Comprado em Brasil: UBS eleva recomendação para ações e vê país como segundo mercado mais atraente entre os emergentes; veja o porquê
Banco suíço considera as ações do Brasil “baratas” e vê gatilhos para recuperação dos múltiplos de avaliação à frente

As ações do Brasil estão sob os holofotes do mercado financeiro quando comparado a outros países emergentes.
A gigante bancária UBS, que tinha US$ 6,2 trilhões em ativos investidos ao fim do primeiro trimestre de 2025, elevou o país à categoria "overweight" — equivalente a uma recomendação de compra — em sua estratégia de ações.
A UBS, que antes estava mais cautelosa em relação às ações brasileiras, aguardava a decisão de juros para se posicionar de forma mais positiva no país, segundo relatório desta segunda-feira (23).
- LEIA MAIS: Hora de ajustar a rota – evento “Onde investir no 2º semestre” vai reunir gigantes do mercado financeiro para revelar oportunidades de investimento
A expectativa do time macro do banco suíço esperava uma manutenção na Selic, após a reunião do Banco Central (BC) na semana passada.
Embora tenha sido surpreendido com um novo aumento, para 15% ao ano, o time acredita que este seja o nível final dos juros neste ciclo de alta, e vê chances de ganhos consideráveis à frente com a virada para queda.
Estratégia para ações: juros + eleições
A expectativa do UBS é que os cortes na Selic comecem a partir de abril de 2026, em um ritmo mais rápido do que o consenso tem precificado.
Leia Também
Com isso, o time macro calcula que a queda nos rendimentos dos títulos públicos de 10 anos — que já atingiram o pico — possa se reverter em ganhos para as ações: 4% de retorno a cada 100 pontos-base de queda no rendimento dos títulos.
Outro fator crucial na análise do banco é o cenário político.
O relatório diz que a baixa taxa de aprovação do governo Lula (25%) pode indicar uma potencial mudança de rota política nas eleições de 2026.
Uma transição para um governo de centro-direita, segundo a UBS, poderia melhorar o cenário fiscal, o que seria benéfico para a avaliação dos títulos públicos (com a diminuição do risco, diminui as taxas) e, consequentemente, para as ações.
“Brasil está barato”
“O mercado brasileiro tem sido considerado ‘barato’ há algum tempo nos gráficos de Preço/Lucro (PE)”, diz o relatório do UBS.
Essa "barateza" é atribuída, principalmente, às altas taxas de juros do país.
Para o banco, diante de taxas tão altas, os múltiplos de avaliação das ações têm "um longo caminho a percorrer", estando atualmente 28% abaixo da média histórica de 10 anos.
Este cenário é visto como uma possibilidade de ganho futuro, acompanhando a melhora das avaliações das empresas.
- E MAIS: Quer se atualizar do que está rolando no mercado? O Seu Dinheiro liberou como cortesia uma curadoria das notícias mais quentes; veja aqui
A UBS afirma que a economia brasileira está resiliente e é “razoavelmente imune” aos riscos das tarifas de importação dos EUA, com menos de 5% da receita principal do índice de ações vindo dos EUA, e mais de 70% sendo de consumo doméstico.
Outra vantagem é o atual momento do real, que apresenta um "vento a favor" que foi particularmente forte no primeiro semestre de 2025, e a expectativa é que se repita no segundo. O Brasil acumula uma performance de 26,9% no ano, até o momento.
Além disso, o país tem sido uma exceção positiva nas entradas de capital estrangeiro para mercados emergentes (EMs), que em geral têm sido fracas.
E os riscos para o Brasil?
Um dos riscos destacados pelo time macro do UBS é a sensibilidade das ações brasileiras ao petróleo.
Embora isso possa ser favorável em cenários de alta, como o observado neste momento, também significa que o país poderia ter retornos mais fracos com a queda dos preços do petróleo, que era o que estava acontecendo antes do conflito entre Irã e Israel.
Outras complicações que poderiam prejudicar as ações do Brasil, segundo o relatório, são as mudanças nos juros daqui e dos EUA.
O relatório avalia que um possível aumento nos juros dos Estados Unidos, ou atraso no corte de juros no Brasil, mudaria o diferencial de juros entre os países e/ou as avaliações das empresas. Entretanto, este não é o cenário base.
No momento, o Brasil é considerado o segundo mercado mais atraente entre os países emergentes, só fica atrás da China.
FII BMLC11 leva calote da Ambipar (AMBP3) — e investidores vão sentir os impactos no bolso; cotas caem na B3
A Ambipar enfrenta uma onda de desconfiança no mercado, e a crise atinge em cheio os dividendos do FII
Ouro ultrapassa o nível de US$ 4 mil pela primeira vez por causa de incertezas no cenário global; o metal vai conseguir subir mais?
Shutdown nos EUA e crise na França levam ouro a bater recorde histórico de preço
Fundos de ações e multimercados entregam 21% de retorno no ano, mas investidores ficam nos 11% da renda fixa, diz Anbima
Mesmo com rentabilidade inferior, segurança da renda fixa mantém investidores estagnados, com saídas ainda bilionárias das estratégias de risco
MXRF11 mira captação recorde com nova emissão de até R$ 1,25 bilhão
Com uma base de 1,32 milhão de cotistas e patrimônio líquido de mais de R$ 4 bilhões, o FII mira sua maior emissão
O que foi tão ruim na prévia operacional da MRV (MRVE3) para as ações estarem desabando?
Com repasses travados na Caixa e lançamentos fracos, MRV&Co (MRVE3) decepciona no terceiro trimestre
Ouro fecha em alta e se aproxima da marca de US$ 4 mil, mas precisa de novos gatilhos para chegar lá, dizem analistas
Valor do metal bate recorde de preço durante negociações do dia por causa de incertezas políticas e econômicas
Fundo imobiliário favorito dos analistas em outubro já valorizou mais de 9% neste ano — mas ainda dá tempo de surfar a alta
A XP Investimentos, uma das corretoras que indicaram o fundo em outubro, projeta uma valorização de mais 9% neste mês em relação ao preço de fechamento do último pregão de setembro
Ibovespa fica entre dois mundos, enquanto RD Saúde (RADL3) brilha e Magalu (MGLU3) amarga o pior desempenho da semana
O principal índice de ações da B3 encerrou a semana em baixa de 0,86%, aos 144.201 pontos. Após um setembro de fortes valorizações, o início de outubro mostrou um tom mais negativo
Verde coloca o ‘pézinho’ em ações brasileiras — mas liga alerta sobre a situação do país
Em carta divulgada na sexta-feira (3), a gestora mostrou a retomada marginal de apostas na bolsa local, mas soou o alarme para o impacto da nova isenção de IR e para a postura mais dura do BC
Onde investir em outubro: ações para renda passiva, ativo com retorno de 20% e nomes com exposição à China são as indicações da Empiricus
Em novo episódio, analistas da Empiricus Research compartilham recomendações de olho na temporada de balanços do terceiro trimestre e na possível queda dos juros
Serena Energia (SRNA3) revela preço e datas para a OPA para deixar a B3 e fechar o capital
Preço por ação é ligeiramente inferior ao preço do último fechamento; leilão está marcado para 4 de novembro
Com bolsas dos EUA nas máximas históricas, onde o Santander vê oportunidades em BDRs?
Ao Seu Dinheiro, Ricardo Peretti e Lucas de Barros Serra revelaram as perspectivas para os papéis na gringa que podem se beneficiar do corte de juros
Copa do Mundo 2026: veja quais ações comprar para lucrar com o campeonato, segundo a XP
Para quem quer ter uma carteira de torcedor, a corretora recomenda investir em empresas patrocinadoras do evento ou ligadas ao turismo
Ouro bate novos recordes e fecha em alta, após romper os US$ 3.900 pela primeira vez — e valorização não deve parar
Metal precioso teve sua quinta alta consecutiva nesta quarta e renovou máximas intradiária e de fechamento
Ibovespa disparou 100% das vezes que os juros caíram no Brasil, diz estudo — e cenário atual traz gatilhos extras
Levantamento da Empiricus mostra que a média de valorização das ações brasileiras em 12 meses após o início dos cortes é de 25,30%
Investir em ações ESG vale a pena? Estudo da XP mostra que sim, com impacto positivo no risco
Relatório revela que excluir empresas com notas baixas em sustentabilidade não prejudica os retornos e pode até proteger a carteira em ciclos de baixa
UBS recomenda aumento da exposição a ações brasileiras e indica título de renda fixa queridinho dos gestores
Relatório destaca o fim do ciclo de aperto monetário nos EUA e no Brasil, com os próximos seis meses sendo decisivos para o mercado diante das eleições de 2026
FII BRCO11 quer ampliar a carteira de imóveis e convoca cotistas para aprovar novas compras; entenda a proposta
Os ativos pertencem a fundos imobiliários do mesmo gestor e, por isso, a operação configura situação de conflito de interesse
Bolsa barata em ano eleitoral: mito ou verdade? Estudo mostra histórico e ações pechincha com maior potencial de valorização em 2026
Do rali dos 150 mil pontos ao possível tombo: como aproveitar a bolsa nos próximos meses, com caixa ou compras graduais?
Dividendos gordos a preço de banana: descubra as ações prontas para voar no ano eleitoral
Estudo mostra que setores perenes continuam se destacando, mesmo com mudanças políticas e troca de mandatários; hora de comprar?