Tesouro Direto, títulos isentos de IR e mais: as recomendações do Itaú BBA na renda fixa após a alta da Selic
Na visão dos analistas, a taxa básica de juros brasileira deve chegar aos 12% ao ano em 2025 e impulsionar a rentabilidade dos títulos pós-fixados
A Selic está novamente em um ciclo de alta após dois anos. E, na visão do Itaú BBA, a taxa básica de juros brasileira deve chegar aos 12% ao ano ao longo do primeiro semestre de 2025.
Na visão dos analistas, esse cenário deve manter os títulos de renda fixa pós-fixados com "retornos elevados" no curto e médio prazo.
"Entretanto, com a perspectiva de queda nos juros a partir do segundo semestre de 2025, observamos oportunidades para alocações em títulos de prazos intermediários e longos", é o que diz o banco de investimentos na estratégia mensal de renda fixa para outubro divulgada nesta segunda-feira (7).
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Os escolhidos do Tesouro Direto
Considerando essa perspectiva, os analistas selecionaram quatro títulos do Tesouro Direto como os favoritos para o mês.
O primeiro é o Tesouro Selic 2027, que, como o próprio nome indica, tem a rentabilidade incrementada com o aperto na taxa básica brasileira. De acordo com o Itaú BBA, o ativo deve manter retornos elevados tanto em termos nominais quanto reais, ou seja, considerando o efeito da inflação.
Além disso, o título "cumpre as funções de prover liquidez à carteira, amortecer a volatilidade e continuar a rentabilizar o capital acima da taxa de inflação".
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O segundo favorito para outubro é o Tesouro Prefixado 2027. O racional por trás dessa aplicação está na previsão de queda da Selic ainda em 2025, o que deve tornar a taxa de negociação do título, de 12,4%, mais atrativa.
Os dois últimos top pick entre os títulos públicos estão atrelados à inflação. Os escolhidos são o Tesouro IPCA + 2029 e o Tesouro IPCA + 2045, pois os analistas continuam otimistas com o carrego de títulos atrelados a inflação com prazos mais logos.
"Embora seja esperada continuidade do cenário de taxa Selic elevada nos próximos trimestres, em horizontes mais longos o retorno de títulos pós-fixados deve convergir para o nível de equilíbrio ao redor de 5,0% a.a. acima da inflação, abaixo portanto dos níveis oferecidos nos títulos indexados à inflação", afirmam eles.
Renda fixa isenta de IR deve seguir atrativa
Além dos pós-fixados, os analistas também acreditam que, mesmo com o fechamento dos spreads de crédito, os ativos isentos de Imposto de Renda seguem "como uma alternativa atrativa para alocação."
Dentro da gama de títulos disponíveis, incluindo debêntures incentivadas, Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e do Agronegócio (CRAs), o Itaú BBA elegeu cinco top picks para o investidor em geral.
"Visamos selecionar opções de títulos de curto, médio e longo prazo, cujas devedoras apresentem um forte perfil de crédito e que apresentem uma boa relação de risco-retorno. Desta forma, o investidor
pode encontrar opções de títulos corporativos incentivados com ganho real que se adequem à sua necessidade e/ou estratégia", dizem os analistas.
Confira os títulos escolhidos:
| Código B3 | Devedor | Vencimento | Taxa (IPCA + %) |
| CRA022008SZ | Atacadão | 16/08/2027 | 6,8% |
| CRA02300W3Q | Atacadão | 15/01/2031 | 6,9% |
| CBAN72 | Rota das Bandeiras | 15/07/2034 | 7,0% |
| CRA0240066K | BRF | 15/07/2034 | 6,9% |
| TAEEC4 | Taesa | 15/07/2034 | 6,7% |
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