Em reestruturação para tentar sair do buraco, prejuízo da Casas Bahia (BHIA3) cresce 56,3% no 1T25 e chega a R$ 408 milhões
Ainda assim, as perdas da varejista entre janeiro e março deste ano são menores do que as registradas do último trimestre do ano passado e também viera baixo do que o mercado esperava; confira os números

A Casas Bahia (BHIA3) ainda não conseguiu colocar a casa em ordem. A varejista, que está passando por uma reestruturação, teve um prejuízo líquido de R$ 408 milhões no primeiro trimestre de 2025, um resultado que amplia em 56,3% as perdas registradas no mesmo período do ano anterior, quando somaram R$ 261 milhões.
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Na comparação trimestral, no entanto, o prejuízo diminuiu em 9,73%. No quarto trimestre de 2024, a Casas Bahia teve uma perda líquida de R$ 452 milhões. Além disso, o mercado esperava um desempenho um pouco pior para a varejista. As projeções compiladas pela Bloomberg apontavam para um prejuízo de R$ 415,75 milhões entre janeiro e março deste ano.
Vale lembrar que, em busca da rentabilidade perdida, a Casas Bahia decidiu “voltar às origens”. Desde meados do ano passado, a empresa vem reduzindo o escopo de apostas em produtos, cortando custos e despesas e priorizando segmentos mais lucrativos para o negócio. Nesta reportagem, você encontra mais detalhes sobre as mudanças na Casas Bahia.
Outros destaques do balanço da Casas Bahia
Nos primeiros três meses deste ano, a Casas Bahia reportou ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado de R$ 570 milhões, avanço de 47,3% na base anual. Já a margem ajustada foi de 8,2%, alta de 2,1 ponto percentual (p.p) ano a ano.
Essa linha do balanço também superou as projeções do mercado reunidas pela Bloomberg, que apontavam para um ebitda de R$ 540 milhões.
Já a receita líquida subiu 10,1% em relação aos três primeiros meses de 2024, para R$ 6,991 bilhões.
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A alavancagem, medida por dívida líquida sobre ebitda ajustado ficou em 0,9 vez, uma melhora no comparativo com o primeiro trimestre de 2024, quando esse indicador ficou em 1,2 vez.
O GMV (volume bruto de mercadorias) total — uma métrica importante para o varejo — cresceu 10,2% entre janeiro e março deste ano na comparação com o mesmo intervalo do ano anterior, alcançando R$ 10,67 bilhões.
O desempenho foi puxado pelas lojas físicas, que reportaram um GMV de R$ 6,295 bilhões, alta de 16,2% em relação aos três primeiros meses de 2024. Esse resultado compensou a queda de 4,9% nas vendas próprias online (1P).
O GMV do marketplace (3P) avançou 14,6%, totalizando R$ 1,84 bilhão. Já as vendas online somadas (1P + 3P) chegaram a R$ 4,38 bilhões, um aumento de 2,4% frente ao mesmo período do ano passado.
O fluxo de caixa livre da Casas Bahia ficou negativo em R$ 322 milhões no primeiro trimestre de 2025.
Segundo a companhia, a variação de capital giro, composta por fornecedores e estoques, teve um consumo de R$ 603 milhões, impacto referente à reposição do volume de compras para suportar a demanda de vendas exigida no primeiro semestre de 2025, especialmente dia das mães, e o maior pagamento de fornecedores.
“A variação de caixa foi negativa em R$ 1,5 bilhão no 1T25, explicada pelo movimento no capital de giro, menores captações (com objetivo de pagar menos juros no futuro) e o próprio pagamento dos juros (que tiveram impacto do aumento da Selic)”, diz a Casas Bahia.
Já os investimentos da Casas Bahia nos primeiros três meses do ano somaram R$ 70 milhões, 105% a mais do que o investido no mesmo período de 2024. Segundo a varejista, 80% desses recursos foram direcionados para tecnologia com o objetivo de apoiar a digitalização dos negócios e a experiência do cliente.
O crediário da Casas Bahia
Famosa pelo crediário — e por toda polêmica envolvida nele nos últimos anos — a carteira da Casas Bahia cresceu 14,5% em termos anuais e atingiu R$ 6,1 bilhões nos primeiros meses do ano.
Nas lojas, a penetração foi de 23,7% no primeiro trimestre de 2025 na comparação com 25,5% no primeiro trimestre de 2024.
No 1P online a participação do crediário digital foi de 8,8%, acima dos 5,3% do mesmo período do ano anterior, enquanto no 3P alcançou 9,0% das vendas, também maior do que os 6,3% do mesmo trimestre de 2024.
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