Deixou no chinelo: Selic está perto de 15%, mas essa carteira já rendeu mais em três meses
Isso não quer dizer que você deveria vender todos os seus títulos de renda fixa para comprar bolsa neste momento, não se trata de tudo ou nada — é até saudável que você tenha as duas classes na carteira
Ei, você aí, que comemorou a alta de 1 ponto percentual da Selic nesta semana e está torcendo com todas as suas forças para o Banco Central seguir elevando a taxa para cima dos 15% para turbinar os seus rendimentos de renda fixa sem risco…
O primeiro recado que eu tenho para você é que, em alguns meses, a Selic deve parar de subir. O segundo é: você chegou a ver quanto sobe a bolsa até aqui em 2025?
- VEJA MAIS: Saiba como entrar para o clube de investidores do Seu Dinheiro de forma gratuita e fique por dentro de tudo que acontece no mercado financeiro
Mesmo com problemas fiscais, resultados corporativos pressionados no quarto trimestre e inflação persistente, o Ibovespa se aproxima da máxima histórica, deixando qualquer título indexado à Selic “no chinelo”. E tudo isso acontece mesmo com a taxa Selic subindo…
Isso tem me lembrado um pouco o que aconteceu em meados da década passada. Na época, o BC elevou a Selic para cima dos 14% o que, combinado com recessão e problemas fiscais levou, o Ibovespa para baixo dos 40 mil pontos.
Mas repare como a retomada do Ibovespa aconteceu muito antes de a Selic sequer começar a cair. Do “fundo do poço”, em janeiro de 2016, até o primeiro corte da taxa, em outubro daquele mesmo ano, o Ibovespa já tinha subido +70%!
Somente os sinais de melhora da inflação e de mudança de governo já foram suficientes para fazer as ações brasileiras dispararem.
Leia Também
- Leia também: O que não mata, engorda o bolso: por que você deveria comprar ações de “empresas sobreviventes”
Não espere até que seja tarde demais
Essa análise é importante, pois mostra que o mercado antecipa os movimentos. Quando a Selic começar a cair, de fato, provavelmente você já terá perdido uma boa pernada se não tiver algumas ações na carteira. Além disso, lembre-se que podemos estar diante de uma mudança de governo benéfica para as ações brasileiras também.
Isso não quer dizer que você deveria vender todos os seus títulos de renda fixa para comprar bolsa neste momento, não se trata de tudo ou nada. Na verdade, é até saudável que você tenha as duas classes na carteira, uma se beneficiando dos juros ainda elevados, e outra pronta para capturar uma virada no ânimo.
Como curiosidade, a Carteira Empiricus recomenda aproximadamente 35% do portfólio em ações, podendo variar dependendo do seu perfil.
O importante é não cometer o mesmo erro de milhões de brasileiros na década passada, que se acostumaram demais com os rendimentos de 1% sem risco todos os meses, e quando perceberam que a Selic já estava bem abaixo dos 10%, migraram para a bolsa tarde demais, provavelmente perto do topo e amargando prejuízos logo em seguida...
Se você está chegando na bolsa agora e não sabe muito bem por onde começar, minha sugestão é comprar ações de empresas boas, geradoras de caixa e que de preferência distribuam bons dividendos – essa categoria tende a ser mais resiliente.
Na Carteira Mensal de Dividendos trazemos exatamente ativos com esse perfil, e o desempenho tem sido muito bom não apenas em 2025 (18% vs 10% do Ibovespa), mas desde o início também (+34% vs 17% do Ibovespa, desde novembro de 2023).
Se quiser conferir a carteira completa de forma gratuita, deixo aqui o convite.
Um abraço e até a próxima semana!
Ruy
Tony Volpon: Inteligência artificial — Party like it’s 1998
Estamos vivendo uma bolha tecnológica. Muitos investimentos serão mais direcionados, mas isso acontece em qualquer revolução tecnológica.
Manter o carro na pista: a lição do rebalanceamento de carteira, mesmo para os fundos imobiliários
Assim como um carro precisa de alinhamento, sua carteira também precisa de ajustes para seguir firme na estrada dos investimentos
Petrobras (PETR4) pode surpreender com até R$ 10 bilhões em dividendos, Vale divulgou resultados, e o que mais mexe com seu bolso hoje
A petroleira divulgou bons números de produção do 3° trimestre, e há espaço para dividendos bilionários; a Vale também divulgou lucro acima do projetado, e mercado ainda digere encontro de Trump e Xi
Dividendos na casa de R$ 10 bilhões? Mesmo depois de uma ótima prévia, a Petrobras (PETR4) pode surpreender o mercado
A visão positiva não vem apenas da prévia do terceiro trimestre — na verdade, o mercado pode estar subestimando o potencial de produção da companhia nos próximos anos, e olha que eu nem estou considerando a Margem Equatorial
Vale puxa ferro, Trump se reúne com Xi, e bolsa bateu recordes: veja o que esperar do mercado hoje
A mineradora divulga seus resultados hoje depois do fechamento do mercado; analistas também digerem encontro entre os presidentes dos EUA e da China, fala do presidente do Fed sobre juros e recordes na bolsa brasileira
Rodolfo Amstalden: O silêncio entre as notas
Vácuos acumulados funcionaram de maneira exemplar para apaziguar o ambiente doméstico, reforçando o contexto para um ciclo confiável de queda de juros a partir de 2026
A corrida para investir em ouro, o resultado surpreendente do Santander, e o que mais mexe com os mercados hoje
Especialistas avaliam os investimentos em ouro depois do apetite dos bancos centrais por aumentar suas reservas no metal, e resultado do Santander Brasil veio acima das expectativas; veja o que mais vai afetar a bolsa hoje
O que a motosserra de Milei significa para a América Latina, e o que mais mexe com seu bolso hoje
A Argentina surpreendeu nesta semana ao dar vitória ao partido do presidente Milei nas eleições legislativas; resultado pode ser sinal de uma mudança política em rumo na América Latina, mais liberal e pró-mercado
A maré liberal avança: Milei consolida poder e reacende o espírito pró-mercado na América do Sul
Mais do que um evento isolado, o avanço de Milei se insere em um movimento mais amplo de realinhamento político na região
Os balanços dos bancos vêm aí, e mercado quer saber se BB pode cair mais; veja o que mais mexe com a bolsa hoje
Santander e Bradesco divulgam resultados nesta semana, e mercado aguarda números do BB para saber se há um alçapão no fundo do poço
Só um susto: as ações desta small cap foram do céu ao inferno e voltaram em 3 dias, mas este analista vê motivos para otimismo
Entenda o que aconteceu com os papéis da Desktop (DESK3) e por que eles ainda podem subir mais; veja ainda o que mexe com os mercados hoje
Por que o tombo de Desktop (DESK3) foi exagerado — e ainda vejo boas chances de o negócio com a Claro sair do papel
Nesta semana os acionistas tomaram um baita susto: as ações DESK3 desabaram 26% após a divulgação de um estudo da Anatel, sugerindo que a compra da Desktop pela Claro levaria a concentração de mercado para níveis “moderadamente elevados”. Eu discordo dessa interpretação, e mostro o motivo.
Títulos de Ambipar, Braskem e Raízen “foram de Americanas”? Como crises abalam mercado de crédito, e o que mais movimenta a bolsa hoje
Com crises das companhias, investir em títulos de dívidas de empresas ficou mais complexo; veja o que pode acontecer com quem mantém o título até o vencimento
Rodolfo Amstalden: As ações da Ambipar (AMBP3) e as ambivalências de uma participação cruzada
A ambição não funciona bem quando o assunto é ação, e o caso da Ambipar ensina muito sobre o momento de comprar e o de vender um ativo na bolsa
Caça ao Tesouro amaldiçoado? Saiba se Tesouro IPCA+ com taxa de 8% vale a pena e o que mais mexe com seu bolso hoje
Entenda os riscos de investir no título público cuja remuneração está nas máximas históricas e saiba quando rendem R$ 10 mil aplicados nesses papéis e levados ao vencimento
Crônica de uma tragédia anunciada: a recuperação judicial da Ambipar, a briga dos bancos pelo seu dinheiro e o que mexe com o mercado hoje
Empresa de gestão ambiental finalmente entra com pedido de reestruturação. Na reportagem especial de hoje, a estratégia dos bancões para atrair os clientes de alta renda
Entre o populismo e o colapso fiscal: Brasília segue improvisando com o dinheiro que não tem
O governo avança na implementação de programas com apelo eleitoral, reforçando a percepção de que o foco da política econômica começa a se deslocar para o calendário de 2026
Felipe Miranda: Um portfólio para qualquer clima ideológico
Em tempos de guerra, os generais não apenas são os últimos a morrer, mas saem condecorados e com mais estrelas estampadas no peito. A boa notícia é que a correção de outubro nos permite comprar alguns deles a preços bastante convidativos.
A temporada de balanços já começa quente: confira o calendário completo e tudo que mexe com os mercados hoje
Liberamos o cronograma completo dos balanços do terceiro trimestre, que começam a ser divulgados nesta semana
CNH sem autoescola, CDBs do Banco Master e loteria +Milionária: confira as mais lidas do Seu Dinheiro na semana
Matérias sobre o fechamento de capital da Gol e a opinião do ex-BC Arminio Fraga sobre os investimentos isentos de IR também integram a lista das mais lidas