🔴 ONDE INVESTIR EM OUTUBRO? MELHORES AÇÕES, FIIS E DIVIDENDOS – CONFIRA AQUI

Bia Azevedo

Bia Azevedo

Jornalista pela Universidade de São Paulo (USP), já trabalhou como coordenadora e editora de conteúdo das redes sociais do Seu Dinheiro e Money Times. Além disso, é pós-graduada em Comunicação digital e Business intelligence pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).

VIROU PASSEIO

Ibovespa está batendo recordes por causa de ‘migalhas’? O que está por trás do desempenho do índice e o que esperar agora

O otimismo com emergentes e a desaceleração nos EUA puxam o Ibovespa para cima — mas até quando essa maré vai durar?

Bia Azevedo
Bia Azevedo
21 de maio de 2025
6:30 - atualizado às 10:04
Touro da B3 andando de conversível na Faria Lima cheio de marra ibovespa
Imagem: Touro da B3. Imagem gerada por inteligência artificial

Quem te viu, quem te vê, Ibovespa… O índice atingiu alta superior a 16,4% no ano e quatro recordes históricos em poucos dias — enquanto as poderosas bolsas de Nova York ficaram comendo poeira no quesito valorização, diga-se de passagem.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Parece até que o sonho emergente ganhou corpo. Mas o que todo mundo quer saber é: trata-se de um delírio passageiro, ou a bonança deve durar? 

Para responder isso, o Seu Dinheiro conversou com André Leite, CIO da TAG Investimentos, Bruno Henriques, analista sênior de ações do BTG Pactual, Roberto Chagas, head de renda variável do Santander Asset Management, e Matheus Amaral, especialista em renda variável no Inter

E a moral da história, segundo (quase) todos eles, é que o horizonte segue positivo. Ou seja, 140 mil pontos podem ser só o começo. 

Estão deixando a gente sonhar: o que está por trás dos recordes do Ibovespa? 

Até o novo recorde da última terça-feira (20), o principal índice da bolsa brasileira acumula uma alta de 3,73% em maio, aos 140.109,63 pontos. Se considerarmos os últimos 30 dias, a valorização supera os 8%. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Mas pouco disso é mérito do Brasil, de acordo com Roberto Chagas, do Santander Asset Management, gestora com mais de R$ 374 bilhões sob gestão. 

Leia Também

Para ele, o principal motivo por trás disso é o fluxo de recursos saindo dos Estados Unidos em direção a outros mercados, como os de países emergentes. 

Ele explica que, depois do Dia da Libertação, como ficou conhecida a data na qual Donald Trump iniciou de vez a guerra comercial, o risco de uma forte desaceleração da economia norte-americana fez os investidores perceberem uma exposição excessiva nas bolsas de Nova York — especialmente em ativos de tecnologia. 

Desde então, esse temor sobre o futuro da maior economia do mundo arrefeceu — principalmente diante da trégua com a China — mas ainda é esperada uma desaceleração, mesmo que ainda estejamos bem longe do tão comentado “fim do excepcionalismo norte-americano”. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“As posições na bolsa nos EUA estavam muito acima da média. A cada US$ 100, aproximadamente US$ 70 estavam lá. Eu costumo fazer uma analogia com uma banheira: imagine as bolsas norte-americanas como um ralo enorme, que sugava água de tudo quanto é lado. Agora, esse ralo está menos potente”, afirma Chagas.

André Leite, CIO da TAG Investimentos, concorda. Mas ele deixa claro que o capital aportado na bolsa brasileira pelos estrangeiros é “uma migalha” perto da enormidade de capital que ainda está nas terras do Tio Sam. 

“Os investidores estão reduzindo um pouco suas posições por lá. Como o valor total de mercado das bolsas globais está em torno de US$ 125 trilhões, cada 1% retirado dos EUA gera algo próximo dos US$ 1 trilhão sendo distribuídos pelo mundo. O Brasil recebeu uma lasquinha disso”, diz Leite. 

Vale lembrar que, até 15 de maio, a B3 registrou 18 dias seguidos de fluxo estrangeiro positivo. Desde 17 de abril, mais de R$ 20,8 bilhões entraram no mercado. No acumulado do ano, considerando entradas e saídas, o fluxo estrangeiro para o Ibovespa totaliza R$ 15 bilhões — o melhor resultado para o período desde 2023.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Além disso, a bolsa também tem ganhado impulso com a expectativa do fim do ciclo de aperto monetário. As recentes sinalizações do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, indicando a possibilidade de manutenção das taxas de juros, vêm reforçando esse otimismo entre os investidores.

Mas André Leite afirma: “O fundamento do Brasil não melhorou, piorou. O fiscal do Brasil, com Lula desesperado para se reeleger, só está piorando. A gente teve uma temporada de balanços até boa, com alguns resultados surpreendentes, mas os juros seguem altos e prejudicando essas companhias”. 

Até onde o Ibovespa pode chegar?

Para Matheus Amaral, do Inter, os 140 mil pontos recentemente alcançados podem ser apenas o começo diante de uma perspectiva otimista para o futuro.

“Apesar da alta recente, o valuation da bolsa não subiu de forma significativa. O índice segue negociando em torno de 4,5 vezes o lucro, valor abaixo da nossa média histórica, que é próxima a 8 vezes”, afirma Amaral. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em outras palavras, a bolsa ainda está barata mesmo após o rali dos últimos dias, o que torna plausível a possibilidade de o Ibovespa atingir os 150 mil pontos em breve.

Bruno Henriques, do BTG Pactual, compartilha essa visão positiva para o principal índice da B3, ressaltando a qualidade das empresas que o compõem e os preços atrativos atuais. Ele ainda destaca que o investidor brasileiro está sublocado em renda variável, indicando espaço para uma maior entrada de recursos no mercado acionário nacional.

Nesse sentido, porém, André Leite, da TAG, é uma voz dissonante, apesar de acreditar que o índice pode, sim, chegar aos 150 mil pontos. Na visão dele, essa valorização é um voo de galinha. 

Ele lembra que, embora o Ibovespa tenha apresentado altas recentes, seu desempenho histórico em períodos longos mostra retornos frequentemente abaixo do CDI, com uma volatilidade muito elevada. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Leite compara o Ibovespa a um “ativo do futuro que nunca chega”, reforçando que, enquanto o Brasil não endireitar seu macro, o potencial do mercado acionário fica limitado, mesmo com ações baratas e prêmio de risco interessante embutido.

O que pode “acabar com a farra” do Ibovespa? 

Segundo os especialistas consultados para esta reportagem, existem dois grandes riscos que podem jogar água no chope do Ibovespa. O primeiro deles é a  manutenção dos juros elevados por mais tempo do que o previsto pelo mercado. 

“Ficar otimista em relação ao corte de juros no Brasil, esse para mim é um grande questionamento. Aqui no Santander nós estamos trabalhando com uma perspectiva de que os juros vão ficar altos por mais tempo do que o mercado espera. Esperamos que fique em 14,75% até o fim do ano”, afirma Chagas. 

Já o segundo é a possibilidade de uma recessão voltar à pauta do mercado no caso, por exemplo, do acordo entre China e Estados Unidos não se sustentar após o prazo de 90 dias estabelecido entre as potências. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Outro ponto que tem certa relevância, apesar de não ser o foco do momento, é justamente o fiscal do Brasil, que acabou ficando de lado desde que Donald Trump retornou à Casa Branca. Com a proximidade das eleições, qualquer “licença para gastar” do governo Lula poderia prejudicar bastante o país. 

Quais setores podem se beneficiar daqui para a frente?

Uma unanimidade entre os especialistas com quem conversamos é o setor de utilities, que tende a ser resiliente e funciona como uma proteção ao investidor. 

Nesse sentido, André Leite cita a ação da Sabesp (SBSP3). “A projeção é de que a empresa dobre de tamanho até 2030, sob uma nova gestão que vem promovendo ganhos significativos em eficiência operacional. Por isso, gostamos do setor como um todo, e dentro dele, temos preferência por essa empresa em particular”. 

Ele também cita a Cemig (CMIG4) graças ao potencial de privatização. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Matheus Amaral também cita o setor de construção civil focado em baixa renda — com exposição ao Minha Casa Minha Vida —, cujas ações têm tido um desempenho forte na bolsa, que tende a continuar. 

Henriques também aponta para o setor de consumo e varejo. “Em um cenário mais construtivo deveria atrair mais recursos. Esse setor pode ser considerado subavaliado hoje, apresentando uma valorização abaixo do esperado”, diz.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
REAÇÃO AO RESULTADO

Santander Brasil (SANB11) bate expectativa de lucro e rentabilidade, mas analistas ainda tecem críticas ao balanço do 3T25. O que desagradou o mercado?

29 de outubro de 2025 - 10:38

Resultado surpreendeu, mas mercado ainda vê preocupações no horizonte. É hora de comprar as ações SANB11?

NA GANGORRA

Ouro tomba depois de máxima, mas ainda não é hora de vender tudo: preço pode voltar a subir

29 de outubro de 2025 - 6:05

Bancos centrais globais devem continuar comprando ouro para se descolar do dólar, diz estudo; analistas comentam as melhores formas de investir no metal

FECHAMENTO DOS MERCADOS

IA nas bolsas: S&P 500 cruza a marca de 6.900 pontos pela 1ª vez e leva o Ibovespa ao recorde; dólar cai a R$ 5,3597

28 de outubro de 2025 - 17:25

Os ganhos em Nova York foram liderados pela Nvidia, que subiu 4,98% e atingiu uma nova máxima. Por aqui, MBRF e Vale ajudaram o Ibovespa a sustentar a alta.

GIGANTE LOGÍSTICO

‘Pacman dos FIIs’ ataca novamente: GGRC11 abocanha novo imóvel e encerra a maior emissão de cotas da história do fundo

28 de outubro de 2025 - 11:23

Com a aquisição, o fundo imobiliário ultrapassa R$ 2 bilhões em patrimônio líquido e consolida-se entre os maiores fundos logísticos do país, com mais de 200 mil cotistas

OS QUERIDINHOS DOS GRINGOS

Itaú (ITUB4), BTG (BPAC11) e Nubank (ROXO34) são os bancos brasileiros favoritos dos investidores europeus, que veem vida ‘para além da eleição’

27 de outubro de 2025 - 18:43

Risco eleitoral não pesa tanto para os gringos quanto para os investidores locais; estrangeiros mantêm ‘otimismo cauteloso’ em relação a ativos da América Latina

AINDA HÁ ESPAÇO NA FESTA?

Gestor rebate alerta de bolha em IA: “valuation inflado é termo para quem quer ganhar discussão, não dinheiro”

27 de outubro de 2025 - 15:52

Durante o Summit 2025 da Bloomberg Linea, Sylvio Castro, head de Global Solutions no Itaú, contou por que ele não acredita que haja uma bolha se formando no mercado de Inteligência Artificial

BALANÇO SEMANAL

Vamos (VAMO3) lidera os ganhos do Ibovespa, enquanto Fleury (FLRY3) fica na lanterna; veja as maiores altas e quedas da semana

25 de outubro de 2025 - 16:11

Com a ajuda dos dados de inflação, o principal índice da B3 encerrou a segunda semana seguida no azul, acumulando alta de 1,93%

DE OLHO NO GRINGO

Ibovespa na China: Itaú Asset e gestora chinesa obtêm aprovação para negociar o ETF BOVV11 na bolsa de Xangai

24 de outubro de 2025 - 19:15

Parceria faz parte do programa ETF Connect, que prevê cooperação entre a B3 e as bolsas chinesas, com apoio do Ministério da Fazenda e da CVM

DEMOGRAFIA VIRANDO DINHEIRO

Envelhecimento da população da América Latina gera oportunidades na bolsa — Santander aponta empresas vencedoras e quem perde nessa

24 de outubro de 2025 - 18:56

Nova demografia tem potencial de impulsionar empresas de saúde, varejo e imóveis, mas pressiona contas públicas e produtividade

ESQUECERAM DE MIM?

Ainda vale a pena investir nos FoFs? BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos no IFIX e responde

24 de outubro de 2025 - 15:02

Em meio ao esquecimento do segmento, o analista do BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos que possuem uma perspectiva positiva

MERCADOS HOJE

Bolsas renovam recordes em Nova York, Ibovespa vai aos 147 mil pontos e dólar perde força — o motivo é a inflação aqui e lá fora. Mas e os juros?

24 de outubro de 2025 - 12:39

O IPCA-15 de outubro no Brasil e o CPI de setembro nos EUA deram confiança aos investidores de que a taxa de juros deve cair — mais rápido lá fora do que aqui

VEJA DETALHES

Com novo inquilino no pedaço, fundo imobiliário RBVA11 promete mais renda e menos vacância aos cotistas

23 de outubro de 2025 - 13:40

O fundo imobiliário RBVA11, da Rio Bravo, fechou contrato de locação com a Fan Foods para um restaurante temático na Avenida Paulista, em São Paulo, reduzindo a vacância e ampliando a diversificação do portfólio

FII EXPERIENCE 2025

Fiagro multiestratégia e FoFs de infraestrutura: as inovações no horizonte dos dois setores segundo a Suno Asset e a Sparta

23 de outubro de 2025 - 11:00

Gestores ainda fazem um alerta para um erro comum dos investidores de fundos imobiliários que queiram alocar recursos em Fiagros e FI-Infras

FII EXPERIENCE 2025

FIIs atrelados ao CDI: de patinho feio à estrela da noite — mas fundos de papel ainda não decolam, segundo gestor da Fator

23 de outubro de 2025 - 7:02

Em geral, o ciclo de alta dos juros tende a impulsionar os fundos imobiliários de papel. Mas o voo não aconteceu, e isso tem tudo a ver com os últimos eventos de crédito do mercado

HORA DE VENDER

JP Morgan rebaixa Fleury (FLRY3) de compra para venda por desinteresse da Rede D’Or, e ações têm maior queda do Ibovespa

22 de outubro de 2025 - 17:31

Corte de recomendação leva os papéis da rede de laboratórios a amargar uma das maiores quedas do Ibovespa nesta quarta (22)

FII EXPERIENCE 2025

“Não é voo de galinha”: FIIs de shoppings brilham, e ainda há espaço para mais ganhos, segundo gestor da Vinci Partners

22 de outubro de 2025 - 16:55

Rafael Teixeira, gestor da Vinci Partners, avalia que o crescimento do setor é sólido, mas os spreads estão maiores do que deveriam

CHEGOU AO TOPO?

Ouro cai mais de 5% com correção de preço e tem maior tombo em 12 anos — Citi zera posição no metal precioso

21 de outubro de 2025 - 18:30

É a pior queda diária desde 2013, em um movimento influenciado pelo dólar mais forte e perspectiva de inflação menor nos EUA

VAMOS...PULAR!

Por que o mercado ficou tão feliz com a prévia da Vamos (VAMO3) — ação chegou a subir 10%

21 de outubro de 2025 - 15:04

Após divulgar resultados operacionais fortes e reforçar o guidance para 2025, os papéis disparam na B3 com investidores embalados pelo ritmo de crescimento da locadora de caminhões e máquinas

MUDANÇAS NO ALTO ESCALÃO

Brava Energia (BRAV3) enxuga diretoria em meio a reestruturação interna e ações têm a maior queda do Ibovespa

21 de outubro de 2025 - 12:10

Companhia simplifica estrutura, une áreas estratégicas e passa por mudanças no alto escalão enquanto lida com interdição da ANP

BOLSA DOURADA

Inspirada pela corrida pelo ouro, B3 lança Índice Futuro de Ouro (IFGOLD B3), 12° novo indicador do ano

21 de outubro de 2025 - 9:03

Novo indicador reflete a crescente demanda pelo ouro, com cálculos diários baseados no valor de fechamento do contrato futuro negociado na B3

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar