Após semana intensa, bolsas conseguem fechar no azul apesar de nova elevação tarifária pela China; ouro bate recorde a US$ 3.200
Clima ainda é de cautela nos mercados, mas dia foi de recuperação de perdas para o Ibovespa e os índices das bolsas de NY
A semana nos mercados foi marcada por intensos altos e baixos, com Estados Unidos e China trocando elevações consecutivas de tarifas sobre as importações de produtos um do outro, escalando a guerra comercial para patamares nunca antes vistos.
Mesmo assim, as bolsas conseguiram fechar o período no azul tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, alívio este possibilitado pela pausa de 90 dias anunciada por Donald Trump à aplicação das tarifas aos países que não retaliaram os EUA.
Hoje o dia tinha tudo para terminar no vermelho, pois começou com a notícia de que Pequim elevou as tarifas sobre a importação de produtos norte-americanos de 84% para 125%, em mais uma retaliação.
- VEJA TAMBÉM: Empresa brasileira que pode ‘surpreender positivamente’ é uma das 10 melhores ações para comprar agora – confira recomendação
No entanto, o Gigante Asiático indicou que esta seria a última vez que equipararia as suas taxas às que os EUA impõem contra os chineses.
Além disso, a declaração da Casa Branca, de que Trump está otimista quanto a um acordo com a China trouxe alívio aos investidores, animados também pelos balanços positivos dos bancões norte-americanos e um dado de inflação.
Com isso, o Dow Jones subiu 1,56%, aos 40.212,17 pontos; o S&P 500 avançou 1,81%, aos 5.363,36 pontos; e o Nasdaq teve alta de 2,06%, aos 16.724,46 pontos. Os dados são preliminares. No acumulado da semana, o Dow Jones ganhou quase 5%, o S&P 500 subiu 5,7% e o Nasdaq avançou 7,3%.
Leia Também
Por aqui, o Ibovespa fechou em alta de 1,05%, a 127.682 pontos. Na semana, o índice acumulou uma alta de 0,59%. O dólar à vista fechou em baixa de 0,49% ante o real, a R$ 5,8698, mas na semana ainda acumulou ganho de 0,54%.
Mesmo assim, desde o anúncio das tarifas de Trump, o Dow Jones acumula queda de 4,77%, o S&P 500 cai 5,41%, o Nasdaq recua 4,98%, e o nosso Ibovespa tem queda de 2,67%.
O clima geral continua sendo de cautela. Tanto que o ouro continuou subindo e, nesta sexta, marcou novo recorde histórico de fechamento, acima de US$ 3.200 a onça-troy.
O que teve de bom em Wall Street hoje
Para além da ausência de anúncios governamentais com o pregão aberto e do recado da Casa Branca sobre o otimismo em relação às negociações com a China, os investidores que operam nas bolsas de Nova York se animaram hoje com os resultados das instituições financeiras que publicaram seus balanços.
O JP Morgan reportou seus resultados do primeiro trimestre de 2025 e superou as expectativas dos analistas. O banco reportou uma receita de US$ 46,01 bilhões no período, versus US$ 44,11 bilhões esperados pelo mercado, segundo as estimativas compiladas pela London Stock Exchange Group (LSEG).
O lucro aumentou 9%, para US$ 14,64 bilhões, ou US$ 5,07 por ação — acima dos US$ 4,61 esperados. As ações do JP subiram 4% hoje.
Enquanto isso, o Morgan Stanley reportou hoje uma receita de US$ 17,74 bilhões no primeiro trimestre de 2025. O valor é maior do que as expectativas compiladas pela LSEG, de US$ 16,58 bilhões.
O lucro também aumentou 26%, para US$ 4,32 bilhões, ou US$ 2,60 por ação.
A área de negociação de ações se destacou no trimestre, com as receitas avançando 45% e alcançando US$ 4,13 bilhões — aproximadamente US$ 840 milhões acima da estimativa da StreetAccount.
O Morgan Stanley destacou que seus resultados com ações foram robustos em toda a franquia, em especial na Ásia e nas operações voltadas para fundos de hedge, impulsionados pela intensa atividade dos clientes em um cenário de maior volatilidade nos mercados. Os papéis tiveram alta de 1,35% nesta sexta.
Entre os dados macroeconômicos, destacou-se o índice de preços ao produtor americano (PPI, na sigla em inglês), que recuou, contrariando a expectativa de alta. O núcleo do indicador também veio abaixo das projeções.
- VEJA MAIS: ‘Efeito Trump’ na bolsa pode gerar oportunidades de investimento: conheça as melhores ações internacionais para comprar agora, segundo analista
Por aqui, IPCA e IBC-Br não impediram Ibovespa de seguir NY
No cenário doméstico, os investidores reagiram ao último dado do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que teve alta de 0,56% em março na base mensal, acima da projeção de alta de 0,54% no mês dos analistas consultados pelo Money Times, site do mesmo grupo do Seu Dinheiro. No acumulado de 12 meses, a inflação subiu a 5,48%.
A inflação dividiu espaço com o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br). Considerado a prévia do PIB, o índice subiu 0,41% em fevereiro na comparação com janeiro. A expectativa em pesquisa da Reuters para o resultado de fevereiro era de avanço de 0,15%.
Apesar das indicações de economia mais aquecida que o esperado e inflação acima das expectativas, o Ibovespa conseguiu fechar o dia em alta, puxado por NY, além dos bons desempenhos de Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4).
A mineradora terminou o dia em alta de 1,67%, refletindo a valorização do minério de ferro; já as ações preferenciais da Petrobras (PETR4) subiram 1,99%, enquanto as ordinárias (PETR3) avançaram 1,98%, com a recuperação dos preços do petróleo.
A commodity vive tempos difíceis desde o dia 2 de abril, tendo acumulado perdas de 13,69% (Brent) e 14,24% (WTI) desde então.
*Com informações do Estadão Conteúdo e do Money Times
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora
Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões
BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)
O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic
Ibovespa em 2026: BofA estima 180 mil pontos, com a possibilidade de chegar a 210 mil se as eleições ajudarem
Banco norte-americano espera a volta dos investidores locais para a bolsa brasileira, diante da flexibilização dos juros
JHSF (JHSF3) faz venda histórica, Iguatemi (IGTI3) vende shoppings ao XPML11, TRXF11 compra galpões; o que movimenta os FIIs hoje
Nesta quinta-feira (11), cinco fundos imobiliários diferentes agitam o mercado com operações de peso; confira os detalhes de cada uma delas
Concurso do IBGE 2025 tem 9,5 mil vagas com salários de até R$ 3.379; veja cargos e como se inscrever
Prazo de inscrição termina nesta quinta (11). Processo seletivo do IBGE terá cargos de agente e supervisor, com salários, benefícios e prova presencial
Heineken dá calote em fundo imobiliário, inadimplência pesa na receita, e cotas apanham na bolsa; confira os impactos para o cotista
A gestora do FII afirmou que já realizou diversas tratativas com a locatária para negociar os valores em aberto