Por que o mercado não se apavorou com o envolvimento dos EUA no conflito entre Irã e Israel? Veja como está a repercussão
Mesmo com envolvimento norte-americano no conflito e ameaça de fechamento do estreito de Ormuz, os mercados estão calmos. O que explica?
Sabe aquela pessoa com quem nós pisamos em ovos e, se qualquer coisa dá errado, já nos preocupamos sabendo que pode ser motivo de surto? Pois é, acompanhar mercados é mais ou menos isso. Acontece que, assim como essas personalidades, às vezes os ativos nos surpreendem com reações moderadas quando se esperava o desespero.
É o caso do pregão desta segunda-feira (23). Mesmo com o envolvimento dos Estados Unidos no conflito entre Irã e Israel no último sábado e a ameaça iminente de fechamento do estreito de Ormuz — corredor marítimo mais importante do mundo, por onde passa 20% do comércio internacional do petróleo —, o que vemos nas bolsas globais é uma relativa calma.
Nem mesmo os contratos futuros do petróleo, o mais sensível dos indicadores aos reveses no Oriente Médio, com tendência a subir em casos como os que se passaram , estão demonstrando muita preocupação com o que aconteceu no final de semana.
Isso pode ser explicado, segundo analistas da Ajax Capital, por alguns motivos. O primeiro deles é que o comprometimento das estruturas militares e nucleares iranianas pode ser considerada como positiva, uma vez que reduz a instabilidade política na região.
Outro ponto importante é que, embora o mundo inteiro dependa do estreito de Ormuz, a China (não os EUA) seria o país mais impactado por um eventual bloqueio — afinal, é o maior importador de petróleo que passa por ali.
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Tanto é que, no último domingo (22), o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, chegou a apelar ao gigante asiático para impedir o fechamento da passagem. Além disso, os EUA têm presença forte na região com intuito de proteger navegações.
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Assim, os analistas consideram improvável que um eventual fechamento dure por muito tempo ou mesmo se concretize.
Fora isso, os analistas apontam que o mercado parece enxergar como improvável uma escalada ainda maior das tensões, dado que outras potências já se mexem para colocar panos quentes na situação.
Como estão os mercados pós-envolvimento dos EUA no conflito?
Por volta das 10h30 desta segunda-feira (23), os contratos futuros do petróleo Brent, referência internacional de negociação, caem 0,12%, com o barril sendo negociado a US$ 77,186. Já os futuros do WTI, padrão norte-americano, se desvalorizam 0,07% no mesmo horário, com o barril a US$ 74,004.
O dólar também está ganhando força no mundo inteiro, com o DXY — índice que mede a força da moeda frente a uma série de outras divisas globais — subindo 0,56% nesta manhã, a 99.325 pontos. Frente ao real, a moeda norte-americana avança 0,03% no mesmo horário, a R$ 5,5155.
Os futuros do ouro, considerado um ativo seguro, para o qual os investidores costumam recorrer em momentos de instabilidade, caem 0,04% no mesmo horário desta segunda, negociados a US$ 33.383,72 a onça-troy.
Lá fora, as bolsas de Nova York começaram as negociações em queda. Por volta das 10h30, o S&P 500 cai 0,13%, aos 5.958 pontos, enquanto o Nasdaq recua 0,51%, aos 19.344 pontos. Já o Dow Jones perde 0,08%, aos 42.174 pontos.
Os mercados asiáticos fecharam mistos. O Nikkei, índice de ações do Japão, terminou o pregão com uma queda de 0,13%, enquanto o HSI (Hang Seng Index), da bolsa de valores de Hong Kong, registrou valorização de 0,67%. O índice de Xangai também teve alta de 0,65%.
As bolsas europeias também não estão no desespero, apesar de quedas moderadas por volta das 10h30. O Stoxx 600 (índice que compila as maiores empresas da Europa) recuava 0,37%, aos 534,52 pontos, enquanto o DAX (índice da Alemanha) caía 0,42%, a 23.250 pontos. O FTSE 100, do Reino Unido, também registrava queda de 0,13%, a 8.763 pontos, e o CAC 40, da França, recuava 0,71%, aos 7.535 pontos.
E o Ibovespa?
Por aqui, o índice começou a semana com queda de 0,46% no mesmo horário, aos 136.481 pontos.
Segundo analistas do UBS, historicamente, mercados emergentes se beneficiam de preços mais altos do petróleo quando isso é impulsionado pela demanda.
Já altas impulsionadas por choques de oferta, como neste caso, costumam ser negativas para os retornos dos emergentes. A América Latina, em geral, é mais sensível e se beneficia de preços mais altos, enquanto a Ásia costuma ser mais prejudicada.
Eles explicam que o Brasil, normalmente, tem desempenho melhor quando o petróleo sobe — recentemente o UBS elevou sua recomendação para o Brasil de neutra para acima da média —, enquanto Índia e Filipinas podem ser mais vulneráveis.
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