A XP está barata e tem uma performance acima da média, mas não convence o Itaú BBA — banco piora a recomendação para as ações
Entenda os motivos que levaram o banco de investimentos a revisar as estimativas para a corretora e deixar de indicar a compra dos papéis agora
Nem toda popularidade dura para sempre e, em alguns casos, a performance acima da média não é suficiente para se manter entre as favoritas. Pelo menos essa é a visão do Itaú BBA sobre a XP (XPBR31), que deve enfrentar pressões sobre receitas e uma concorrência mais forte no mercado brasileiro.
Em relatório divulgado nesta segunda-feira (23), os analistas liderados por Pedro Leduc revisaram as estimativas de lucro líquido para 2025 da corretora, reduzindo-as em 5%, e mantiveram as estimativas de 2026 estáveis, em R$ 5,8 bilhões.
Na esteira das atualizações, o Itaú BBA rebaixou a recomendação para as ações da XP — listada como “XP” na Nasdaq — de “outperform” (equivalente a compra) para "market perform" (equivalente a neutro), com um novo preço-alvo para dezembro deste ano de US$ 21.
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“Agora esperamos uma dinâmica mais fraca de receitas no curto prazo. Isso pode ser aceitável, já que os juros no Brasil ainda não começaram a cair. No entanto, trimestre após trimestre, o mercado vai avaliar o desempenho da empresa para calibrar melhor o potencial de valorização”, explicaram os analistas.
O preço sobre lucro (P/L) para o próximo ano da XP foi projetado em 9,7x, abaixo da média histórica, que varia entre 14x e 15x.
“Concordamos que esse múltiplo não parece caro em comparação com os níveis históricos em ciclos positivos ou com os pares do mercado de capitais. Contudo, acreditamos que boa parte do humor macroeconômico já foi precificado, e agora nossas projeções de lucro estão em trajetória de queda”, afirmam.
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Por volta das 16h15, as ações da corretora recuavam 1,28%, cotadas a US$ 19,28. Na B3, XPBR31 operava em queda de 1,40%, a R$ 105,65.
Fraqueza no curto prazo e desafios no médio prazo
O Itaú BBA aponta que, trimestre após trimestre, o mercado vai avaliar o desempenho da XP para calibrar melhor o potencial de valorização, de acordo com os produtos e serviços prestados pela corretora.
No entanto, os analistas ressaltam que, durante o último ciclo de apetite por risco no Brasil, a XP tinha uma oferta muito diferenciada de produtos e serviços.
“Aos poucos, no entanto, seu modelo de agentes autônomos foi replicado ou aprimorado por outras casas, como o BTG. Os grandes bancos também melhoraram seus serviços e produtos, conseguindo tanto reter mais os investimentos dos clientes quanto atrair novos”, explica o relatório.
O BBA também destaca que as mudanças propostas pelo governo brasileiro em relação à tributação podem ter impactos negativos diretos e indiretos nos negócios da XP. A elevação da alíquota de 15% para 25% sobre os fundos que a empresa detém por meio de veículos offshore pode reduzir os lucros da XP em cerca de 10%.
Indiretamente, títulos isentos para pessoa física, como CRIs, CRAs e debêntures incentivadas, passarão a ter incidência de 5% de imposto de renda para os investidores.
Outro ponto que pode gerar efeitos negativos para a XP é sua forte atuação na distribuição desses produtos ao varejo, que deverá representar 76% da receita total da corretora em 2025. A defasagem nesse segmento pode afetar as receitas com originação de dívida (DCM) e o fluxo de novos recursos.
Revisão nos resultados da XP
O BBA espera que a XP tenha um fluxo líquido de aproximadamente R$ 20 bilhões por trimestre nos próximos 12 meses, com redução nas taxas de administração, especialmente no segmento de ações — dinâmica que também pressiona as estimativas operacionais para 2026.
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Para 2025, é projetado um crescimento de 9,3% na receita bruta da corretora, uma alta de 6,4% no Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) e crescimento de 13% no lucro líquido, atingindo R$ 5,1 bilhões.
Para o ano seguinte, é esperado que a XP avance 11% na receita, ligeiramente abaixo do guidance da corretora. O BBA também alinhou as expectativas de lucro líquido com as do mercado, com projeção de R$ 5,8 bilhões.
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