🔴 IA CASH: AÇÕES DE COMPUTAÇÃO QUÂNTICA COM MAIOR POTENCIAL JÁ COMEÇARAM A SUBIR-  SAIBA MAIS

Camille Lima

Camille Lima

Repórter de bancos e empresas no Seu Dinheiro. Bacharel em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). Já passou pela redação do TradeMap.

VISÃO DO GESTOR

“Basta garimpar”: A maré virou para as small caps, mas este gestor ainda vê oportunidade em 20 ações de ‘pequenas notáveis’

Em meio à volatilidade crescente no mercado local, Werner Roger, gestor da Trígono Capital, revelou ao Seu Dinheiro onde estão as principais apostas da gestora em ações na B3

Camille Lima
Camille Lima
14 de agosto de 2025
6:04 - atualizado às 12:58
Werner Roger, gestor da Trígono Capital, fala sobre perspectivas para bolsa, ações e small caps.
Werner Roger, gestor da Trígono Capital, fala sobre perspectivas para bolsa e small caps. - Imagem: Divulgação

Quem deu chance às ações das “pequenas notáveis” da bolsa brasileira neste ano foi recompensado com retornos para lá de atrativos no primeiro semestre de 2025. Contudo, a maré está prestes a virar para as small caps, prevê Werner Roger, gestor da Trígono Capital, gestora independente com mais de R$ 2 bilhões em ativos sob administração e especializada em acompanhar empresas com menor capitalização na B3.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“O cenário está nebuloso, há muita incerteza no radar. Por isso, a aversão ao risco também aumenta”, afirmou, em entrevista ao Seu Dinheiro. “É hora de cautela, e os ETFs [fundos de índice] podem sofrer mais.”

Até a primeira metade do ano, as companhias de menor capitalização da B3 eram vistas como atacantes das carteiras dos investidores brasileiros devido à expectativa de flexibilização monetária pelo Banco Central na época.

Isso porque as small caps — especialmente aquelas mais cíclicas — são muito mais sensíveis aos movimentos de juros do que as empresas de maior capitalização da B3, como a Petrobras (PETR4) ou os grandes bancos, por exemplo. 

Por isso, a previsão de queda da Selic em 2025 impulsionou as pequenas da bolsa brasileira. Nos primeiros seis meses do ano, o índice Small Cap (SMLL) acumulou valorização de cerca de 26% na B3, contra 15,44% de alta do Ibovespa.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Vale destacar que o ETF da Trígono, o TRIG11, que acompanha empresas do segmento Small Caps, teve o melhor desempenho entre todos os fundos de índice listados na B3 na primeira metade do ano, com um retorno de 36,69%. 

Leia Também

Porém, como boa parte do mercado, Roger agora é cético quanto a uma queda rápida dos juros — e o próprio BC já sinalizou que a Selic deve permanecer nas alturas por um período mais extenso.

“O voo das small caps teve seus motivos, que foi justamente o princípio de que os juros cairiam em breve. Mas agora não sabemos quando esse cenário deve se concretizar”, disse o gestor.

Essa projeção sinaliza um cenário menos favorável para as small caps, em especial, àquelas ligadas à economia doméstica, como empresas de construção, varejo e educação.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Small caps: de primeiro semestre estelar a cautela extrema

Para o gestor, o movimento positivo das ações de small caps no primeiro semestre é praticamente todo atribuível à retomada do fluxo de investidores estrangeiros na bolsa brasileira.

Segundo ele, a força compradora tende a se mostrar mais intensamente nas ações com maior peso nos índices, uma vez que o gringo normalmente opta por investir em mercados emergentes por meio de ETFs, fundos que replicam as carteiras dos índices de referência.

É por isso que setores como imobiliário, varejo e consumo, e educação, que foram destaques de valorização no primeiro semestre e são fortemente influenciados pela queda de juros, podem sofrer daqui para frente, segundo o gestor. 

“Em julho, o fluxo inverteu e as small caps já estão sofrendo. No cenário local, você tem os investidores mais cautelosos setorialmente por conta de juros, e o investidor pessoa física tende a seguir com a onda. Outro público importante é o institucional, que são os fundos de pensão, os RPPS [previdência dos servidores públicos] e fundos de gestoras, com um resgate bastante forte. O apetite dos institucionais para renda variável continua bastante limitado, já que eles acabam preferindo títulos como as NTN-Bs, que oferecem retornos atrativos e superam facilmente as metas atuariais sem risco adicional”, disse.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Para ele, há muitas incertezas em relação aos estímulos fiscais do governo, ao consumo e ao futuro dos juros. 

“Nós, na Trígono, questionamos um pouco esse ímpeto dos investidores a estarem investindo nesses setores mais cíclicos. As cartas estão embaralhadas. O setorial predominou no primeiro semestre; agora, veremos o que acontecerá no segundo semestre”, disse o gestor.

Ainda há esperança para as ações de small caps na bolsa brasileira?

Mas Roger trouxe também um alento aos investidores de renda variável: nem tudo está acabado para as small caps e as ações na bolsa brasileira.

O gestor avalia que, embora o cenário à frente seja de volatilidade, há boas oportunidades para quem souber escolher bem.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Na avaliação do gestor, há um tripé de critérios de seleção para quem quer investir em small caps em meio ao cenário volátil previsto para o fim de 2025:

  • Dividendos;
  • Endividamento; e
  • Exposição ao dólar.

Para o segundo semestre, uma boa pedida seria buscar empresas capitalizadas e com caixa disponível para agraciar os investidores com bons dividendos. “Empresas pagadoras de dividendos são menos vulneráveis, porque elas têm caixa”, explicou.

Além disso, as companhias dolarizadas estariam protegidas das maiores oscilações da economia ou de uma eventual piora na percepção de risco.

Por fim, as empresas com baixa alavancagem financeira tendem a sofrer menos em um cenário de juros elevados.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

No caso da Trígono, isso se traduz em apostas no agronegócio, no setor industrial ligado ao automobilístico, e em poucas empresas no setor imobiliário, por exemplo.

Uma espiada na carteira de ações da Trígono

Então, o que tem na carteira de ações da Trígono? Ao Seu Dinheiro, Werner Roger revelou algumas das principais apostas da gestora na bolsa brasileira hoje.

Com forte apetite por ações do agronegócio na B3, a Trígono possui quatro grandes teses na carteira. São elas:

  • Kepler Weber (KEPL3): Apesar da queda no preço do aço, que afeta a receita, a empresa se beneficia de uma "supersafra" e tem bom desempenho.
  • 3tentos (TTEN3): Empresa com atuação em biocombustíveis, incluindo biodiesel e etanol de milho.
  • Jalles Machado (JALL3) e São Martinho (SMTO3): Empresas do setor de açúcar e etanol, beneficiadas por boas estratégias de hedge para suas vendas, melhoras no preço do etanol e com ações descontadas na B3.
  • Boa Safra (SOJA3): Ligada ao setor de sementes.

As commodities também estão em alta na carteira da Trígono. No segmento de petróleo e gás, há duas: Prio (PRIO3) e PetroRecôncavo (RECV3).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Do lado da mineração e metais, Werner destaca a Aura Minerals (AURA33), que recentemente desembarcou em Wall Street, se beneficia da alta do ouro, vem reduzindo custos e está subvalorizada em comparação com outras juniores do setor.

Outra boa pedida, segundo o gestor, é a Ferbasa (FESA4), que atua principalmente na produção e comercialização de ferroligas e recebeu isenção total de tarifas nos EUA.

O setor industrial também ocupa lugar de destaque na carteira de ações da Trígono. Algumas das opções favoritas da gestora na B3 são:

  • Tupy (TUPY3): Apesar das incertezas tarifárias com os EUA, tem operações no México e clientes de peso que dependem dela, como Caterpillar, John Deere e Ford, o que deve limitar eventuais impactos da guerra tarifária.
  • Mahle Metal Leve (LEVE3): Atua forte no mercado de reposição, que é resiliente com o envelhecimento da frota, além de pagar bons dividendos e apresentar um forte vetor de crescimento.
  • Schulz (SHUL3): Ligada ao setor automotivo pesado (caminhões) e máquinas agrícolas e linha amarela, que se beneficiam de investimentos em infraestrutura.
  • Marcopolo (POMO4): Empresa com nicho de mercado e forte presença em ônibus rodoviários, paga dividendos e não possui dívidas.

No setor financeiro, a aposta de Werner é a BR Partners (BRPR3), um banco focado em fusões e aquisições e reestruturação de dívidas do agronegócio, menos afetado por questões como inadimplência e os juros tradicionais.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Já no setor imobiliário, Werner destaca uma seleção de qualidade entre as construtoras. São elas a Moura Dubeux (MDNE3), a Lavvi (LAVV3) e a Cyrela (CYRE3).

Outro papel que integra a carteira da Trígono é a Tegma (TGMA3), uma transportadora de veículos e de logística que possui a BYD como cliente, não é alavancada e remunera os acionistas com proventos.

A Celesc (CLSC4), empresa de energia, e a Unifique (FIQE3), de telecomunicações, completam o portfólio da gestora.

“Se começar a garimpar, tem bastante opção nas small caps da B3”, afirmou o gestor.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
ESCALAÇÃO DE AÇÕES

Copa do Mundo 2026: veja quais ações comprar para lucrar com o campeonato, segundo a XP

2 de outubro de 2025 - 16:50

Para quem quer ter uma carteira de torcedor, a corretora recomenda investir em empresas patrocinadoras do evento ou ligadas ao turismo

A ALTA CONTINUA

Ouro bate novos recordes e fecha em alta, após romper os US$ 3.900 pela primeira vez — e valorização não deve parar

1 de outubro de 2025 - 18:43

Metal precioso teve sua quinta alta consecutiva nesta quarta e renovou máximas intradiária e de fechamento

MOMENTO DAS AÇÕES

Ibovespa disparou 100% das vezes que os juros caíram no Brasil, diz estudo — e cenário atual traz gatilhos extras

1 de outubro de 2025 - 18:13

Levantamento da Empiricus mostra que a média de valorização das ações brasileiras em 12 meses após o início dos cortes é de 25,30%

MELHORES PRÁTICAS

Investir em ações ESG vale a pena? Estudo da XP mostra que sim, com impacto positivo no risco

1 de outubro de 2025 - 17:02

Relatório revela que excluir empresas com notas baixas em sustentabilidade não prejudica os retornos e pode até proteger a carteira em ciclos de baixa

RISCO ATIVADO

UBS recomenda aumento da exposição a ações brasileiras e indica título de renda fixa queridinho dos gestores

1 de outubro de 2025 - 14:45

Relatório destaca o fim do ciclo de aperto monetário nos EUA e no Brasil, com os próximos seis meses sendo decisivos para o mercado diante das eleições de 2026

DE OLHO NA EXPANSÃO

FII BRCO11 quer ampliar a carteira de imóveis e convoca cotistas para aprovar novas compras; entenda a proposta

1 de outubro de 2025 - 13:31

Os ativos pertencem a fundos imobiliários do mesmo gestor e, por isso, a operação configura situação de conflito de interesse

É PARA ENCHER O CARRINHO?

Bolsa barata em ano eleitoral: mito ou verdade? Estudo mostra histórico e ações pechincha com maior potencial de valorização em 2026

1 de outubro de 2025 - 6:13

Do rali dos 150 mil pontos ao possível tombo: como aproveitar a bolsa nos próximos meses, com caixa ou compras graduais?

ELEIÇÕES 2026

Dividendos gordos a preço de banana: descubra as ações prontas para voar no ano eleitoral

1 de outubro de 2025 - 6:13

Estudo mostra que setores perenes continuam se destacando, mesmo com mudanças políticas e troca de mandatários; hora de comprar?

GANHADORES E PERDEDORES

As maiores altas e quedas do Ibovespa em setembro: expectativas de cortes de juros no Brasil e nos EUA ditaram o mês

30 de setembro de 2025 - 20:00

O movimento foi turbinado pelo diferencial de juros entre Brasil e EUA: enquanto o Copom manteve a Selic em 15% ao ano, o Fed iniciou o afrouxamento monetário

PAROU NOS TRIBUNAIS

TRBL11 chega à grande batalha: FII entra na Justiça contra os Correios e cobra R$ 306 milhões

30 de setembro de 2025 - 16:01

O impasse entre o FII e a estatal teve início há um ano, com a identificação de problemas no galpão localizado em Contagem (MG)

HORA DE COMPRAR?

Sangria cada vez mais controlada na Resia anima mercado e MRV (MRVE3) salta no Ibovespa; o que fazer com as ações?

30 de setembro de 2025 - 15:09

A construtora anunciou a venda de mais quatro terrenos da subsidiária norte-americana, em linha com os planos de desinvestimento por lá

MERCADOS HOJE

Ibovespa bate (mais um) recorde intradia acima dos 147 mil pontos, mas perde o fôlego durante o pregão; dólar sobe a R$ 5,32

30 de setembro de 2025 - 12:16

A bolsa brasileira teve uma ajudinha extra de Wall Street, mas acabou fechando estável

ITAÚ BBA MACRO VISION

Gestoras Verde, Ibiuna e Vinland apostam na queda do dólar e destacam bitcoin, ouro e Tesouro IPCA+

29 de setembro de 2025 - 18:47

Gestores de fundos multimercados notórios estão vendidos na moeda norte-americana e não veem tendência de reversão na maré de baixa no curto e médio prazo

NOVA MÁXIMA

Ouro renova recorde com investidores de olho na paralisação do governo dos EUA

29 de setembro de 2025 - 17:56

Além do risco de shutdown, fraqueza do dólar também impulsiona o metal precioso

ITAÚ BBA MACRO VISION

“Não compro o Trade Tarcísio”: Luis Stuhlberger espera disputa acirrada em 2026 e conta onde está investindo

29 de setembro de 2025 - 16:58

Gestor da Verde Asset prevê uma eleição de 2026 marcada por forte volatilidade, descarta o chamado “Trade Tarcísio” e revela onde está posicionando o fundo

TCHAU, MONOPÓLIO!

Liderança ameaçada? Com a chegada iminente de concorrentes, B3 (B3SA3) vai precisar melhorar seu jogo para “ganhar na bola”

29 de setembro de 2025 - 6:03

A empresa tem um mindset “antigo e acomodado”, segundo analistas, e a chegada iminente de concorrentes sérios forçará a redução de preços e o aperto das margens

RESUMO DA SEMANA

Pão de Açúcar (PCAR3) no topo, e Raízen (RAIZ4) na baixa: confira o que movimentou o Ibovespa nos últimos dias

28 de setembro de 2025 - 17:22

O principal índice da B3 até encerrou a sessão de sexta-feira (26) em alta, mas não foi o suficiente para fazer a semana fechar no azul

RECORDE ATRÁS DE RECORDE

Fundo imobiliário TRXF11 sobe o sarrafo e anuncia emissão recorde para captar até R$ 3 bilhões

27 de setembro de 2025 - 11:27

A operação também vem na esteira de um outro marco: o FII atingiu a marca de 200 mil investidores

DESTAQUES DA BOLSA

Ambipar (AMBP3) e Azul (AZUL4) disparam, Braskem (BRKM5) derrete: empresas encrencadas foram os destaques do dia, para o bem e para o mal

26 de setembro de 2025 - 15:59

Papéis das companhias chegam a ter variações de dois dígitos, num dia em que o Ibovespa, principal índice da bolsa, opera de lado

MAIS CARO

O preço do barril de petróleo vai cair mais? Na visão do BTG, o piso da commodity vai ficar mais alto do que o mercado projeta

26 de setembro de 2025 - 15:24

Para o banco, o preço mais alto deve se manter devido a tensões geopolíticas, riscos de interrupção de fornecimento e tendências que limitam quedas mais profundas

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar