BTG inicia cobertura de Pague Menos (PGMN3), vista pelo bancão como ‘aposta promissora’ até 2026

A Pague Menos (PGMN3) fez sua estreia como uma das empresas cobertas pelo BTG Pactual nesta quarta-feira (25), na esteira de novas e velhas ações que passaram a integrar o escopo de análise do banco.
A rede de farmácias, a segunda maior do Brasil em número de lojas, com destaque nas regiões Norte e Nordeste, tem se beneficiado da integração da Extrafarma, da qual já extraiu sinergias relevantes, de acordo com os analistas do BTG.
A tese do banco para a cobertura é que a empresa tem uma avaliação atrativa: a ação negocia a 12 vezes o lucro estimado para 2026, mesmo com uma projeção de crescimento médio do lucro por ação (EPS) de 25% ao ano até 2028.
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Além disso, a Pague Menos está com a abertura média de 73 lojas por ano até 2028, com investimento médio de R$ 1,8 milhão por unidade e margem bruta estimada em 31,8% para 2025, subindo para 32% no longo prazo. Isso além de um volume expressivo de créditos tributários, estimados em R$ 1 bilhão, que devem ser aproveitados até 2032.
Com isso, a estreia da cobertura do Pague Menos pelo BTG vem com recomendação de "compra", com preço-alvo fixado em R$ 4,50 por ação até o fim de 2026 — uma valorização de quase 30% em relação à cotação atual, de R$ 3,49.
Pague Menos deve ter dois gatilhos para avançar crescimento
Na visão do BTG, o varejo farmacêutico brasileiro é um setor desafiador para quem busca expansão nacional e deverá consolidar, com ganhos, a participação das grandes redes.
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“A Pague Menos, com a aquisição da Extrafarma, já se consolidou como líder nas regiões Norte e Nordeste, com 21% e 16% da participação de mercado, respectivamente. Ainda assim, o setor permanece altamente fragmentado — os cinco maiores players representam apenas 32% do mercado nacional”, afirmam os analistas Yan Cesquim, Luiz Guanais e Pedro Lima.
Com isso, o BTG espera que duas tendências dominem o setor nos próximos anos:
- Crescimento de associações de farmácias locais, especialmente em cidades pequenas;
- Expansão contínua de grandes redes nacionais, como Raia Drogasil e Pague Menos, que avançam com regionalização e integração de operações.
Três pilares sustentam a tese do BTG
A tese de investimento da Pague Menos é estruturada em três pilares, segundo os analistas do BTG:
- Presença dominante no Nordeste, com alta densidade de lojas e barreiras naturais à entrada de concorrentes;
- Ganhos operacionais da integração com a Extrafarma, com aumento de margens e crescimento acima da inflação;
- Desalavancagem contínua, com melhora gradual do retorno sobre o capital investido (ROIC).
Embora a Pague Menos tenha uma tese sólida de crescimento — com abertura de lojas, integração de ativos e ganhos de escala —, o BTG destaca que o sucesso da execução operacional é essencial para a entrega dos resultados projetados.
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“A empresa tem espaço de crescimento em cidades médias e pequenas, com uma estratégia de expansão sólida e disciplinada”, afirmam os analistas em relatório.
Apesar dos riscos operacionais, os analistas veem um cenário mais promissor à frente, com fundamentos em recuperação. O valuation da Pague Menos é considerado atrativo.
Mas há riscos no radar
Apesar da leitura positiva do BTG, os analistas apontam riscos relevantes que podem afetar a execução da tese.
A regulação de preços é uma delas, já que o governo federal regula os reajustes de preços de medicamentos com prescrição, o que limita o repasse de custos e pode pressionar margens em cenários inflacionários.
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A taxa de juros no Brasil, a Selic e a instabilidade econômica no país também afetam empresas alavancadas e com ciclos longos de investimento, como é o caso da Pague Menos.
Outro ponto é o projeto de lei que permite a venda de medicamentos de venda livre (OTC) em supermercados, e que, se aprovado, pode acirrar a competição e comprimir margens no segmento de higiene, perfumaria e cosméticos.
Por fim, a Pague Menos se beneficia de incentivos de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em estados como Ceará, Bahia e Pernambuco. A suspensão ou revisão desses regimes especiais pode ter impacto significativo no resultado — os créditos fiscais hoje representam cerca de 40% do valuation projetado.
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