Petrobras (PETR4) volta ao ranking das maiores pagadoras de dividendos do mundo — e outras cinco brasileiras estão na lista
Os dividendos globais atingiram um novo recorde no segundo trimestre de 2024, com pagamentos combinados de US$ 606,1 bilhões, segundo a Janus Henderson

Há quase um ano de fora no ranking de 20 maiores pagadoras de dividendos do planeta, a Petrobras (PETR4) enfim reconquistou seu lugar entre as gigantes “vacas leiteiras” globais.
Depois de agraciar os investidores com uma remuneração de US$ 4,1 bilhões — R$ 23,18 bilhões no câmbio atual —, a petroleira brasileira ocupou o 13º posto na lista das maiores pagadoras de proventos do segundo trimestre, de acordo com o relatório Global Dividend Index, da gestora Janus Henderson.
- Ação que se beneficia de alta da Selic, está barata e paga bons dividendos é recomendação de analistas para setembro; veja qual é
Em meio à remuneração farta aos acionistas, a estatal foi na contramão do desempenho geral do setor de energia, que teve queda de 2,2% no montante pago a acionistas.
A Petrobras inclusive deixou outras gigantes do petróleo comendo poeira no período — e foi a única petroleira a figurar entre o “top 20” maiores pagadoras de dividendos do mundo.
Vale destacar que a Petrobras não aparecia na lista desde o terceiro trimestre de 2023, quando ocupou a 19ª posição. Em 2022, a estatal chegou a ser a segunda maior pagadora mundial.
Além da Petrobras (PETR4), quem mais paga dividendos no Brasil?
A Petrobras (PETR4) não foi a única empresa brasileira a conquistar os holofotes quando o assunto é dividendos. Na realidade, cinco outras companhias também atraíram as atenções da Janus Henderson por suas remunerações polpudas.
Leia Também
No total, os acionistas destas seis empresas viram US$ 5,6 bilhões — equivalente a R$ 31,66 bilhões, no câmbio de hoje — pingarem na conta no segundo trimestre de 2024.
O Banco do Brasil (BBAS3) recebeu a medalha de prata no ranking dos maiores pagadores de proventos do Brasil, com US$ 274 milhões.
Veja a lista completa:
Maiores pagadoras de dividendos 2T24 | Valor (US$) | Ranking 2T23 |
---|---|---|
Petrobras (PETR4) | US$ 4.177 bilhões | Petrobras (US$ 3.402 bilhões) |
Banco do Brasil (BBAS3) | US$ 692 milhões | Banco do Brasil (US$ 274 milhões) |
Telefónica Brasil (VIVT3) | US$ 429 milhões | B3 (US$ 113 milhões) |
Eletrobras (ELET3) | US$ 158 milhões | Eletrobras (US$ 89 milhões) |
B3 (B3SA3) | US$ 133 milhões | Bradesco (US$ 51 milhões) |
Banco Bradesco (BBDC4) | US$ 54 milhões | — |
Dividendos globais em alta
Para além das empresas brasileiras, os dividendos globais atingiram um novo recorde no segundo trimestre de 2024, com pagamentos combinados de US$ 606,1 bilhões (R$ 3,42 trilhões), segundo a Janus Henderson. A cifra corresponde a um aumento de 8,2% em relação a igual intervalo do ano passado.
Globalmente, cerca de 92% das empresas analisadas aumentaram os dividendos ou os mantiveram estáveis. Vale destacar que o relatório considera os resultados de 1,2 mil companhias de todo o mundo.
O desempenho das remunerações a investidores foi impulsionado pelos pagamentos da Meta — dona do Facebook, Instagram e WhatsApp — e da Alphabet — controladora do Google —, além dos proventos recordes de US$ 204,6 bilhões das empresas europeias.
- Veja também: 5 ações para buscar dividendos recorrentes na sua conta; baixe o relatório gratuito e entrevista completa sobre o setor
De acordo com a gestora, esses resultados “compensaram a queda nos rendimentos no Japão por conta do enfraquecimento do iene”.
Nos EUA, os dividendos aumentaram 8,6%: dois quintos desse crescimento foram devidos ao fato de a Meta e a Alphabet terem pago seus primeiros dividendos.
O setor de bancos global também teve desempenho forte entre abril e junho e dividendos sólidos na maioria das partes do mundo, com crescimento de 9,3% no comparativo com o mesmo intervalo de 2023.
Diante do novo pico de proventos do 2T24, a Janus Henderson elevou a previsão para o pagamento total de dividendos de 2024. Agora, a gestora prevê a distribuição recorde de US$ 1,74 trilhão, aumento de 6,4% em comparação com 2023.
“Tínhamos expectativas otimistas para o segundo trimestre e o quadro foi ainda mais brilhante do que prevíamos, graças à força da Europa, dos EUA, do Canadá e do Japão. Em todo o mundo, as economias, de modo geral, suportaram bem o ônus das taxas de juros mais altas”, afirmou Jane Shoemake, gerente de portfólio de clientes do time de global equity income da Janus Henderson.
Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) têm fôlego para pagar bons dividendos, mas só uma delas oferece perspectiva de ganho de capital, diz analista da Empiricus
No podcast Touros e Ursos desta semana, Ruy Hungria fala sobre impacto do tarifaço de Donald Trump no lucro de duas das maiores empresas do Ibovespa e diz o que o investidor deve esperar dos proventos
Gafisa (GFSA3) recebe luz verde para grupamento de 20 por 1 e ação dispara mais de 10% na bolsa
Na ocasião em que apresentou a proposta, a construtora informou que a operação tinha o intuito de evitar maior volatilidade e se antecipar a eventuais cenários de desenquadramento na B3
Petrobras (PETR4) opera em queda, mas nem tudo está perdido: chance de dividendo bilionário segue sobre a mesa
A estatal divulgou na noite de terça-feira (29) os dados de produção e vendas do período de janeiro e março, que foram bem avaliados pelos bancos, mas não sobrevive às perdas do petróleo no mercado internacional; saiba o que está por vir com relação ao balanço
Santander (SANB11) divulga lucro de R$ 3,9 bi no primeiro trimestre; o que o CEO e o mercado têm a dizer sobre esse resultado?
Lucro líquido veio em linha com o esperado por Citi e Goldman Sachs e um pouco acima da expectativa do JP Morgan; ações abriram em queda, mas depois viraram
Fundos imobiliários: ALZR11 anuncia desdobramento de cotas e RBVA11 faz leilão de sobras; veja as regras de cada evento
Alianza Trust Renda Imobiliária (ALZR11) desdobrará cotas na proporção de 1 para 10; leilão de sobras do Rio Bravo Renda Educacional (RBVA11) ocorre nesta quarta (30)
Alguém está errado: Ibovespa chega embalado ao último pregão de abril, mas hoje briga com agenda cheia em véspera de feriado
Investidores repercutem Petrobras, Santander, Weg, IBGE, Caged, PIB preliminar dos EUA e inflação de gastos com consumo dos norte-americanos
CPFL (CPFE3), Taesa (TAEE11), Embraer (EMBR3) e SLC Agrícola (SLCE3) vão distribuir quase R$ 4 bilhões em dividendos
A maior fatia é da CPFL, que pagará R$ 3,2 bilhões em proventos adicionais ainda sem data definida para pingar na conta dos acionistas
Petrobras (PETR4): produção de petróleo fica estável em trimestre marcado pela queda de preços
A produção de petróleo da estatal foi de 2,214 milhões de barris por dia (bpd) entre janeiro e março, 0,1% menor do que no mesmo período do ano anterior, mas 5,5% maior na comparação trimestral
Azul (AZUL4) volta a tombar na bolsa; afinal, o que está acontecendo com a companhia aérea?
Empresa enfrenta situação crítica desde a pandemia, e resultado do follow-on, anunciado na semana passada, veio bem abaixo do esperado pelo mercado
Prio (PRIO3): banco reitera recomendação de compra e eleva preço-alvo; ações chegam a subir 6% na bolsa
Citi atualizou preço-alvo com base nos resultados projetados para o primeiro trimestre; BTG também vê ação com bons olhos
Gerdau (GGBR4) e Metalúrgica Gerdau (GOAU4) anunciam R$ 322 milhões em dividendos
Distribuição contempla ações ordinárias e ADRs; confira os detalhes
Bolsa de Metais de Londres estuda ter preços mais altos para diferenciar commodities sustentáveis
Proposta de criar prêmios de preço para metais verdes como alumínio, cobre, níquel e zinco visa incentivar práticas responsáveis e preparar o mercado para novas demandas ambientais
Tupy (TUPY3): Com 95% dos votos a distância, minoritários devem emplacar Mauro Cunha no conselho
Acionistas se movimentam para indicar Cunha ao conselho da Tupy após polêmica troca do CEO da metalúrgica
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Yudqs (YDUQ3) e Cogna (COGN3) vão distribuir R$ 270 milhões em dividendos; veja quem mais paga
A maior fatia dos proventos é da Yudqs, que pagará R$ 150 milhões em proventos adicionais no dia 8 de maio
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Nova temporada de balanços vem aí; saiba o que esperar do resultado dos bancos
Quem abre as divulgações é o Santander Brasil (SANB11), nesta quarta-feira (30); analistas esperam desaceleração nos resultados ante o quarto trimestre de 2024, com impactos de um trimestre sazonalmente mais fraco e de uma nova regulamentação contábil do Banco Central
Prio (PRIO3): Conheça a ação com rendimento mais atrativo no setor de petróleo, segundo o Bradesco BBI
Destaque da Prio foi mantido pelo banco apesar da revisão para baixo do preço-alvo das ações da petroleira.
Negociação grupada: Automob (AMOB3) aprova grupamento de ações na proporção 50:1
Com a mudança na negociação de seus papéis, Automob busca reduzir a volatilidade de suas ações negociadas na Bolsa brasileira
Evasão estrangeira: Fluxo de capital externo para B3 reverte após tarifaço e já é negativo no ano
Conforme dados da B3, fluxo de capital externo no mercado brasileiro está negativo em R$ 242,979 milhões no ano.