Fundos multimercados aumentam compras de ações brasileiras, e otimismo de gestores com economia local atinge máxima no ano
Pesquisa da XP mostra alocação na máxima do ano, com virada no sentimento sobre a economia local, que chegou a 40% de otimismo
O jogo virou. Os gestores de fundos multimercados estão mais otimistas com relação à economia local e aumentaram suas posições compradas em ações brasileiras. De 25 gestoras consultadas pela XP na pesquisa Pré-Copom, 64% estão comprados em Brasil — trata-se da maior alocação desde janeiro, quando a posição era de 33%.
Entre maio e julho, essa alocação em ações aumentou gradualmente: 42% em maio, 44% em junho e 46% em julho. Mas foi entre agosto e setembro que as posições deslancharam.
A mudança coincide com a inversão de posição dos gestores multimercados em ações dos Estados Unidos. Em janeiro, 60% dos fundos estavam comprados em S&P 500, enquanto em setembro essa posição diminuiu para 32%. O oposto do que aconteceu com as ações brasileiras.
Muito disso é explicado por outro dado da pesquisa: o sentimento em relação à economia local.
- CONFIRA: O Seu Dinheiro liberou acesso gratuito a análises de mercado aprofundadas e recomendações de investimento; confira como turbinar seus ganhos
Em janeiro, 83% dos gestores afirmaram ter um sentimento negativo sobre a economia brasileira. Naquele momento, 87% dos fundos tinham posições em dólar e a expectativa de inflação ao fim de 2025 era de 5,71%.
Desde então, o cenário mudou bastante. A expectativa com relação à inflação caiu para 4,79%, o dólar enfraqueceu, e as posições viraram para 76% vendidos na moeda americana (que apostam na valorização do real), e o sentimento melhorou.
Leia Também
A última dança de Warren Buffett: 'Oráculo de Omaha' vai deixar a Berkshire Hathaway com caixa em nível recorde
Quarenta por cento dos gestores se dizem positivos com relação à economia do país — é o percentual mais alto do ano e o maior entre neutros (30%) e pessimistas (24%).
Uma certeza: juros vai cair
A pesquisa com gestores multimercados de setembro mostra algumas apostas muito convictas — embora não unânimes. A principal delas é a posição aplicada em juros nominais: 72% dos fundos têm essa posição.
No jargão financeiro, estar aplicado em juros nominal significa que o gestor espera uma queda da taxa Selic no futuro breve ou das taxas negociadas nos contratos futuros de juros na B3 numa intensidade maior. A alta concentração de posições nessa aposta, indica que a expectativa pelo corte é alta — também é a maior posição aplicada do ano.
Entretanto, ninguém espera que esse corte aconteça na reunião desta quarta-feira (17). A pesquisa indica unanimidade pela manutenção da Selic em 15% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom) neste mês.
A novidade aparece nas expectativas de longo prazo: a mediana para a Selic no fim de 2026 recuou de 12,60% para 12,25%, indicando que os gestores esperam mais cortes no próximo ano.
O movimento é explicado no relatório pela expectativa de menor pressão cambial. Num ambiente de dólar estruturalmente mais fraco, a inflação também deve ceder e diminuir a pressão nos preços internos.
Montanha-russa da bolsa: a frase de Powell que derrubou Wall Street, freou o Ibovespa após marca histórica e fortaleceu o dólar
O banco central norte-americano cortou os juros pela segunda vez neste ano mesmo diante da ausência de dados econômicos — o problema foi o que Powell disse depois da decisão
Ouro ainda pode voltar para as máximas: como levar parte desse ganho no bolso
Um dos investimentos que mais renderam neste ano é também um dos mais antigos. Mas as formas de investir nele são modernas e vão de contratos futuros a ETFs
Ibovespa aos 155 mil pontos? JP Morgan vê três motores para uma nova arrancada da bolsa brasileira em 2025
De 10 de outubro até agora, o índice já acumula alta de 5%. No ano, o Ibovespa tem valorização de quase 24%
Santander Brasil (SANB11) bate expectativa de lucro e rentabilidade, mas analistas ainda tecem críticas ao balanço do 3T25. O que desagradou o mercado?
Resultado surpreendeu, mas mercado ainda vê preocupações no horizonte. É hora de comprar as ações SANB11?
Ouro tomba depois de máxima, mas ainda não é hora de vender tudo: preço pode voltar a subir
Bancos centrais globais devem continuar comprando ouro para se descolar do dólar, diz estudo; analistas comentam as melhores formas de investir no metal
IA nas bolsas: S&P 500 cruza a marca de 6.900 pontos pela 1ª vez e leva o Ibovespa ao recorde; dólar cai a R$ 5,3597
Os ganhos em Nova York foram liderados pela Nvidia, que subiu 4,98% e atingiu uma nova máxima. Por aqui, MBRF e Vale ajudaram o Ibovespa a sustentar a alta.
‘Pacman dos FIIs’ ataca novamente: GGRC11 abocanha novo imóvel e encerra a maior emissão de cotas da história do fundo
Com a aquisição, o fundo imobiliário ultrapassa R$ 2 bilhões em patrimônio líquido e consolida-se entre os maiores fundos logísticos do país, com mais de 200 mil cotistas
Itaú (ITUB4), BTG (BPAC11) e Nubank (ROXO34) são os bancos brasileiros favoritos dos investidores europeus, que veem vida ‘para além da eleição’
Risco eleitoral não pesa tanto para os gringos quanto para os investidores locais; estrangeiros mantêm ‘otimismo cauteloso’ em relação a ativos da América Latina
Gestor rebate alerta de bolha em IA: “valuation inflado é termo para quem quer ganhar discussão, não dinheiro”
Durante o Summit 2025 da Bloomberg Linea, Sylvio Castro, head de Global Solutions no Itaú, contou por que ele não acredita que haja uma bolha se formando no mercado de Inteligência Artificial
Vamos (VAMO3) lidera os ganhos do Ibovespa, enquanto Fleury (FLRY3) fica na lanterna; veja as maiores altas e quedas da semana
Com a ajuda dos dados de inflação, o principal índice da B3 encerrou a segunda semana seguida no azul, acumulando alta de 1,93%
Ibovespa na China: Itaú Asset e gestora chinesa obtêm aprovação para negociar o ETF BOVV11 na bolsa de Xangai
Parceria faz parte do programa ETF Connect, que prevê cooperação entre a B3 e as bolsas chinesas, com apoio do Ministério da Fazenda e da CVM
Envelhecimento da população da América Latina gera oportunidades na bolsa — Santander aponta empresas vencedoras e quem perde nessa
Nova demografia tem potencial de impulsionar empresas de saúde, varejo e imóveis, mas pressiona contas públicas e produtividade
Ainda vale a pena investir nos FoFs? BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos no IFIX e responde
Em meio ao esquecimento do segmento, o analista do BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos que possuem uma perspectiva positiva
Bolsas renovam recordes em Nova York, Ibovespa vai aos 147 mil pontos e dólar perde força — o motivo é a inflação aqui e lá fora. Mas e os juros?
O IPCA-15 de outubro no Brasil e o CPI de setembro nos EUA deram confiança aos investidores de que a taxa de juros deve cair — mais rápido lá fora do que aqui
Com novo inquilino no pedaço, fundo imobiliário RBVA11 promete mais renda e menos vacância aos cotistas
O fundo imobiliário RBVA11, da Rio Bravo, fechou contrato de locação com a Fan Foods para um restaurante temático na Avenida Paulista, em São Paulo, reduzindo a vacância e ampliando a diversificação do portfólio
Fiagro multiestratégia e FoFs de infraestrutura: as inovações no horizonte dos dois setores segundo a Suno Asset e a Sparta
Gestores ainda fazem um alerta para um erro comum dos investidores de fundos imobiliários que queiram alocar recursos em Fiagros e FI-Infras
FIIs atrelados ao CDI: de patinho feio à estrela da noite — mas fundos de papel ainda não decolam, segundo gestor da Fator
Em geral, o ciclo de alta dos juros tende a impulsionar os fundos imobiliários de papel. Mas o voo não aconteceu, e isso tem tudo a ver com os últimos eventos de crédito do mercado
JP Morgan rebaixa Fleury (FLRY3) de compra para venda por desinteresse da Rede D’Or, e ações têm maior queda do Ibovespa
Corte de recomendação leva os papéis da rede de laboratórios a amargar uma das maiores quedas do Ibovespa nesta quarta (22)
“Não é voo de galinha”: FIIs de shoppings brilham, e ainda há espaço para mais ganhos, segundo gestor da Vinci Partners
Rafael Teixeira, gestor da Vinci Partners, avalia que o crescimento do setor é sólido, mas os spreads estão maiores do que deveriam
Ouro cai mais de 5% com correção de preço e tem maior tombo em 12 anos — Citi zera posição no metal precioso
É a pior queda diária desde 2013, em um movimento influenciado pelo dólar mais forte e perspectiva de inflação menor nos EUA
