 bilhões e investimento de US$ 109 bilhões em 5 anos
A estatal destinou US$ 78 bilhões para Exploração e Produção (E&P), valor US$ 1 bilhão superior ao do plano vigente (2025-2029); o segmento é considerado crucial para a petroleira
Vale (VALE3) e Itaú (ITUB4) pagarão dividendos e JCP bilionários aos acionistas; confira prazos e quem pode receber
O banco pagará um total de R$ 23,4 bilhões em proventos aos acionistas; enquanto a mineradora distribui R$ 3,58 por ação
Embraer (EMBJ3) pede truco: brasileira diz que pode rever investimentos nos EUA se Trump não zerar tarifas
A companhia havia anunciado em outubro um investimento de R$ 376 milhões no Texas — montante que faz parte dos US$ 500 milhões previstos para os próximos cinco anos e revelados em setembro
A Rede D’Or (RDOR3) pode mais: Itaú BBA projeta potencial de valorização de mais de 20% para as ações
O preço-alvo passou de R$ 51 para R$ 58 ao final de 2026; saiba o que o banco vê no caminho da empresa do setor de saúde
Para virar a página e deixar escândalos para trás, Reag Investimentos muda de nome e de ticker na B3
A reestruturação busca afastar a imagem da marca, que é considerada uma das maiores gestoras do país, das polêmicas recentes e dos holofotes do mercado
BRB ganha novo presidente: Banco Central aprova Nelson Souza para o cargo; ações chegam a subir mais de 7%
O então presidente do banco, Paulo Henrique Costa, foi afastado pela Justiça Federal em meio a investigações da Operação Compliance Zero
Raízen (RAIZ4) perde grau de investimento e é rebaixada para Ba1 pela Moody’s — e mais cortes podem vir por aí
A agência de classificação de risco avaliou que o atual nível da dívida da Raízen impõe restrições significativas ao negócio e compromete a geração de caixa
Dividendos robustos e corte de custos: o futuro da Allos (ALOS3) na visão do BTG Pactual
Em relatório, o banco destacou que a companhia tem adotado cautela ao considerar novos investimentos, na busca por manter a alavancagem sob controle
Mercado torce o nariz para Casas Bahia (BHIA3): ações derretem mais de 20% com aumento de capital e reperfilamento de dívidas
Apesar da forte queda das ações – que aconteceu com os investidores de olho em uma diluição das posições –, os analistas consideraram os anúncios positivos
