Ibovespa aos 155 mil pontos? JP Morgan vê três motores para uma nova arrancada da bolsa brasileira em 2025
De 10 de outubro até agora, o índice já acumula alta de 5%. No ano, o Ibovespa tem valorização de quase 24%
Os investidores locais estão assistindo o Ibovespa ganhar fôlego e registrar novos recordes. Em meio ao desempenho do principal índice da bolsa brasileira, a reta final de outubro promete ser histórica. Nesta quarta-feira (29), por exemplo, o benchmark superou os 148 mil pontos pela primeira vez.
Com a nova marca, o Ibovespa está apenas 4,7% abaixo do preço-alvo do JP Morgan, em seu cenário mais otimista. Ou seja, em números, o banco projeta o Ibovespa aos 155 mil pontos ainda neste ano.
Para as analistas Cinthya Mizuguchi e Emy Cherman, a meta pode ser alcançada por três motivos: desaceleração da inflação brasileira, juros menores nos Estados Unidos e abrandamento da política tarifária imposta pelo presidente norte-americano, Donald Trump.
Considerando o período de 10 de outubro até agora, o índice acumula alta de 5%. No ano, o Ibovespa tem valorização de quase 24%.
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Os três catalisadores do Ibovespa
As analistas do JP Morgan afirmam que o principal catalisador para o Ibovespa no cenário doméstico é a inflação.
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“A inflação e as expectativas de inflação estão desacelerando, permitindo que as taxas de juros caiam mais cedo ou mais tarde”, afirmaram Cinthya Mizuguchi e Emy Cherman.
No último Boletim Focus, a previsão para o Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) recuou de 4,70% para 4,56% em 2025 — próximo do teto da meta perseguida pelo Banco Central, de 3%, com margem de 1,5 ponto percentual.
Com isso, o JP Morgan vê espaço para corte de 4,25 pontos percentuais na Selic no próximo ciclo de afrouxamento monetário. Se a estimativa se concretizar, os juros brasileiros caíriam de 15% ao ano para 10,75% ao ano.
“Quanto mais o Banco Central demorar para iniciar o relaxamento monetário, mais rapidamente terá que se mover quando começar”, avaliam Cinthya Mizuguchi e Emy Cherman.
Já os outros dois fatores são externos. Um deles é o ciclo de corte nos juros nos Estados Unidos, que foi iniciado em setembro. Com mais uma reunião do Fomc, o Copom norte-americano, marcada para esta quarta-feira (29), o JP Morgan aposta em um corte de 0,25 ponto percentual, o que levará os juros norte-americanas para a faixa de 3,75% a 4,00% ao ano.
O JP Morgan também projeta mais dois cortes, de mesma magnitude, à frente: uma em dezembro e outra em janeiro.
“Pensamos que o relaxamento do Fed desta vez é um impulso importante para as ações da América Latina”, afirmaram as analistas.
O terceiro para o rali do Ibovespa é a política tarifária dos Estados Unidos. Os analistas veem um panorama “melhor” tanto na construção de acordos comerciais entre Washington e Pequim quanto entre a Casa Branca e o Palácio do Planalto.
Vale lembrar que, no último domingo (26), os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump tiveram uma reunião na Malásia.
Lula afirmou, em rede social, que a conversa “foi ótima”. Em coletiva após a reunião, o ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que o governo norte-americano concordou com um cronograma de negociações com o Brasil nas próximas semanas, em busca de um acordo sobre o tarifaço contra produtos brasileiros.
É também esperado um encontro entre Trump e o presidente chinês, Xi Jinping, nesta semana. De acordo com a Casa Branca, a reunião está prevista para as 23h (horário de Brasília) de hoje — manhã de quinta-feira (30) na Coreia do Sul.
Riscos à mesa
A dupla de analistas do JP Morgan também considerou os riscos de uma breve realização do Ibovespa nos próximos dois meses.
O dólar é um deles. A divisa norte-americana atingiu o “fundo do poço” em julho e desde então tem se mantido em queda ante o real. Um dólar mais forte — o que não é algo que o banco projeta — reduziria o potencial de alta das ações.
O cenário fiscal também é apontado como um risco para a continuidade do rali do Ibovespa. “Um ‘deslizamento’ fiscal poderia comprometer ainda mais as metas orçamentárias e atrasar o relaxamento monetário”, escreveram as analistas.
O terceiro — e último risco à mesa — é uma temporada de balanços pior do que o esperado.
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