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Karin Salomão

Karin Salomão

Jornalista formada pela Universidade de São Paulo (USP), com experiência em economia e negócios. Foi repórter na Exame e editora assistente no UOL Economia. Completou o Curso B3 de Mercado de Capitais para Jornalistas e Formadores de Opinião, em parceria com o Insper. Hoje, é editora assistente de empresas no Seu Dinheiro.

SÓ NA RENDA FIXA

Seca dos IPOs na bolsa vai continuar mesmo com Regime Fácil da B3; veja riscos e vantagens do novo regulamento

Com Regime Fácil, companhias de menor porte poderão acessar a bolsa, por meio de IPOs ou emissão dívida

Karin Salomão
Karin Salomão
13 de novembro de 2025
6:03 - atualizado às 10:37
B3, bolsa de valores, ações, mercados.
B3, a operadora da bolsa brasileira. - Imagem: iStock

Sem ver nenhuma oferta pública inicial (IPO) desde 2021, a bolsa de valores vive inclusive um movimento de debandada, com empresas realizando ofertas públicas de aquisição (OPAs) para fechamento de capital e saída da B3.

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Nesse contexto, a B3 lançou o Regime Fácil, criado em conjunto com a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e que passará a valer em janeiro de 2026. Esse regime facilita algumas regras e permite que empresas de até R$ 500 milhões de faturamento anual tenham acesso ao mercado de capitais.

As empresas, classificadas como Companhias de Menor Porte, poderão fazer IPOs e ter suas ações negociadas na bolsa de valores, ou ainda emitir dívida.

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No entanto, mesmo com esses benefícios, os próximos IPOs ainda não estão no horizonte. "Acreditamos que os primeiros movimentos, a partir de janeiro, serão em dívida corporativa, como debêntures e notas comerciais", afirma Flavia Mouta, diretora de emissores e relacionamento da B3.

Para ela, a bolsa de valores é maior que os IPOs; se de um lado há um hiato de ofertas públicas iniciais, por outro o mercado de dívidas corporativas está crescendo. De abertura de capital a emissões de dívidas, "a companhia fica com um leque de benefícios mais amplo para usar", diz.

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O Regime Fácil facilitará a emissão de debêntures, com ou sem garantia, voltadas para investidores qualificados ou profissionais, e também a captação de recursos de curto prazo com flexibilidade e agilidade por meio de notas comerciais.

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Busca de interessados em fazer IPOs e emitir debêntures

O regime foi instituído pela resolução 232 da CVM, publicada em julho de 2025 e que entra em vigor em janeiro de 2026. Quem irá operacionalizar esse regime será a própria B3.

Ainda que o lançamento chegue em um momento de seca de IPOs, a ideia surgiu um bom tempo atrás.  Essa possibilidade só passou a existir com uma de lei de 2021, que alterou as regras para Companhias de Menor Porte, com até R$ 500 milhões de faturamento.

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Agora, a bolsa de valores está viajando o Brasil em busca de interessados. Segundo a diretora, o objetivo é ir além do eixo Rio-São Paulo, e a equipe já conversou com players em Recife, Santa Catarina, Curitiba e outros.

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Para chegar até as companhias interessadas no mercado de capitais, representantes da bolsa conversaram com bancos, corretoras, consultorias, auditorias e outras entidades do mercado.

Quais são as vantagens do Regime Fácil

Para o investidor, a medida aumenta as possibilidades. "Também vamos permitir que o investidor de varejo invista nesses títulos e acesse esses produtos", diz Mouta.

"Na B3, essa companhia não estará em uma caixinha diferente. Se o investidor acessa a bolsa via homebroker, ela estará listada ao lado de todas as outras empresas da B3", diz Raphael Giovanini, gerente de governança corporativa de emissores da B3.

Além do investidor profissional e da pessoa física, essas companhias podem ter acesso a fundos que, por regras internas, aplicam apenas em companhias de capital aberto.

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Risco é maior para o investidor, que exige retorno maior

O risco de investir nessas empresas é maior. "Empresas menores têm uma estrutura mais simples de gestão e governança. É possível que ela não tenha os controles necessários pra evitar grandes sustos e prejuízos", diz Danilo Gregório, gerente de conhecimento e relações institucionais do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC).

Ele acredita que, com menos informações disponíveis e regras mais flexíveis para essas companhias, os investidores irão exigir um prêmio maior para o investimento, com juros maiores que os praticados por empresas maiores.

Para a companhia, então, o caminho de financiar sua operação por meio da bolsa pode sair caro.

Em resposta a isso, Mouta diz que, quanto mais opções as empresas tiverem para escolher, melhor elas poderão avaliar qual o melhor custo-benefício. A B3 afirmou que fará um trabalho educativo para informar ao mercado que essas companhias ainda estão em fase mais inicial. 

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O que muda nas regras do Regime Fácil

Para fazer um IPO, a empresa de menor porte não precisará ter três balanços auditados, mas apenas um. Além disso, suas divulgações de resultados podem ser semestrais, e não trimestrais, como acontece hoje com as grandes empresas. 

As ofertas públicas de ações podem ser feitas sem um coordenador, ou seja, a figura de uma instituição financeira que trabalha com outras instituições para ter uma maior capacidade de distribuição da oferta. O formulário exigido também é mais curto.

Para a emissão de dívidas corporativas, os demonstrativos financeiros não precisam ser auditados.

A ideia é diminuir os custos e, assim, facilitar o acesso ao mercado de capitais. "É um custo proporcional ao porte da companhia", afirma Mouta. A B3, porém, ainda não tem uma estimativa de quais serão os custos.

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Embora as regras tenham sido flexibilizadas, o básico da governança se mantém. "É uma companhia aberta e precisa cumprir a lei das SAs, ter conselho de administração, divulgar demonstrações financeiras", declara Flávia.

Outra mudança é que as companhias não precisam disponibilizar estrutura eletrônica para voto à distância nas assembleias. Segundo Gregório, esse é um esquema que pode representar um custo relevante para as empresas. 

Por outro lado, o risco é de não conseguir mobilizar investidores minoritários para as reuniões e votações. “Parece que é um risco que já foi calculado”, afirma Gregório.

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