BTG alerta para nova decepção com Banco do Brasil e corta previsões para BBAS3. É hora de pular fora das ações?
Analistas do BTG cortaram as estimativas para lucro líquido e ROE em 2025 e 2026, além de derrubarem também o preço-alvo para o papel em 12 meses

Os dias não têm sido fáceis para o Banco do Brasil desde que a empresa divulgou seu balanço do primeiro trimestre de 2025, em meados de maio. A ação BBAS3 já caiu mais de 30% e as recomendações para o banco só têm vindo negativas.
E nesta sexta-feira (1º) não seria diferente. Dessa vez, a má notícia vem do front do BTG Pactual, que divulgou novo relatório reduzindo suas estimativas de lucro para o BB neste e no próximo ano. E isso antes mesmo de o BB divulgar seu balanço do 2T25, previsto para 14 de agosto.
A recomendação do BTG para BBAS3 é neutra. O banco agora reduziu o preço-alvo em 12 meses de R$ 30 para R$ 24. A ação opera em queda na tarde desta sexta-feira, cotada por volta de R$ 19,64. Entenda as razões por trás da queda da ação do BB nesta sexta.
Corte atrás de corte; agora é a vez do BTG
Logo após o resultado decepcionante do BB no 1T25, o BTG já havia recalculado suas estimativas para o banco, mas agora concluiu que não foi o suficiente.
“A questão é que quanto mais aprendemos, mais preocupados ficamos que nossas estimativas ainda pareciam excessivamente otimistas”, escreveram os analistas.
O BTG espera que o BB tenha um lucro líquido de R$ 5 bilhões no 2T25, com ROE (retorno sobre patrimônio) de 11,1%, e lucro de R$ 23,5 bilhões para este ano, com ROE de 12,5% — corte de 23% e 20%, respectivamente, em relação às estimativas anteriores do banco, e 3% e 14% abaixo das expectativas de mercado.
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Para o ano que vem, o BTG estima lucro líquido de R$ 28,2 bilhões, com ROE de 14,2%, o que está 10% abaixo das expectativas de mercado.
E o motivo é o mesmo: o agro
O que motivou a piora nas expectativas do BTG em relação ao Banco do Brasil não é nenhuma novidade: a deterioração “persistente e estrutural” no setor de empréstimos agrícolas, setor em que o BB é líder.
A percepção do BTG é de que essa deterioração não era somente cíclica, mas provavelmente tinha também raízes mais estruturais. Entre esses desafios estruturais, os analistas destacam:
- O BB pode ter perdido parte de seu status de “relacionamento bancário primário” com os clientes, o que pode tê-lo empurrado para trás na linha de prioridade de pagamento para alguns produtores;
- O BB também parece depender de terceiros para o armazenamento de grãos dados como garantia, o que enfraquece sua posição na execução de garantias;
- Além disso, a Lei 14.112/20 permitiu que os produtores entrassem com pedido de recuperação judicial, o que impede o banco de exercer suas garantias hipotecárias;
- Segundo o BTG, muitos novos produtores começaram a cultivar soja nos últimos anos, atraídos pelos altos preços durante esse período — os chamados “aventureiros”. “Esses não são os clientes tradicionais do BB, e alguns entraram com pedido de recuperação judicial sem muita preocupação em perder o acesso a crédito subsidiado, pois podem acabar mudando para uma atividade completamente diferente”.
Segundo o BTG, “a recuperação do agronegócio pode levar tempo e se estabelecer em condições mais fracas”.
“Acreditamos que a deterioração nos resultados está vindo ‘de elevador’, enquanto qualquer recuperação provavelmente irá ‘subir as escadas’”, escreveram os analistas, referindo-se a uma provavelmente lenta recuperação do BB.
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