Por que o Santander cortou preço-alvo de Assaí (ASAI3), mas continua otimista com a ação
Fundamentos sólidos e geração de caixa são pontos positivos para a tese de investimentos, mas redução da alavancagem pode ser prejudicada pela Selic mais alta
O Santander ainda acredita no Assaí como um case de investimentos atrativo no longo prazo, mesmo depois de ter reduzido levemente o preço-alvo de ASAI3 de R$ 11 para R$ 10,10, por conta do aumento do custo de capital da empresa.
Por que a visão construtiva, então? Os fundamentos do negócio permanecem sólidos, ainda há espaço para continuar ganhando participação de mercado e a expansão das lojas está sendo bem executada.
Além disso, a expectativa de crescimento do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), o forte potencial de geração de caixa e os esforços de desalavancagem também deixam o Assaí “bem na fita”, na visão do Santander.
- E MAIS: Calendário de resultados da semana inclui Eletrobras, CSN, Magazine Luiza e outras empresas; acompanhe a cobertura completa de balanços
Vale lembrar que a ação passou por dois anos de performance bem ruim na bolsa: ASAI3 fechou os anos de 2023 e 2024 com quedas acumuladas de 30% e 58%, respectivamente.
Agora, o papel acumula 30% de valorização no ano, negociado a aproximadamente R$ 7,10 nesta quarta-feira (12), com um múltiplo de 13 vezes preço/lucro (P/L) para o final de 2025.
“Embora o múltiplo P/L de aproximadamente 13 vezes para o final de 2025 pareça exigente, acreditamos que o preço atual oferece um bom ponto de entrada, considerando o crescimento dos lucros que esperamos nos próximos anos”, diz o Santander.
Leia Também
No curto prazo, os analistas acreditam que a ação pode ser impulsionada pelo crescimento das vendas mesmas lojas (uma das métricas mais importantes do varejo) e por uma política monetária mais branda, com queda da Selic.
Por outro lado, a continuidade dos juros altos pode atrapalhar a redução das dívidas e deteriorar o cenário macroeconômico, diminuindo o consumo das famílias, representando riscos importantes para a tese de Assaí.
A competição mais acirrada no mercado de atacarejo também pode pressionar as vendas e as margens.
A inflação dos alimentos e o impacto no Assaí
Um desafio que o grupo de atacarejo ainda precisa lidar é a inflação dos alimentos e o descompasso desse indicador com a própria inflação interna da companhia.
A inflação dos alimentos deve continuar alta — 8,3%, na visão do time de macroeconomia do Santander. Historicamente, a inflação interna da Assaí tem se mantido cerca de 200 pontos-base abaixo do IPCA.
“Esperamos que os aumentos no preço do tíquete médio do Assaí reduzam esta diferença ao longo do ano (particularmente no segundo semestre de 2025), à medida que preços mais altos se tornem mais comuns nas categorias de atacado e varejo”, escrevem os analistas.
Os planos do atacarejo para 2025
O Assaí decidiu reduzir o número de abertura de novas lojas de 20 para 10 unidades em 2025, retomando o patamar de expansão com outras 20 novas lojas em 2026, segundo comunicado enviado ao mercado em outubro do ano passado.
Além disso, a companhia espera chegar a uma alavancagem de 2,6x da relação dívida líquida/Ebitda (medida utilizada pelos analistas do mercado financeiro para avaliar a geração de caixa de uma empresa) até o fim do ano que vem.
O atacarejo vem reduzindo a alavancagem operacional desde 2022, saindo de uma relação 4,37x dívida/Ebitda para uma expectativa de 3,2x até o fim de 2024.
Por fim, o nível de investimentos da rede também deve ser mais enxuto no próximo ano. Ainda segundo o comunicado, R$ 1 bilhão a R$ 1,2 bilhão devem ser investidos na companhia em 2025, divididos da seguinte forma:
- R$ 650 milhões a 750 milhões em abertura de novas lojas;
- R$ 250 milhões a 300 milhões em manutenção e novos serviços no parque de lojas existentes (Açougue, Padaria, Empório de Frios e Self-checkout), cerca de 25% do montante da depreciação de 2024;
- R$ 100 milhões a 150 milhões em infraestrutura, novos sistemas (T.I.) e projetos de inovação
Debandada da B3: quando a onda de saída de empresas da bolsa de valores brasileira vai acabar?
Com OPAs e programas de recompras de ações, o número de empresas e papéis disponíveis na B3 diminuiu muito no último ano. Veja o que leva as empresas a saírem da bolsa, quando esse movimento deve acabar e quais os riscos para o investidor
Medo se espalha por Wall Street depois do relatório de emprego dos EUA e nem a “toda-poderosa” Nvidia conseguiu impedir
A criação de postos de trabalho nos EUA veio bem acima do esperado pelo mercado, o que reduz chances de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) em dezembro; bolsas saem de alta generalizada para queda em uníssono
Depois do hiato causado pelo shutdown, Payroll de setembro vem acima das expectativas e reduz chances de corte de juros em dezembro
Os Estados Unidos (EUA) criaram 119 mil vagas de emprego em setembro, segundo o relatório de payroll divulgado nesta quinta-feira (20) pelo Departamento do Trabalho
Sem medo de bolha? Nvidia (NVDC34) avança 5% e puxa Wall Street junto após resultados fortes — mas ainda há o que temer
Em pleno feriado da Consciência Negra, as bolsas lá fora vão de vento em poupa após a divulgação dos resultados da Nvidia no terceiro trimestre de 2025
Com R$ 480 milhões em CDBs do Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai 24% na semana, apesar do aumento de capital bilionário
A companhia vive dias agitados na bolsa de valores, com reação ao balanço do terceiro trimestre, liquidação do Banco Master e aprovação da homologação do aumento de capital
Braskem (BRKM5) salta quase 10%, mas fecha com ganho de apenas 0,6%: o que explica o vai e vem das ações hoje?
Mercado reagiu a duas notícias importantes ao longo do dia, mas perdeu força no final do pregão
SPX reduz fatia na Hapvida (HAPV3) em meio a tombo de quase 50% das ações no ano
Gestora informa venda parcial da posição nas ações e mantém derivativos e operações de aluguel
Dividendos: Banco do Brasil (BBAS3) antecipa pagamento de R$ 261,6 milhões em JCP; descubra quem entra no bolo
Apesar de o BB ter terminado o terceiro trimestre com queda de 60% no lucro líquido ajustado, o banco não está deixando os acionistas passarem fome de proventos
Liquidação do Banco Master respinga no BGR B32 (BGRB11); entenda os impactos da crise no FII dono do “prédio da baleia” na Av. Faria Lima
O Banco Master, inquilino do único ativo presente no portfólio do FII, foi liquidado pelo Banco Central por conta de uma grave crise de liquidez
Janela de emissões de cotas pelos FIIs foi reaberta? O que representa o atual boom de ofertas e como escapar das ciladas
Especialistas da EQI Research, Suno Research e Nord Investimentos explicam como os cotistas podem fugir das armadilhas e aproveitar as oportunidades em meio ao boom das emissões de cotas dos fundos imobiliários
Mesmo com Ibovespa em níveis recordes, gestores ficam mais cautelosos, mostra BTG Pactual
Pesquisa com gestores aponta queda no otimismo, desconforto com valuations e realização de lucros após sequência histórica de altas do mercado brasileiro
Com quase R$ 480 milhões em CDBs do Banco Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai mais de 10% na bolsa
As ações da companhia recuaram na bolsa depois de o BC determinar a liquidação extrajudicial do Master e a PF prender Daniel Vorcaro
Hapvida (HAPV3) lidera altas do Ibovespa após tombo da semana passada, mesmo após Safra rebaixar recomendação
Papéis mostram recuperação após desabarem mais de 40% com balanço desastroso no terceiro trimestre, mas onda de revisões de recomendações por analistas continua
Maiores quedas do Ibovespa: Rumo (RAIL3), Raízen (RAIZ4) e Cosan (CSAN3) sofrem na bolsa. O que acontece às empresas de Rubens Ometto?
Trio do grupo Cosan despenca no Ibovespa após balanços fracos e maior pressão sobre a estrutura financeira da Raízen
Os FIIs mais lucrativos do ano: shoppings e agro lideram altas que chegam a 144%
Levantamento mostra que fundos de shoppings e do agronegócio dominaram as maiores valorizações, superando com sobra o desempenho do IFIX
Gestora aposta em ações ‘esquecidas’ do Ibovespa — e faz o mesmo com empresas da Argentina
Logos Capital acumula retorno de quase 100% no ano e está confiante com sua carteira de ações
Ibovespa retoma ganhos com Petrobras (PETR4) e sobe 2% na semana; dólar cai a R$ 5,2973
Na semana, MBRF (MBRF3) liderou os ganhos do Ibovespa com alta de mais de 32%, enquanto Hapvida (HAPV3) foi a ação com pior desempenho da carteira teórica do índice, com tombo de 40%
Depois do balanço devastador da Hapvida (HAPV3) no 3T25, Bradesco BBI entra ‘na onda de revisões’ e corta preço-alvo em quase 50%
Após reduzir o preço-alvo das ações da Hapvida (HAPV3) em quase 50%, o Bradesco BBI mantém recomendação de compra, mas com viés cauteloso, diante de resultados abaixo das expectativas e pressões operacionais para o quarto trimestre
Depois de escapar da falência, Oi (OIBR3) volta a ser negociada na bolsa e chega a subir mais de 20%
Depois de a Justiça reverter a decisão que faliu a Oi atendendo um pedido do Itaú, as ações voltaram a ser negociadas na bolsa depois de 3 pregões de fora da B3
Cogna (COGN3), C&A (CEAB3), Cury (CURY3): Veja as 20 empresas que mais se valorizaram no Ibovespa neste ano
Companhias de setores como educação, construção civil e bancos fazem parte da lista de ações que mais se valorizaram desde o começo do ano
