Dólar e bolsa sobem no acumulado de uma semana agitada; veja as maiores altas e baixas entre as ações
Últimos dias foram marcados pela tensão entre EUA e Brasil e também pela fala de Jerome Powell, do BC norte-americano, sobre a tendência para os juros por lá

O desempenho dos mercados entre 18 e 22 de agosto foi marcado por acontecimentos de peso no cenário econômico, mas também político e internacional.
Logo na segunda-feira (18), saiu a prévia oficial do PIB brasileiro. O IBC-Br, indicador calculado pelo Banco Central, mostrou queda de 0,10% em junho. Apesar do recuo pontual, o resultado do segundo trimestre de 2025 foi de crescimento de 0,3%, sinalizando algum fôlego da atividade econômica.
Já na terça-feira (19), os bancos listados na B3 chegaram a perder R$ 42 bilhões em valor de mercado após o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino decidir que leis estrangeiras, como a Magnitsky, só podem ser seguidas no Brasil após homologação da justiça brasileira.
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Finalmente, na sexta-feira (22), as atenções se voltaram para os Estados Unidos. O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, reconheceu que a autoridade monetária pode cortar os juros já em setembro.
Mesmo assim, Powell fez questão de ressaltar sua preocupação com a inflação e destacou que há “novos desafios” à frente, citando o tarifaço promovido por Donald Trump e as políticas imigratórias mais rígidas.
Esses fatores ajudaram a ditar o ritmo da bolsa ao longo da semana, influenciando o humor dos investidores e o desempenho de diversas companhias.
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O que aconteceu com o dólar na semana
Na terça-feira (19), em meio às tensões políticas entre Brasil e EUA, com as sanções americanas ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, o dólar subiu para R$ 5,50.
Já na sexta-feira (22), o discurso de Powell no tradicional Simpósio de Jackson Hole foi o estopim para um movimento global de apetite ao risco. Investidores venderam dólares e correram para bolsas e outras divisas, de emergentes e de países desenvolvidos. Com isso, o dólar à vista terminou o dia em queda de 0,97%, a R$ 5,4258.
Apesar do recuo nesta sexta, o dólar encerrou a semana em alta moderada, de 0,52%, justamente por conta da disparada no dia 19. As perdas em agosto voltaram a superar 3%, o que eleva a desvalorização no ano a 12,21%.
Como foi o desempenho da bolsa na semana
A terça-feira foi sangrenta para a bolsa brasileira, que fechou com um tombo de 2,1%, com os investidores receosos em meio às disputas dos EUA com o Brasil. Já nesta sexta-feira (22), todos os papéis do índice fecharam em alta, de olho no discurso de Powell.
No acumulado da semana, o Ibovespa subiu 1,19%, passando de 136.340,77 pontos para 137.968,15 pontos.
As ações que mais subiram na semana
Entre as três ações que mais subiram nos últimos dias, todas acumularam valorização superior a 10%. Confira quais foram:
- Minerva (BEEF3): foi o grande destaque positivo, com valorização de 17,11%. A alta veio após o Morgan Stanley revisar sua recomendação para overweight (equivalente à compra), segundo fontes de mercado. Além disso, na terça-feira (19), a empresa anunciou a homologação do aumento de capital social por meio de bônus de subscrição, aprovado pelos acionistas, abrindo espaço para novas emissões de ações.
- Grupo Pão de Açúcar (PCAR3): avançou 13,33% na semana. O movimento foi motivado pela resposta da companhia a questionamentos da B3, após reportagem do Valor revelar as renúncias de membros independentes do comitê financeiro e de auditoria. Em suas cartas, ambos relataram desconforto com a composição do colegiado e levantaram dúvidas sobre sua independência. O GPA, no entanto, afirmou que as saídas não comprometem o funcionamento do comitê, que seguirá operando dentro dos padrões de governança.
- Braskem (BRKM5): acumulando ganho de 11,91% após o fim do prazo de exclusividade de 90 dias concedido a Nelson Tanure em negociações com a Novonor. Apesar do término, a empresa informou que a Novonor continua em tratativas com o Petroquímica Verde Fundo de Investimento em Participações, veículo de investimentos controlado por Tanure.
As ações que mais caíram na semana
Na outra ponta, confira as três ações que tiveram a maior desvalorização ao longo da semana:
- Rumo (RAIL3): recuou 5,58% na semana. A maior operadora ferroviária do país comunicou que, em 21 de agosto, foi concluído o leilão na B3 das frações de ações remanescentes da reorganização societária envolvendo a Rumo Malha Norte.
- B3 (B3SA3): acumulou retração de 4,49% na semana. O movimento foi influenciado pela saída de R$ 536,9 milhões de investidores estrangeiros do segmento secundário, que envolve papéis já listados. Com isso, a categoria registra déficit de R$ 147,5 milhões em agosto. Ainda assim, o saldo de 2025 permanece positivo, em R$ 19,9 bilhões.
- BB Seguridade (BBSE3): encerrou a semana com baixa de 3,02%. O desempenho negativo veio após o anúncio de mudanças no conselho de administração. De acordo com fato relevante divulgado na quarta-feira (20), Rosiane Laviola e André Gustavo Haui apresentaram seus pedidos de renúncia aos cargos de vice-presidente e membro do colegiado, respectivamente.
* Com informações de TradeMap e Estadão Conteúdo
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