Banco do Brasil (BBAS3) é “muito melhor que o Itaú”: Diretor financeiro revela por que as ações do banco estatal operam com desconto
Na visão do CFO, o BB é um ativo “muito peculiar”, com mais de 200 anos e que consegue entregar rentabilidades comparáveis aos seus pares privados

“Eu não preciso convencer os analistas. Eu não sou o Itaú, sou muito melhor”, afirmou Geovanne Tobias, diretor financeiro (CFO) do Banco do Brasil (BBAS3).
A declaração do executivo ocorreu após a divulgação do balanço do quarto trimestre de 2024, que trouxe um resultado em linha com as expectativas, embora acompanhado de um guidance (projeção) conservador para 2025.
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Enquanto os investidores digerem os números e realizam os lucros que acumularam com as ações BBAS3 desde o início do ano, os papéis operam em baixa nesta quinta-feira (20).
Longe de ser uma simples provocação, a fala do CFO ressalta a estratégia do banco de focar em seus próprios atributos, como a forte atuação no agronegócio, em vez de tentar replicar o modelo dos concorrentes.
Na visão do CFO, o Banco do Brasil é um ativo “muito peculiar”, com mais de 200 anos, capaz de entregar rentabilidades comparáveis aos seus pares privados, com uma estrutura de balanço extremamente sólida e atuação em mercados que os rivais não exploram.
O BB encerrou a safra de balanços do 4T24 com o segundo maior ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) entre os grandes bancos tradicionais, de 21,4%, atrás apenas do Itaú, que terminou o trimestre com uma rentabilidade de 22,1%
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Por trás do desconto do Banco do Brasil (BBAS3)
Questionado sobre os motivos da performance do Banco do Brasil (BBAS3) aquém dos rivais privados, o diretor financeiro especula que boa parte das incertezas dos investidores decorre da estrutura de governança mista do banco, que envolve o poder público e investidores privados.
A União detém 50% do capital social do BB, enquanto 49,6% dos papéis da empresa circulam no mercado, com metade desse capital proveniente de investidores locais.
Atualmente, as ações BBAS3 são negociadas com descontos consideráveis em relação aos concorrentes privados, e o executivo afirma que há um motivo para essa discrepância: o preconceito do mercado
Segundo Tobias, a visão negativa dos investidores sobre o Banco do Brasil deve-se ao fato de ser um banco público e supostamente mais suscetível a interferências estatais.
“É difícil quebrar um paradigma que está na cabeça de muitos investidores. O Banco do Brasil está extremamente barato, seja na visão de preço ou de valor patrimonial. O mercado desconta o BB no que ele chama de risco político e, apesar de termos uma estrutura de governança robusta, não conseguimos desmistificar esse desconto”, disse.
“Queria ver os bancos privados fazendo o que fazemos, entregando uma carteira com um terço de agronegócio, e atuando em uma cadeia de valor como nós”, acrescentou.
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O aumento da concorrência no agro
Outra questão que tomou os holofotes da conversa da gestão do Banco do Brasil (BBAS3) com a imprensa foi a concorrência no agronegócio, o principal setor de atuação do banco.
Para Tobias, os grandes bancos recentemente estabeleceram como meta crescer sua atuação no setor rural. “Eles perceberam agora que o agro é pop, mas o agro já é pop para nós há muitos anos.”
Apesar de enfrentar desafios no setor, como o aumento da inadimplência e a pressão sobre as margens, o BB mantém a confiança no agro.
Na avaliação da CEO, Tarciana Medeiros, a atual carteira do Banco do Brasil é “o sonho de consumo de qualquer banco”, dividida quase que igualmente entre pessoas físicas, agronegócio e empresas.
A CEO afirmou que a carteira de agronegócio do BB alcançou a marca de R$ 400 bilhões, com uma inadimplência de 2,5%. “Se essa carteira não tem qualidade, eu não sei o que tem”, disse a executiva.
“A nossa carteira de agro é cobiçadíssima, já que 90% dela tem garantia ou mitigador de risco, e temos plenas condições de buscar nossas garantias. Temos a previsão de que o cenário melhore para o agro em 2025, com safra recorde, então trabalhamos com a expectativa de que o risco se acomode ao longo do ano”, afirmou.
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