Trump pode ter dado o empurrão que faltava para Gerdau (GGBR4) saltar na B3 — e mercado ainda não percebeu o potencial, diz BTG
Para os analistas, a ação da siderúrgica está barata e pode encontrar justamente nesse movimento de Trump e no balanço do 2T25 o “gatilho necessário” para valorizar na B3

Trump pegou todo mundo de surpresa — inclusive seus aliados — ao dobrar as tarifas sobre aço e alumínio importados para 50% na semana passada. Mas, como sempre, em meio ao caos, surgem oportunidades — e uma ação brasileira deve ser uma das grandes ganhadoras com mais essa taxação dos EUA.
Na visão do BTG Pactual, uma das maiores beneficiadas com essa guinada protecionista americana em toda a América Latina será a Gerdau (GGBR4).
Não à toa, as ações abriram em forte alta no pregão desta segunda-feira (2). Logo na abertura da sessão, os papéis GGBR4 saltavam mais de 6% na bolsa brasileira, liderando a ponta positiva do Ibovespa pela manhã.
- VEJA MAIS: Duas ações para “apimentar” a carteira que podem “surfar” o fim das altas da Selic
A “ajudinha” de Trump para a Gerdau
Para os analistas, a ação está barata e pode encontrar justamente nesse movimento de Trump o “gatilho necessário” para uma reprecificação na B3.
O banco tem recomendação de compra para GGBR4, com preço-alvo de R$ 20,00 para os próximos 12 meses. A cifra implica uma valorização potencial superior a 30% em relação ao último fechamento.
Na avaliação do BTG, a Gerdau pode estar sendo negligenciada pelos investidores, que continuam tratando a companhia como uma empresa de perfil doméstico, mesmo com uma exposição crescente — e relevante — ao mercado dos EUA.
Leia Também
“A América do Norte já representa uma parte significativa do Ebitda da Gerdau, mas a ação ainda negocia como se fosse apenas uma empresa brasileira”, pontuaram os analistas.
Hoje, cerca de 60% do Ebitda da Gerdau vem da operação norte-americana, que tende a ganhar força em meio ao novo cenário tarifário.
Segundo o BTG, essa unidade deve expandir a rentabilidade e, de quebra, ajudar a compensar a fraqueza da operação no Brasil, que enfrenta desafios macroeconômicos.
O efeito das tarifas de Trump nos preços do aço
A tarifa de 25% já era considerada um divisor de águas para a indústria siderúrgica americana.
Agora, ao elevar esse percentual para 50%, o impacto pode ser ainda maior, criando ventos ainda mais favoráveis e distorções globais mais profundas, segundo o BTG.
A projeção do banco é que as novas tarifas anunciadas por Trump devem ampliar ainda mais a distorção em relação à China. Isso levaria os preços do aço nos EUA “para um patamar completamente distinto”.
Nesse cenário, os analistas enxergam um ciclo positivo para a Gerdau (GGBR4).
“A companhia tem uma alavancagem operacional significativa frente à valorização do aço. Acreditamos também que um ambiente de preços mais favorável nos EUA pode ajudar a restaurar a confiança dos investidores em uma recuperação das margens para a faixa de 20%.”
Quanto isso pode valer para a Gerdau?
A dúvida que naturalmente surge é: quanto a Gerdau realmente pode se beneficiar da disparada dos preços do aço nos EUA? O BTG fez as contas — e o impacto pode ser expressivo.
Se os preços do aço subirem 5% de forma sustentada — um cenário conservador, segundo os analistas —, o Ebitda da Gerdau subiria 12% em relação ao cenário-base do banco.
Já o rendimento com fluxo de caixa livre (FCF yield) projetado para 2026 saltaria de 10% para 13%, nas contas do BTG.
É por isso que os analistas pontuam que, assim que o mercado passar a valorizar melhor a exposição da Gerdau, o potencial de alta é relevante para as ações GGBR4.
Hoje, a Gerdau negocia com grande desconto em relação aos pares americanos. “Mesmo aplicando um desconto conservador de cerca de 30% ao negócio nos EUA (usando múltiplo de 5 vezes o Ebitda) e atribuindo um múltiplo de 4 vezes às demais operações, o potencial de reavaliação é de cerca de 30%.”
- E MAIS: Onde investir para buscar ‘combo’ de dividendos + valorização? Estes 11 ativos (ações, FIIs e FI-Infras) podem gerar renda passiva atrativa
Um catalisador para tirar a ação GGBR4 do marasmo
Apesar da resiliência na demanda e da disciplina de custos, o cenário macro no Brasil continua desafiador.
Ainda assim, com os EUA ganhando relevância nos resultados e um possível gatilho vindo com os números do segundo trimestre, a ação pode estar diante de um ponto de inflexão.
Hoje, a ação GGBR4 negocia abaixo de 4 vezes o Ebitda estimado para 2025, com um FCF yield de 5% a 6%. Esses números, na visão do BTG, não refletem o verdadeiro potencial da companhia.
Se os preços do aço continuarem firmes e o mercado acordar para a exposição norte-americana da Gerdau, o potencial de alta dos papéis pode ser substancial.
Ações da São Martinho (SMTO3) ficam entre as maiores quedas do Ibovespa após resultado fraco e guidance. É hora de pular fora?
Do lado do balanço, o lucro líquido da companhia encolheu 83,3% no quarto trimestre da safra 2024/2025 (4T25); veja o que dizem os analistas
Porto Seguro (PSSA3) e Grupo Mateus (GMAT3) vão distribuir mais de R$ 450 milhões em JCP; confira os detalhes
A seguradora ainda não tem data para o pagamento, já o Grupo Mateus deposita os proventos ainda neste ano, mas vai demorar
Retaliação: Irã lança mísseis contra bases dos EUA, e petróleo desaba no exterior; Petrobras (PETR4) cai na B3
Após a entrada dos EUA no conflito, o Irã lançou mísseis contra a base aérea norte-americana no Catar, segundo agências de notícias
Comprado em Brasil: UBS eleva recomendação para ações e vê país como segundo mercado mais atraente entre os emergentes; veja o porquê
Banco suíço considera as ações do Brasil “baratas” e vê gatilhos para recuperação dos múltiplos de avaliação à frente
Por que o mercado não se apavorou com o envolvimento dos EUA no conflito entre Irã e Israel? Veja como está a repercussão
Mesmo com envolvimento norte-americano no conflito e ameaça de fechamento do estreito de Ormuz, os mercados estão calmos. O que explica?
Petróleo a US$ 130 e Petrobras (PETR4) nas alturas? Como a guerra entre Israel e Irã após o ataque histórico dos EUA mexe com seu bolso
Casas de análise e especialistas dão pistas do que pode acontecer com os mercados a partir desta segunda-feira (23), quando as negociações são retomadas; confira os detalhes
O que pensa uma das mentes mais importantes de Wall Street sobre a escalada do conflito entre Israel e Irã
Mohamed El-Erian, um dos economistas mais renomados do mundo, arrisca algumas previsões sobre a reação das bolsas daqui para frente
Dólar cai na semana e fecha a R$ 5,52; gatilhos de alta e queda se confrontam no curto prazo
Alta dos juros pelo Copom ensaiou favorecer o real na semana, mas confronto geopolítico mundial limitou os ganhos e ajudou o dólar
Ibovespa fecha semana no zero a zero, com correção após Copom; Embraer (EMBR3) e Cosan (CSAN3) são destaques
Em semana marcada por Super Quarta e conflito internacional, o Ibovespa andou de lado, mas com repercussões significativas; entenda
Bolsas derretem: o que fez o Ibovespa cair 1,15% e dólar subir a R$ 5,5249
Na B3, ações mais sensíveis ao ciclo econômico operaram no vermelho. No topo da lista de piores desempenhos, estiveram Cosan, Vamos, Petz, Hapvida e Magazine Luiza.
Investidor não gostou do que Powell disse: bolsas devolvem ganhos em Nova York e Ibovespa acompanha; dólar sobe a R$ 5,5009
O Fed manteve a taxa de juros na faixa entre 4,25% e 4,50% ao ano, como era esperado, mas a declaração do chefe do banco central norte-americano jogou um balde de água fria nos mercados
Por que você deveria comprar as ações da RD Saúde (RADL3) mesmo após a grande decepção no 1T25, segundo o Bradesco BBI
Para analistas, é justamente o desempenho fraco que oferece uma oportunidade para quem deseja se tornar sócio da rede de farmácias a preços atrativos
“Ozempic à brasileira” pode ajudar a engordar ainda mais as ações desta farmacêutica — e você deveria comprar os papéis agora, diz o Itaú BBA
Na visão dos analistas, a chegada da “caneta do emagrecimento” nas farmácias brasileiras pode ajudar esta ação a ganhar novos impulsos em 2025
Follow-on do Méliuz (CASH3) movimenta R$ 180 milhões com adesão de 239 investidores; veja os detalhes da emissão
A oferta de ações primárias faz parte da estratégia da plataforma de cashback para intensificar seus investimentos em bitcoin (BTC)
Não compre BBAS3 agora: ação do Banco do Brasil está barata, mas o JP Morgan avisa que é melhor não se deixar levar pelo desconto
Os analistas optaram por manter uma recomendação neutra e revisar para baixo as expectativas sobre as ações BBAS3. Entenda os motivos por trás dessa visão cautelosa
Possibilidade de Trump entrar no conflito entre Irã e Israel faz petróleo disparar mais de 4% e bolsas do mundo todo fecham no vermelho
O petróleo avança nesta tarde com a notícia de que os EUA poderiam se meter no conflito; postagens de Trump adicionam temor
As ações da Gol (GOLL54) estão voando alto demais na B3? Entenda o que está por trás da disparada e o que fazer com os papéis
A companhia aérea acaba de sair da recuperação judicial e emitiu trilhões de ações para lidar com o endividamento
Usiminas (USIM5): os sinais de alerta que fizeram o Itaú BBA revisar a recomendação e o preço-alvo da ação
O banco de investimentos avaliou a pressão sobre os preços e os efeitos nos resultados financeiros; descubra se chegou o momento de comprar ou vender o papel
Detentores de BDRs do Carrefour têm até 30 de junho para pedir restituição de imposto de renda pago na França; confira as regras
O pedido é aplicável aos detentores dos papéis elegíveis aos dividendos declarados em 2 de junho
Gol (GOLL54) perde altitude e ações desabam 70% após estreia turbulenta com novo ticker
A volatilidade ocorre após saída da aérea do Chapter 11 e da aprovação do plano de capitalização com a emissão de novas ações