O urso de hoje é o touro de amanhã? Ibovespa tenta manter bom momento em dia de feriado nos EUA e IBC-Br
Além do índice de atividade econômica do Banco Central, investidores acompanham balanços, ata do Fed e decisão de juros na China

Quem acompanha os mercados financeiros provavelmente já ouviu falar em touros e ursos. Trata-se de uma tradução dos jargões usados em Wall Street para abordar a tendência de alta ou baixa de um ativo ou de um mercado.
As expressões são explicadas pela dinâmica de ataque desses animais. O touro (bull) chifra de baixo para cima. Indica o movimento de alta. Já a patada do urso (bear) vem de cima para baixo. Por essa lógica, o termo aponta para a queda.
Vale observar que estamos falando de tendências. Nenhuma ação ou mercado sobe infinitamente nem cai para sempre.
O touro de ontem é o urso de amanhã — e o inverso também é válido. O Seu Dinheiro, inclusive, tem um podcast chamado Touros e Ursos, com mais de 200 edições no ar.
Se você nunca viu nem ouviu, deixo aqui a recomendação.
Mas o motivo pelo qual estamos falando sobre touros e ursos é outro. Ao longo do ano passado, a ação da BRF (BRFS3) acumulou alta de mais de 80%. Foi a segunda maior valorização de 2024 dentro do Ibovespa.
Leia Também
Trump na sala de aula: Ibovespa reage a tarifas de 50% impostas pelos EUA ao Brasil
Rodolfo Amstalden: Nem cinco minutos guardados
A folhinha então virou, fevereiro mal passou da metade e o papel já acumula queda de mais de 20% em 2025.
Diante dessa situação, a repórter Micaela Santos foi a campo para descobrir se o touro virou urso ou se a queda recente da ação da BRF abriu uma oportunidade para entrar no papel.
O resultado você confere na reportagem especial de hoje do Seu Dinheiro.
Enquanto isso, o Ibovespa começa a semana vindo de um salto de 2,7% na sexta-feira.
Diante de um feriado que mantém os mercados fechados em Wall Street hoje, as atenções dos investidores se voltam para o IBC-Br de dezembro.
A expectativa é de que o índice de atividade econômica do Banco Central entre em território negativo (olha o urso aí) depois de quatro meses seguidos de alta.
Para além do IBC-Br, a temporada de balanços ganha impulso (com destaque para a Vale) em semana de ata do Fed e de decisão de juros na China.
Os detalhes da agenda econômica da semana você confere no trabalho do Guilherme Castro Sousa.
O que você precisa saber hoje
COMO GERAR RENDA PASSIVA EM 2025
POWERED BY EMPIRICUS RESEARCH
CENÁRIO MACRO
Selic abaixo dos 15% no fim do ano: Inter vai na contramão do mercado e corta projeção para os juros — mas os motivos não são tão animadores assim. O banco cortou as estimativas para a Selic terminal para 14,75% ao ano, mas traçou projeções menos otimistas para outras variáveis macroeconômicas.
PESQUISA
Após Datafolha mostrar queda na aprovação do governo, novo levantamento do Ipec revela que 62% são contra a reeleição de Lula. O levantamento constatou que há rejeição ao projeto de reeleição do petista até mesmo entre os seus apoiadores.
DESTAQUES DA BOLSA
Ação da Caixa Seguridade dispara na B3 após balanço bem avaliado e proposta de distribuir quase R$ 1 bi em dividendos. E agora, vale comprar CXSE3? A seguradora da Caixa Econômica Federal (CEF) reportou lucro líquido gerencial de R$ 1,06 bilhão entre outubro e dezembro do ano passado.
DIÁRIO DOS 100 DIAS (DIA 26)
Trump não vai gostar: a decisão do Brasil que pode colocar o dólar para escanteio. A presidência brasileira do Brics se comprometeu a desenvolver uma plataforma que permita aos membros usarem suas próprias moedas para o comércio.
SEM CRISE?
Em meio a transição de modelo, China luta contra a desaceleração do crescimento do PIB no novo Ano da Serpente. Depois de décadas de forte expansão econômica, o crescimento do PIB da China vem desacelerando nos últimos anos e desafia o otimismo do governo Xi Jinping.
PESQUISA
Datafolha: Aprovação de Lula cai ao pior patamar de todos os seus mandatos, enquanto rejeição bate recorde; veja os números. Queda de 11 pontos em dois meses é inédita, segundo a pesquisa feita com 2.007 eleitores em 113 cidades do Brasil.
REAÇÃO AO RESULTADO
Fraco, mas esperado: balanço da Usiminas (USIM5) desagrada e ações ficam entre as maiores quedas do Ibovespa. A siderúrgica teve um prejuízo líquido de R$ 117 milhões, abaixo das estimativas e revertendo o lucro de R$ 975 milhões visto no 4T23; veja os destaques do balanço.
REVISANDO O PORTFÓLIO
A “desova” continua: Warren Buffett despeja mais ações do BofA no mercado — mas sua fatia nesta big tech permanece intacta. O conglomerado de Omaha reduziu sua fatia no banco americano para 8,9% no quarto trimestre, vendendo 117,5 milhões de ações.
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
Adeus, ChatGPT? Elon Musk anuncia novo chatbot de IA e promete ser o ‘mais inteligente do mundo’. O anúncio acontece em uma crescente concorrência de empresas no mercado de tecnologia, também de olho no ChatGPT, da Open IA, e na chinesa DeepSeek.
DA CENTAURO PARA A ZAMP
Dona do Burger King no Brasil, Zamp (ZAMP3) anuncia ex-CEO do Grupo SBF (SBFG3) para o comando da companhia. A decisão conclui o processo de seleção iniciado em fevereiro e será oficializada em reunião do conselho de administração prevista para o final de abril.
NA MIRA DA B3
Após estrear na bolsa disparando 200% e com as ações agora valendo centavos, Automob (AMOB3) vai propor grupamento. Empresa do grupo Simpar (SIMH3) foi notificada pela B3 e terá que apresentar um plano para reenquadrar a cotação dos papéis.
MINERAÇÃO EM ALTA
Vale (VALE3) anuncia investimento bilionário para expandir mineração de ferro e cobre no Pará, e Lula manda recado sobre dividendos. A previsão é que a produção de minério de ferro em Carajás chegue a 200 milhões de toneladas por ano em 2030.
CORRIDA PELA DESALAVANCAGEM
Sob forte pressão nas finanças, Raízen (RAIZ4) tem prejuízo de R$ 1,66 bilhão no ano e dívida avança 22%. O prejuízo líquido somou R$ 2,57 bilhões no terceiro trimestre da safra 2024/2025, revertendo o lucro de R$ 793 milhões do mesmo período do ano anterior.
REPAGINADA
Ex-GetNinjas, Reag vai entrar no Novo Mercado da B3 e detalha cisão parcial; confira o que muda para os investidores. O avanço na cisão da Reag Investimentos faz parte das condições necessárias para a ex-GetNinjas entrar no seleto grupo da B3.
DE OLHO NO MINÉRIO
Depois da fábrica na Bahia, BYD compra terrenos em Minas Gerais para explorar ‘petróleo branco’ brasileiro. Agência de notícias Reuters teve acesso a documentos que mostram investimento da montadora chinesa no Vale do Lítio, em Minas Gerais.
TRANSFORMAÇÃO DA VAREJISTA
Casas Bahia (BHIA3) quer captar até R$ 500 milhões com FIDC — após dois anos de espera e com captação menor que a prevista. O início operacional do fundo de investimento em direitos creditórios (FIDC) terá um capital inicial de R$ 300 milhões.
VENDA DE ATIVOS
Meses depois de desfazer joint venture com a Cemig, Vale (VALE3) agora avalia a venda de 70% de sua participação na Aliança Energia. A transação também envolve outros dois projetos de energia, o Sol do Cerrado e o Consórcio Candonga, presentes no portfólio da Vale.
ESPORTE É DINHEIRO
MVPs do lucro: quais são os 10 times mais valiosos da NBA? Levantamento feito pela CNBC mostra que os times da liga de basquete dos Estados Unidos valem mais que muitas empresas brasileiras.
PULANDO A ITÁLIA
Por que não ir à Roma em 2025? Evento raro da Igreja Católica deve levar 35 milhões turistas à Itália; veja como evitar multidões. O Vaticano, menor país do mundo, será responsável por levar ainda mais viajantes para a Itália; excesso de turistas deve respingar em outros destinos como Florença e Milão.
Felipe Miranda: Troco um Van Gogh por uma small cap
Seria capaz de apostar que seu assessor de investimentos não ligou para oferecer uma carteira de small caps brasileiras neste momento. Há algo mais fora de moda do que elas agora? Olho para algumas dessas ações e tenho a impressão de estar diante de “Pomar com ciprestes”, em 1888.
Ontem, hoje, amanhã: Tensão com fim da trégua comercial dificulta busca por novos recordes no Ibovespa
Apetite por risco é desafiado pela aproximação do fim da trégua de Donald Trump em sua guerra comercial contra o mundo
Talvez fique repetitivo: Ibovespa mira novos recordes, mas feriado nos EUA drena liquidez dos mercados
O Ibovespa superou ontem, pela primeira vez na história, a marca dos 141 pontos; dólar está no nível mais baixo em pouco mais de um ano
A história não se repete, mas rima: a estratégia que deu certo no passado e tem grandes chances de trazer bons retornos — de novo
Mesmo com um endividamento controlado, a empresa em questão voltou a “passar o chapéu”, o que para nós é um sinal claro de que ela está de olho em novas aquisições. E a julgar pelo seu histórico, podemos dizer que isso tende a ser bastante positivo para os acionistas.
Ditados, superstições e preceitos da Rua
Aqueles que têm um modus operandi e se atêm a ele são vitoriosos. Por sua vez, os indecisos que ora obedecem a um critério, ora a outro, costumam ser alijados do mercado.
Feijão com arroz: Ibovespa busca recuperação em dia de payroll com Wall Street nas máximas
Wall Street fecha mais cedo hoje e nem abre amanhã, o que tende a drenar a liquidez nos mercados financeiros internacionais
Rodolfo Amstalden: Um estranho encontro com a verdade subterrânea
Em vez de entrar em disputas metodológicas na edição de hoje, proponho um outro tipo de exercício imaginativo, mais útil para fins didáticos
Mantendo a tradição: Ibovespa tenta recuperar os 140 mil pontos em dia de produção industrial e dados sobre o mercado de trabalho nos EUA
Investidores também monitoram decisão do governo de recorrer ao STF para manter aumento do IOF
Os fantasmas de Nelson Rodrigues: Ibovespa começa o semestre tentando sustentar posto de melhor investimento do ano
Melhor investimento do primeiro semestre, Ibovespa reage a trégua na guerra comercial, trade eleitoral e treta do IOF
Rumo a 2026 com a máquina enguiçada e o cofre furado
Com a aproximação do calendário eleitoral, cresce a percepção de que o pêndulo político está prestes a mudar de direção — e, com ele, toda a correlação de forças no país — o problema é o intervalo até lá
Tony Volpon: Mercado sobrevive a mais um susto… e as bolsas americanas batem nas máximas do ano
O “sangue frio” coletivo também é uma evidência de força dos mercados acionários em geral, que depois do cessar-fogo, atingiram novas máximas no ano e novas máximas históricas
Tudo sob controle: Ibovespa precisa de uma leve alta para fechar junho no azul, mas não depende só de si
Ibovespa vem de três altas mensais consecutivas, mas as turbulências de junho colocam a sequência em risco
Ser CLT virou ofensa? O que há por trás do medo da geração Z pela carteira assinada
De símbolo de estabilidade a motivo de piada nas redes sociais: o que esse movimento diz sobre o mundo do trabalho — e sobre a forma como estamos lidando com ele?
Atenção aos sinais: Bolsas internacionais sobem com notícia de acordo EUA-China; Ibovespa acompanha desemprego e PCE
Ibovespa tenta manter o bom momento enquanto governo busca meio de contornar derrubada do aumento do IOF
Siga na bolsa mesmo com a Selic em 15%: os sinais dizem que chegou a hora de comprar ações
A elevação do juro no Brasil não significa que chegou a hora de abandonar a renda variável de vez e mergulhar na super renda fixa brasileira — e eu te explico os motivos
Trocando as lentes: Ibovespa repercute derrubada de ajuste do IOF pelo Congresso, IPCA-15 de junho e PIB final dos EUA
Os investidores também monitoram entrevista coletiva de Galípolo após divulgação de Relatório de Política Monetária
Rodolfo Amstalden: Não existem níveis seguros para a oferta de segurança
Em tese, o forward guidance é tanto mais necessário quanto menos crível for a atitude da autoridade monetária. Se o seu cônjuge precisa prometer que vai voltar cedo toda vez que sai sozinho de casa, provavelmente há um ou mais motivos para isso.
É melhor ter um plano: Ibovespa busca manter tom positivo em dia de agenda fraca e Powell no Senado dos EUA
Bolsas internacionais seguem no azul, ainda repercutindo a trégua na guerra entre Israel e o Irã
Um longo caminho: Ibovespa monitora cessar-fogo enquanto investidores repercutem ata do Copom e testemunho de Powell
Trégua anunciada por Donald Trump impulsiona ativos de risco nos mercados internacionais e pode ajudar o Ibovespa
Um frágil cessar-fogo antes do tiro no pé que o Irã não vai querer dar
Cessar-fogo em guerra contra o Irã traz alívio, mas não resolve impasse estrutural. Trégua será duradoura ou apenas mais uma pausa antes do próximo ato?