O Canadá fechou as fronteiras? As novas medidas que atingem em cheio quem quer estudar no país
O governo de Justin Trudeau anunciou nesta segunda-feira (22) regras que devem reduzir as autorizações de estudo em 35% neste ano em comparação com o ano passado; entenda
Por mais de uma década o Canadá foi conhecido como um país de portas abertas aos estrangeiros que pretendiam fazer as malas e tentar a vida por lá. O envelhecimento da população e a falta de mão de obra eram os principais motivos — mas não os únicos — para o governo dar as boas-vindas para os imigrantes. Agora, a história é outra.
Nesta segunda-feira (22), o governo de Justin Trudeau resolveu endurecer as medidas para a concessão de vistos, com foco em quem quer ir para o Canadá para estudar.
Em um primeiro momento, o Canadá vai colocar um limite de dois anos para autorizações para estudantes internacionais — as medidas devem também se estender para estudantes de pós-graduação e para vistos de trabalho.
Por que o Canadá resolver fechar (um pouco) as portas
Os limites tem razão de ser. O primeiro deles é o crescimento expressivo da população — e os efeitos desse aumento sobre a economia.
No terceiro trimestre do ano passado, a população canadense cresceu ao ritmo mais rápido em mais de seis décadas, com número de residentes não permanentes — na maioria estudantes — aumentando em 312.758.
Esse rápido crescimento populacional alimentado pela imigração colocou pressão sobre os serviços — como os cuidados de saúde e a educação — e ajudou a aumentar os custos de habitação.
Estas questões pesaram sobre o apoio do primeiro-ministro liberal, Justin Trudeau, com as pesquisas mostrando que ele perderia se uma eleição fosse feita hoje.
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Canadá fecha o cerco às universidades
Além das questões econômicas e dos efeitos políticos para Trudeau, o governo diz que o teto de autorizações também tem outro objetivo: conter supostos abusos cometidos pelas instituições de ensino no Canadá.
Segundo o ministro da Imigração, Marc Miller, outra razão para o limite é proteger os estudantes que frequentam faculdades, que muitas vezes são parcerias público-privadas, que prestam serviços inadequados a custos elevados.
"Algumas instituições privadas se aproveitaram dos estudantes estrangeiros, operando campi com poucos recursos, sem apoio aos estudantes e cobrando mensalidades elevadas, ao mesmo tempo que aumentaram significativamente a entrada de estudantes internacionais", disse Miller aos jornalistas.
“Este aumento também está pressionando o setor de habitação, os cuidados com a saúde e outros serviços”, acrescentou o ministro, lembrando que a menor entrada de estrangeiros no país ajudará a baixar o valor dos aluguéis.
Há quem condene o teto aos estrangeiros
Se, em um primeiro momento, as medidas podem ajudar a economia e o próprio Trudeau, elas também desagradaram.
A Aliança Canadense de Associações Estudantis (Casa), um grupo de defesa dos estudantes, criticou o limite anunciado pelo governo.
“O maior problema é que... foi anunciado um limite que é uma reação à crise imobiliária”, disse o diretor de advocacia da Casa, Mateusz Salmassi.
Segundo ele, esse problema poderia ser solucionado se os estudantes estrangeiros tivesse mais e o Canadá tivesse alojamentos para esses estudantes.
*Com informações da CNBC
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