Azul (AZUL4) busca até R$ 4 bilhões em oferta de ações e oferece “presente” para acionistas que entrarem no follow-on; ações sobem forte na B3
Com potencial de superar os R$ 4 bilhões com a oferta, a companhia aérea pretende usar recursos para melhorar estrutura de capital e quitar dívidas com credores
Na reta final da reestruturação, a Azul (AZUL4) oficialmente lançou nesta segunda-feira (14) sua oferta subsequente de ações (follow-on) na bolsa brasileira. O objetivo é captar até R$ 4 bilhões para melhorar a estrutura financeira e quitar dívidas com credores.
A companhia aérea prevê a emissão de no mínimo 450,57 milhões de ações preferenciais (PN) no lote inicial, com o preço fixo de R$ 3,58 por papel, o que levaria a um montante total de pelo menos R$ 1,61 bilhão.
A empresa também oferece uma “vantagem adicional gratuita” para os investidores que decidirem participar da oferta. O “presente” para os acionistas define que, para cada ação comprada, será entregue ao investidor um bônus de subscrição.
- VEJA MAIS: Este FII pode subir até 15% nos próximos meses – e está entre os cinco melhores para comprar ainda hoje, segundo analista; confira a seleção
No entanto, a captação do follow-on poderá ser ainda maior, se houver interesse dos investidores.
A Azul prevê que a oferta poderá ser aumentada em até 155% do total de ações do lote base — ou seja, em até 697,9 milhões de ações e 697,9 milhões de bônus de subscrição — em caso de eventual excesso de demanda.
Se considerado o exercício total do lote adicional, a transação poderia superar a casa dos R$ 4,11 bilhões.
Leia Também
A operação será coordenada pelo UBS BB, ao lado do BTG Pactual e do Citi. A expectativa é que as novas ações lançadas pelo follow-on comecem a ser negociadas na B3 em 25 de abril.
As ações da Azul lideraram os ganhos do Ibovespa hoje. Os papéis entraram em leilão durante a sessão por oscilação máxima permitida e encerraram o dia com alta de 12%, a R$ 3,36. No mês, o ativo acumula alta de 2,1% e no ano, uma perda de 5%.
Os planos da Azul (AZUL4) para o dinheiro do follow-on
Após finalmente concluir em janeiro o processo de renegociação com praticamente todos os detentores de títulos de dívida, arrendadores, fabricantes e fornecedores, o lançamento da oferta de ações na B3 era considerado uma etapa crucial rumo ao fim da reestruturação.
A Azul (AZUL4) busca levantar novos recursos financeiros, contribuindo para melhorar a sua futura estrutura de capital e aumentar a liquidez, e possibilita liquidar as dívidas com credores.
A oferta de ações será constituída de distribuição primária, ou seja, os recursos levantados irão diretamente para o caixa da empresa.
O montante levantado com o lote base servirá para equalizar parte das notas emitidas pela Azul Secured Finance, de cupom de 11,500%, com vencimento em 2029, e cupom de 10,875%, com vencimento em 2030.
Segundo a Azul, a integralização mediante entrega das dívidas financeiras será equivalente ao montante total de US$ 274,62 milhões, correspondente a R$ 1,61 bilhão.
A quitação dos débitos acontecerá por meio da conversão obrigatória de parte do valor do principal das notas por ações (inclusive na forma de ADRs) emitidas por meio da oferta.
Depois de pagar os valores devidos aos credores das notas, a Azul também pretende utilizar os recursos captados com o follow-on para despesas administrativas, de marketing e de vendas.
Leia também:
- CEO da Azul (AZUL4) quer construir uma “empresa melhor” após prejuízo bilionário no 4T24
- Azul (AZUL4) tenta arrumar a casa com aumento de capital de até R$ 3,37 bilhões
Diluição de acionistas?
É importante ressaltar que as ações e os bônus de subscrição da oferta prioritária serão destinados exclusivamente aos acionistas da companhia aérea.
Por sua vez, os papéis remanescentes do lote base e as ações adicionais serão destinados a investidores profissionais — pessoas físicas ou jurídicas que possuam investimentos financeiros superiores a R$ 10 milhões e tenham validado por escrito essa condição.
Dessa forma, os acionistas que optarem por não participar da oferta de ações da Azul acabarão tendo suas participações diluídas após o follow-on.
“Caso o acionista deseje não ser diluído no capital social total da companhia no âmbito da Oferta e queira manter sua participação proporcional na companhia, ele deverá necessariamente acompanhar a quantidade total de ações da oferta, incluindo as ações adicionais”, explicou a Azul.
- VEJA TAMBÉM: Como não cair na malha fina? Guia do Imposto de Renda 2025 do Seu Dinheiro ensina o passo a passo
Tupy (TUPY3): por que a XP não enxerga oportunidade nas ações mesmo depois da queda de 45% no ano?
Após uma queda de 45% no ano, a XP cortou as estimativas para a Tupy, revelando desafios e oportunidades que podem impactar os próximos resultados da empresa
Prio (PRIO3) turbina capital em R$ 2 bilhões — mas sem um centavo de dinheiro novo; ações caem
Segundo a petroleira, a medida visa fortalecer a estrutura de capital, reforçando a posição de caixa
Nas trincheiras do varejo: o que esperar do Mercado Livre (MELI34) no 3T25 com a guerra cada vez mais escancarada no setor?
Entre frete grátis, cupons e margens espremidas, o Mercado Livre (MELI34) chega ao 3T25 no centro da guerra que redesenha o e-commerce brasileiro. Veja o que esperar dos resultados de hoje
Santander Brasil (SANB11) quer ROE acima de 20% mesmo com crescimento abaixo dos rivais — e reduz aposta na baixa renda e no agro, diz CEO
Mario Leão revela que o banco planeja uma expansão mais seletiva, com ampliação da carteira de crédito para alta renda e menos crédito novo para o agronegócio
Microsoft (MSFT) eleva fatia na OpenAI para 27%, e dona do ChatGPT finalmente passa a ter lucro como objetivo
Com a mudança, a dona do Windows passará a ter controle sobre 27% da empresa criadora do chatbot mais popular do planeta, ChatGPT, representando cerca de US$ 135 bilhões.
Marisa (AMAR3) ganha tempo em impasse sobre balanços; entenda o imbróglio da varejista com a CVM
No início do mês, a autarquia havia determinado que a varejista de moda constituísse provisões sobre processos tributários envolvendo a M Serviços, controlada indireta da Marisa
Bradesco (BBDC4) tem fome de rentabilidade, mas o ‘step by step’ vai continuar no 3T25? Analistas revelam o que esperar para o balanço
O Bradesco vai continuar a dar “um passo de cada vez” na trajetória de recuperação ou algo pode sair do esperado no terceiro trimestre? Veja as expectativas do mercado
Santander Brasil (SANB11) supera expectativas com lucro de R$ 4 bilhões e ROE de 17,5% no 3T25; confira os destaques do balanço
O retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROAE) encerrou o trimestre em 17,5%, também acima das projeções; veja os destaques
Como o Nubank (ROXO34) conseguiu destronar a Petrobras (PETR4) como a empresa mais valiosa do Brasil?
O Nubank superou a Petrobras no ranking das maiores empresas da América Latina, impulsionado pelo crescimento no México e pela aposta em inteligência artificial, enquanto a estatal enfrenta um cenário desafiador com a queda do petróleo e tensões políticas
O que a Sabesp (SBSP3) tem de especial para o Santander recomendar a compra das ações mesmo diante de uma nova crise hídrica
O banco tem preço-alvo de R$ 122,02 para os papéis da companhia; no pregão desta terça-feira (28), as ações fecharam em queda de 0,15%, cotadas a R$ 131,84
Rumo à privatização, Copasa (CSMG3) conclui emissão de debêntures e reforça caixa com R$ 600 milhões
A estatal mineira de saneamento conclui a 21ª emissão de debêntures e reforça seus planos de investimento, com a privatização cada vez mais próxima, segundo analistas do BTG Pactual
Crise no Banco Master pode gerar risco sistêmico? Campos Neto diz que não — e revela qual o real perigo
A crise do Banco Master gerou temores no mercado financeiro, mas segundo Roberto Campos Neto, o episódio não representa um risco sistêmico; entenda
ChatGPT Go: versão de assinatura mais barata da ferramenta chega ao Brasil com opção gratuita para clientes Nubank
A OpenAI lança no Brasil o ChatGPT Go, uma versão mais acessível da ferramenta de inteligência artificial, com preços 65% mais baixos que o plano Plus. Em parceria com o Nubank, a novidade oferece assinaturas gratuitas de até 1 ano para clientes do banco
MBRF e os sauditas: um negócio promissor e uma ação que dispara 20% — o que fazer com MBRF3 agora?
Pelo segundo dia seguido, as ações da MBRF subiram forte na bolsa na esteira do anúncio da joint venture com a HPDC, subsidiária integral do fundo soberano da Arábia Saudita
Amazon quer cortar 14 mil cargos na área corporativa — e as demissões podem estar só começando na big tech
Com a inteligência artificial e robôs ganhando espaço, a Amazon inicia um plano de reestruturação que pode transformar a forma como a empresa opera — e afeta milhares de empregos.
Por que o mercado já não espera muito do balanço do Santander Brasil (SANB11) no 3T25? Veja as apostas dos analistas
Primeiro grande banco a abrir os números do 3T25, o Santander deve mostrar melhora gradual — mas com riscos persistentes. Veja as apostas do mercado
Se tudo der certo para a Petrobras (PETR4), Margem Equatorial pode acrescentar quase R$ 420 bilhões ao PIB do Brasil, diz gerente da estatal
Após anos de disputa por licença ambiental, estatal aposta no potencial da região para impulsionar o desenvolvimento e garantir autossuficiência energética
Brasil depende demais do agro, diz CEO da JBS (JBSS32) — que alerta para os riscos implícitos
O CEO da JBS, Gilberto Tomazoni, defendeu a diversificação da economia brasileira e alertou para um cenário global cada vez mais fragmentado
Em meio a possível venda à J&F, Eletronuclear vê risco de ‘colapso financeiro’ e pede ajuda de R$ 1,4 bilhão ao governo Lula, diz jornal
O alerta da estatal é o mais recente de uma série de pedidos de socorro feitos ao longo dos últimos meses
Dividendos gordos? Petrobras (PETR4) pode pagar nova bolada aos acionistas — e bancos já calculam quanto vem por aí
Com avanço na produção do terceiro trimestre, mercado reacende apostas em dividendos fartos na petroleira. Veja as projeções
