Por que este gestor investe na mesma ação desde 2008, lucrou mais de 400% e ainda acredita na empresa
No novo episódio, o CEO da Finacap, Luiz Fernando Araujo, revela como aproveitou uma das maiores crises do mercado financeiro para encontrar barganhas na bolsa brasileira
O mercado financeiro é repleto de filosofias de investimento. Seja no day trade ou no value investing, no fim, todas elas buscam extrair valor — e para a Finacap não é diferente. Em uma das primeiras gestoras independentes do Brasil, responsável por um patrimônio de mais de R$ 1 bilhão, a estratégia para ganhar dinheiro com ações é baseada em encontrar barganhas na bolsa brasileira.
Não à toa, o CEO e gestor Luiz Fernando Araujo aproveitou um dos momentos mais conturbados da história do mercado financeiro para ir às compras. Foi no estouro da crise do Subprime, em 2008, que Araujo encontrou oportunidade para adquirir papéis a múltiplos muito baixos — como foi o caso da MRV (MRVE3).
“O ano de 2008 foi um dos melhores da minha vida, porque eu estava cheio de dinheiro quando teve a crise. Eu estava com o máximo regulatório de 31% em caixa, porque, em meio à euforia absurda, a bolsa estava muito cara e a gente não via oportunidade de alocar o dinheiro. Então veio a porrada do Subprime e foi uma festa”, contou o gestor, durante o episódio #82 do Market Makers.
“Desde o início, eu tinha a ideia de que o setor de construção tinha uma oportunidade, e eu não conseguia comprar porque era muito caro.”
Foi só quando as ações da MRV atingiram o fundo do poço, no fim de 2008, que a Finacap abocanhou os papéis da construtora e montou uma posição que carrega até hoje no portfólio.
Ou seja, considerando as mínimas das ações, quando foram negociadas a R$ 1,48 em novembro de 2008, a gestora de Araujo lucrou cerca de 429% com os papéis MRVE3 até os dias atuais — isso mesmo se considerada a desvalorização acumulada de 32% das ações em 2024.
Leia Também
Ultrapar (UGPA3) e Smart Fit (SMFT3) pagam juntas mais de R$ 1,5 bilhão em dividendos; confira as condições
RD Saúde (RADL3) anuncia R$ 275 milhões em proventos, mas ações caem na bolsa
Escute o bate-papo completo:
A aposta da Finacap nas ações da MRV (MRVE3)
Inclusive, a recente derrocada dos papéis não abala a visão de longo prazo da Finacap para as ações da MRV.
Para o CEO da Finacap, a aposta em MRVE3 é apoiada pela gestão e modelo de negócio da companhia — que é focado no segmento de baixa renda e com financiamento de poupança.
“A gente admira muito a gestão”, afirma Araujo. “A MRV tem um modelo de negócio que sempre funcionou muito bem, que ela financia o fluxo de caixa mais rápido e vende antes. Ela passa o risco para a Caixa Econômica antes da conclusão da obra, o que diminui muito o risco de cancelamento de vendas, que foi o grande problema da indústria lá atrás.
Apesar da visão positiva para o modelo de negócios, a Finacap vê um lado negativo da operação: quando a MRV vende e passa para o banco o risco, ela também trava o preço de venda do imóvel. Nos últimos anos, apesar do aumento do custo de construção civil, a construtora não pode mais reajustar aquela safra que ela já havia vendido.
Confira o podcast na íntegra. É só dar play aqui.
Essa empresa aérea quer que você pague mais de R$ 100 para usar o banheiro do avião
Latam cria regras para uso do banheiro dianteiro – a princípio, apenas passageiros das 3 primeiras fileiras terão acesso ao toalete
Ambipar (AMBP3): STJ suspende exigência de depósito milionário do Deutsche Bank
Corte superior aceitou substituir a transferência dos R$ 168 milhões por uma carta de fiança e congelou a ordem do TJ-RJ até a conclusão da arbitragem
Sinal verde: Conselho dos Correios dá aval a empréstimo de R$ 20 bilhões para reestruturar a estatal
Com aprovação, a companhia avança para fechar o financiamento bilionário com cinco bancos privados, em operação que ainda depende do Tesouro e promete aliviar o caixa e destravar a reestruturação da empresa
Oi (OIBR3) consegue desbloqueio de R$ 517 milhões após decisão judicial
Medida permite à operadora acessar recursos bloqueados em conta vinculada à Anatel, enquanto ações voltam a oscilar na bolsa após suspensão da falência
WEG (WEGE3) pagará R$ 1,9 bilhão em dividendos e JCP aos acionistas; veja datas e quem recebe
Proventos refletem o desempenho resiliente da companhia, que registrou lucro em alta mesmo em cenário global incerto
O recado da Petrobras (PETR4) para os acionistas: “Provavelmente não teremos dividendos extraordinários entre 2026 e 2030”
Segundo o diretor financeiro da companhia, Fernando Melgarejo, é preciso cumprir o pré-requisito de fluxo de caixa operacional robusto, capaz de deixar a dívida neutra, para a distribuição de proventos adicionais
A ação do Assaí virou um risco? ASAI3 cai mais de 6% com a chegada dos irmãos Muffato; saiba o que fazer com o papel agora
Na quinta-feira (27), companhia informou que fundos controlados pelos irmãos Muffato adquiriram uma posição acionária de 10,3%
Anvisa manda recolher lotes de sabão líquido famoso por contaminação; veja quais são e o que fazer
Medida da Anvisa vale para lotes específicos e inclui a suspensão de venda e uso; produto capilar de outra marca também é retirado do mercado
O “bom problema” de R$ 40 bilhões da Axia Energia (AXIA3) — e como isso pode chegar ao bolso dos acionistas
A Axia Energia quer usar parte de seus R$ 39,9 bilhões em reservas e se preparar para a nova tributação de dividendos; entenda
Petrobras (PETR3) cai na bolsa depois de divulgar novo plano para o futuro; o que abalou os investidores?
Novo plano da Petrobras reduz capex para US$ 109 bi, eleva previsão de produção e projeta dividendos de até US$ 50 bi — mas ações caem com frustração do mercado sobre cortes no curto prazo
Stranger Things vira máquina de consumo: o que o recorde de parcerias da Netflix no Brasil revela sobre marcas e comportamento do consumidor
Stranger Things da Netflix parece um evento global que revela como marcas disputam a atenção do consumidor; entenda
Ordinários sim, extraordinários não: Petrobras (PETR4) prevê dividendos de até US$ 50 bilhões e investimento de US$ 109 bilhões em 5 anos
A estatal destinou US$ 78 bilhões para Exploração e Produção (E&P), valor US$ 1 bilhão superior ao do plano vigente (2025-2029); o segmento é considerado crucial para a petroleira
Vale (VALE3) e Itaú (ITUB4) pagarão dividendos e JCP bilionários aos acionistas; confira prazos e quem pode receber
O banco pagará um total de R$ 23,4 bilhões em proventos aos acionistas; enquanto a mineradora distribui R$ 3,58 por ação
Embraer (EMBJ3) pede truco: brasileira diz que pode rever investimentos nos EUA se Trump não zerar tarifas
A companhia havia anunciado em outubro um investimento de R$ 376 milhões no Texas — montante que faz parte dos US$ 500 milhões previstos para os próximos cinco anos e revelados em setembro
A Rede D’Or (RDOR3) pode mais: Itaú BBA projeta potencial de valorização de mais de 20% para as ações
O preço-alvo passou de R$ 51 para R$ 58 ao final de 2026; saiba o que o banco vê no caminho da empresa do setor de saúde
Para virar a página e deixar escândalos para trás, Reag Investimentos muda de nome e de ticker na B3
A reestruturação busca afastar a imagem da marca, que é considerada uma das maiores gestoras do país, das polêmicas recentes e dos holofotes do mercado
BRB ganha novo presidente: Banco Central aprova Nelson Souza para o cargo; ações chegam a subir mais de 7%
O então presidente do banco, Paulo Henrique Costa, foi afastado pela Justiça Federal em meio a investigações da Operação Compliance Zero
Raízen (RAIZ4) perde grau de investimento e é rebaixada para Ba1 pela Moody’s — e mais cortes podem vir por aí
A agência de classificação de risco avaliou que o atual nível da dívida da Raízen impõe restrições significativas ao negócio e compromete a geração de caixa
Dividendos robustos e corte de custos: o futuro da Allos (ALOS3) na visão do BTG Pactual
Em relatório, o banco destacou que a companhia tem adotado cautela ao considerar novos investimentos, na busca por manter a alavancagem sob controle
Mercado torce o nariz para Casas Bahia (BHIA3): ações derretem mais de 20% com aumento de capital e reperfilamento de dívidas
Apesar da forte queda das ações – que aconteceu com os investidores de olho em uma diluição das posições –, os analistas consideraram os anúncios positivos
