Usiminas (USIM5): os sinais de alerta que fizeram o Itaú BBA revisar a recomendação e o preço-alvo da ação
O banco de investimentos avaliou a pressão sobre os preços e os efeitos nos resultados financeiros; descubra se chegou o momento de comprar ou vender o papel
O ano não será fácil para a Usiminas (USIM5), na visão do Itaú BBA. A pressão sobre os preços do aço, a concorrência com produtos importados e o desempenho operacional fraco estão entre os motivos que levaram os analistas do banco a rebaixarem a recomendação para as ações da siderúrgica.
Em relatório, o BBA destaca que, no Brasil, os preços do aço plano caíram 14% e, ao mesmo tempo, houve um pico no consumo doméstico de aço importado, que chegou a 30% — bem acima da média histórica, que varia entre 10% e 15%. Isso fez com que o aço nacional ficasse 22% mais caro que o importado, o que tende a pressionar volumes e margens.
- Vale lembrar que o Brasil é um dos maiores fornecedores de aço para os EUA, que está taxando em 50% o produto importado, que deixa de entrar no mercado norte-americano e é redirecionado para outras regiões.
O BBA também projeta resultados fracos à frente para a empresa. A expectativa é de um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 500 milhões no segundo trimestre deste ano — uma queda de 30% em relação ao primeiro trimestre de 2025. Já para o ano como um todo, a projeção é de R$ 2 bilhões, 33% abaixo da estimativa anterior.
Diante desse cenário, o banco rebaixou a recomendação das ações da Usiminas de compra para neutra, com redução do preço-alvo de R$ 8,50 para R$ 5,90 — um potencial de valorização de 20% frente à cotação atual de R$ 4,93.
“O valuation parece razoável, mas vemos pouco espaço para revisão positiva nas estimativas de lucro ou para surpresas operacionais”, afirmam os analistas no relatório.
Margens apertadas e alavancagem crescente
As perspectivas financeiras da Usiminas seguem pressionadas. A geração de caixa tende a ser praticamente nula em 2025, com projeções negativas até pelo menos 2029, segundo o Itaú BBA.
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A alavancagem, que hoje está relativamente controlada, deve crescer gradualmente nos próximos anos — saindo de uma dívida líquida de R$ 542 milhões neste ano para cerca de R$ 2,4 bilhões ao fim de 2029.
Mesmo com o valor da firma sobre o Ebitda (EV/Ebitda) considerado razoável — estimado em quatro vezes para 2025 —, os analistas enxergam pouco espaço para surpresas positivas no curto prazo, dada a fragilidade das margens e o ambiente competitivo mais difícil.
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Possível alívio nos custos
Apesar do quadro desafiador, o BBA destaca um possível ponto de alívio: a recente queda nos preços internacionais do carvão metalúrgico e das placas de aço, que pode ajudar a reduzir os custos da Usiminas nos próximos trimestres.
O carvão recuou para uma faixa entre US$ 175 e US$ 190 por tonelada — abaixo da média histórica —, enquanto as placas de aço caíram para US$ 485 por tonelada, cerca de 30% abaixo da média dos últimos anos.
Esses efeitos, no entanto, têm um impacto defasado de três a seis meses e só devem aparecer nos resultados a partir do segundo semestre. Para o Itaú BBA, esse é o principal argumento usado pelos investidores mais otimistas com a ação.
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