Porto (in)seguro? Ouro fecha a semana com pior desempenho em seis meses; entenda o que está por trás da desvalorização
O contrato do ouro para junho recuou 1,22%, encerrando cotado a US$ 3.187,2 por onça-troy, uma queda de 3,70% na semana

A semana não foi fácil para o metal mais cobiçado do mundo. O ouro fechou a sessão desta sexta-feira (16) em queda, pressionado pelo alívio nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China e pela valorização do dólar.
O metal dourado, considerado o porto seguro dos investimentos, acumulou perdas superiores a 3% nesta semana — o pior desempenho semanal nos últimos seis meses, segundo analistas.
Na Comex, divisão de metais da bolsa de Nova York, o contrato do ouro para entrega em junho recuou 1,22%, encerrando o dia cotado a US$ 3.187,2 por onça-troy, acumulando uma queda de 3,70% na semana.
- VEJA MAIS: Bitcoin (BTC) chega ao final da semana acima de US$ 103 mil e JP Morgan vê espaço para mais
O motivo para a queda? Simples: a segurança que o ouro passa para investidores diminuiu com a trégua comercial entre EUA e China, segundo Tejas Shigrekar, analista da Angel One.
"O acordo entre os países prevê uma suspensão temporária das tarifas sobre bens por 90 dias, o que amenizou temores sobre os impactos econômicos de longo prazo."
Ouro x dólar: uma disputa afetada pela inflação dos EUA
Além disso, o fortalecimento do dólar, encerrou a quarta semana seguida em alta (+0,26%), tornou o ouro menos atrativo para investidores que operam com outras moedas, segundo Jateen Trivedi, da LKP Securities.
Leia Também
Apesar da pressão, o cenário ainda reserva algum suporte ao ouro: a inflação nos EUA dá sinais de desaceleração e os dados econômicos mais fracos reforçam as apostas de cortes nas taxas de juros ainda este ano.
- VEJA MAIS: Com Selic a 14,75% ao ano, ‘é provável que tenhamos alcançado o fim do ciclo de alta dos juros’, defende analista – a era das vacas gordas na renda fixa vai acabar?
A consultoria BMI mantém uma visão otimista a médio e longo prazo e projeta o ouro entre US$ 3.000 e US$ 3.400 por onça-troy nos próximos trimestres, sustentado por incertezas políticas nos EUA, tensões geopolíticas e preocupações inflacionárias persistentes.
Por que o ouro é o porto seguro preferido dos investidores?
Os preços do ouro dispararam em abril com a turbulência comercial, que levou investidores a buscarem portos seguros, enquanto ativos concorrentes, como os títulos do Tesouro americano e o dólar, despencaram.
Os preços do ouro atingiram novas máximas, sendo a maior em 22 de abril, quando o metal atingiu US$ 3,5 mil.
Por outro lado, os títulos do Tesouro americano sofreram uma forte queda durante o mês de abril, assim como o dólar americano, que chegou a desvalorizar 8% até abril, segundo dados da LSEG.
- E MAIS: Faltam menos de 15 dias para o fim do prazo da declaração; confira o passo a passo para acertar as contas com o Leão
Com isso, o ouro ganha a qualidade de proteção contra a inflação, tornando-o "especial", disse Michael Ryan, professor da Faculdade de Contabilidade, Finanças e Economia da Universidade de Waikato.
"O ouro, no entanto, é historicamente percebido como uma proteção contra a inflação, o que pode explicar a preferência por ele — portanto, talvez sejam as propriedades percebidas de proteção contra a inflação do ouro que o tornam especial", acrescentou.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Raízen (RAIZ4) e Braskem (BRKM5) derretem mais de 10% cada: o que movimentou o Ibovespa na semana
A Bolsa brasileira teve uma ligeira alta de 0,3% em meio a novos sinais de desaceleração econômica doméstica; o corte de juros está próximo?
Ficou barata demais?: Azul (AZUL4) leva puxão de orelha da B3 por ação abaixo de R$ 1; entenda
Em comunicado, a companhia aérea informou que tem até 4 de fevereiro de 2026 para resolver o problema
Nubank dispara 9% em NY após entregar rentabilidade maior que a do Itaú no 2T25 — mas recomendação é neutra, por quê?
Analistas veem limitações na capacidade de valorização dos papéis diante de algumas barreiras de crescimento para o banco digital
TRXF11 renova apetite por aquisições: FII adiciona mais imóveis no portfólio por R$ 98 milhões — e leva junto um inquilino de peso
Com a transação, o fundo imobiliário passa a ter 72 imóveis e um valor total investido de mais de R$ 3,9 bilhões em ativos
Banco do Brasil (BBAS3): Lucro de quase R$ 4 bilhões é pouco ou o mercado reclama de barriga cheia?
Resultado do segundo trimestre de 2025 veio muito abaixo do esperado; entenda por que um lucro bilionário não é o bastante para uma instituição como o Banco do Brasil (BBAS3)
FII anuncia venda de imóveis por R$ 90 milhões e mira na redução de dívidas; cotas sobem forte na bolsa
Após acumular queda de mais de 67% desde o início das operações na B3, o fundo imobiliário vem apostando na alienação de ativos do portfólio para reduzir passivos
“Basta garimpar”: A maré virou para as small caps, mas este gestor ainda vê oportunidade em 20 ações de ‘pequenas notáveis’
Em meio à volatilidade crescente no mercado local, Werner Roger, gestor da Trígono Capital, revelou ao Seu Dinheiro onde estão as principais apostas da gestora em ações na B3
Dólar sobe a R$ 5,4018 e Ibovespa cai 0,89% com anúncio de pacote do governo para conter tarifaço. Por que o mercado torceu o nariz?
O plano de apoio às empresas afetadas prevê uma série de medidas construídas junto aos setores produtivos, exportadores, agronegócio e empresas brasileiras e norte-americanas
Outra rival para a B3: CSD BR recebe R$ 100 milhões do Citi, Morgan Stanley e UBS para criar nova bolsa no Brasil
Investimento das gigantes financeiras é mais um passo para a empresa, que já tem licenças de operação do Banco Central e da CVM
HSML11 amplia aposta no SuperShopping Osasco e passa a deter mais de 66% do ativo
Com a aquisição, o fundo imobiliário concluiu a aquisição adicional do shopping pretendida com os recursos da 5ª emissão de cotas
Bolsas no topo e dólar na base: estas são as estratégias de investimento que o Itaú (ITUB4) está recomendando para os clientes agora
Estrategistas do banco veem um redirecionamento global de recursos que pode chegar ao Brasil, mas existem algumas condições pelo caminho
A Selic vai cair? Surpresa em dado de inflação devolve apetite ao risco — Ibovespa sobe 1,69% e dólar cai a R$ 5,3870
Lá fora os investidores também se animaram com dados de inflação divulgados nesta terça-feira (12) e refizeram projeções sobre o corte de juros pelo Fed
Patria Investimentos anuncia mais uma mudança na casa — e dessa vez não inclui compra de FIIs; veja o que está em jogo
A movimentação está sendo monitorada de perto por especialistas do setor imobiliário
Stuhlberger está comprando ações na B3… você também deveria? O que o lendário fundo Verde vê na bolsa brasileira hoje
A Verde Asset, que hoje administra mais de R$ 16 bilhões em ativos, aumentou a exposição comprada em ações brasileiras no mês passado; entenda a estratégia
FII dá desconto em aluguéis para a Americanas (AMER3) e cotas apanham na bolsa
O fundo imobiliário informou que a iniciativa de renegociação busca evitar a rescisão dos contratos pela varejista
FII RBVA11 anuncia venda de imóvel e movimenta mais de R$ 225 milhões com nova estratégia
Com a venda de mais um ativo, localizado em São Paulo, o fundo imobiliário amplia um feito inédito
DEVA11 vai dar mais dores de cabeça aos cotistas? Fundo imobiliário despenca mais de 7% após queda nos dividendos
Os problemas do FII começaram em 2023, quando passou a sofrer com a inadimplência de CRIs lastreados por ativos do Grupo Gramado Parks
Tarifaço de Trump e alta dos juros abrem oportunidade para comprar o FII favorito para agosto com desconto; confira o ranking dos analistas
Antes mesmo de subir no pódio, o fundo imobiliário já vinha chamando a atenção dos investidores com uma série de aquisições
Trump anuncia tarifa de 100% sobre chips e dispara rali das big techs; Apple, AMD e TSMC sobem, mas nem todas escapam ilesas
Empresas que fabricam em solo americano escapam das novas tarifas e impulsionam otimismo em Wall Street, mas Intel não conseguiu surfar a onda
Ações baratas e dividendos gordos: entenda a estratégia deste gestor para multiplicar retornos com a queda dos juros
Com foco em papéis descontados e empresas alavancadas, a AF Invest aposta em retomada da bolsa e distribuição robusta de proventos com a virada de ciclo da Selic