O pior ficou para trás? Lucro da Localiza (RENT3) sobe 22,2% no 3T24 e vai a R$ 812 milhões — aumento de preços e recuperação de seminovos ajudam
O desempenho positivo deste trimestre é reflexo da precificação e da melhoria operacional da locadora de automóveis nos últimos três anos
Depois de frustrar os investidores na última safra de resultados corporativos, a Localiza (RENT3) parece ter deixado o pior para trás e encontra-se pronta para voltar aos trilhos.
A locadora de automóveis registrou lucro líquido de R$ 812,1 milhões no terceiro trimestre de 2024. A cifra corresponde a uma melhora de 22,2% em comparação ao mesmo período do ano passado.
- Vai ter rali de fim de ano na bolsa? “com certeza”, aponta analista da Empiricus. Veja as 10 ações mais promissoras para investir
Segundo a empresa, o desempenho positivo deste trimestre é reflexo da precificação e da melhoria operacional nos últimos três anos. Ao longo do terceiro trimestre, a companhia realizou aumentos de tarifas em todas as divisões.
Mas a lucratividade não foi o único destaque do balanço. A principal vilã do último balanço da Localiza parece enfim estar pronta para sair de cena, com a depreciação finalmente chegando a um ponto de normalização.
É preciso lembrar que o resultado do segundo trimestre da empresa veio mais limpo após o impairment bilionário e inesperado no período em meio à forte queda de preços dos carros usados.
Outros destaques da Localiza (RENT3) no 3T24
A receita líquida da Localiza (RENT3) chegou a R$ 9,7 bilhões entre julho e setembro deste ano, crescimento de 32,3% na comparação anual, ajudado pela maior sazonalidade do período e pelos aumentos de preços de tarifas.
Leia Também
Confira a receita líquida por segmento:
- Aluguel de carros: R$ 2,44 bilhões (+18,7% a/a)
- Gestão de frotas: R$ 2,14 bilhões (+23,9% a/a)
- Seminovos: R$ 5,07 bilhões (+43,7% a/a)
Por sua vez, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), indicador usado para mensurar a capacidade de geração de caixa de uma empresa, subiu 24,1% em relação ao terceiro trimestre de 2023, a R$ 3,32 bilhões.
O segmento de aluguel de carros (RAC) foi impulsionado pela gestão eficiente de preços e mix de produtos, resultando em um crescimento da diária média do trimestre.
A vilã saiu de cena?
Fonte de preocupação no último balanço, a divisão de seminovos mostrou forte alívio no 3T24, com aceleração dos volumes de compra e vendas de veículos, à medida que a empresa intensificou os esforços de renovação da frota.
De acordo com a empresa, no terceiro trimestre, os preços dos carros seminovos se acomodaram dentro do padrão histórico pré-pandemia, impulsionados pela retomada das vendas dos carros zero km em meio à melhora gradual no poder de compra do consumidor.
No segundo trimestre, a Localiza reduziu a vida útil depreciável dos carros de 18 para 15 meses como parte da estratégia de longo prazo para reduzir a depreciação dos veículos.
Segundo a Localiza, o rejuvenescimento gradual da frota deve continuar a contribuir para a melhora na qualidade dos carros vendidos e mix de canal de vendas.
O maior volume de concessão de crédito e o apetite dos brasileiros por carros também contribuíram para a melhoria no mercado de seminovos, com redução na depreciação.
No entanto, a locadora de automóveis manteve inalteradas as projeções (guidance) de depreciação para os próximos trimestres.
- GRÁTIS: Reportagens, análises e tudo o que você precisa saber sobre esta temporada de balanços para investir melhor; cadastre-se gratuitamente para acessar
Foco em rentabilidade
Outro destaque do balanço foi o avanço da estratégia de recomposição da rentabilidade da locadora, que já deu sinais de evolução, com melhora nos níveis de ROIC (retorno sobre o capital investido, na sigla em inglês) entre julho e setembro.
O ROIC spread — diferença entre o retorno sobre o capital investido e o custo da dívida — anualizado chegou a 5,5 pontos percentuais (p.p) nos últimos três meses. Apesar do avanço, o número continuou abaixo dos patamares históricos, de 13 p.p positivos.
“Seguimos o processo de recomposição de preços, otimização de custos, melhora de produtividade, além da disciplina na alocação do capital marginal de forma a retomarmos o patamar alvo de ROIC spread”, escreveu a empresa, no balanço.
Enquanto isso, a alavancagem da companhia, medida pela relação entre dívida líquida e o Ebitda dos últimos 12 meses, recuou 0,2 ponto percentual, para 2,57 vezes.
A Localiza afirmou que vem aproveitando as oportunidades do mercado de dívida ao longo deste ano para redução de custo e alongamento dos prazos de dívida.
Entre dividendos e JCP: Suzano (SUZB3), Isa (ISAE4), Porto Seguro (PSSA3) e Marcopolo (POMO4) anunciam pacote bilionário aos acionistas
Dividendos, JCP e bonificações movimentam quase R$ 4 bilhões em operações aprovadas na última sexta-feira antes do Natal
‘Socorro’ de R$ 10 bilhões à Raízen (RAIZ4) está na mesa da Cosan (CSAN3) e da Shell, segundo agência
Estresse no mercado de crédito pressiona a Raízen, que avalia aporte bilionário, desinvestimentos e uma reestruturação financeira com apoio dos controladores
WEG (WEGE3) abre o cofre e paga R$ 5,2 bilhões em dividendos
Os proventos autorizados nesta sexta-feira (19) serão divididos em três parcelas anuais de R$ 1,732 bilhão cada; confira os detalhes
Embraer (EMBJ3) testa protótipo de “carro voador” elétrico e inicia fase de certificação; ações chegam a subir 3%
Aeronave eVTOL da Eve Air Mobility inicia campanha de certificação com quase 3 mil encomendas; ações da Embraer avançam após voo inaugural
Raízen (RAIZ4) acelera desinvestimentos e vende carteira de comercialização de energia para Tria Energia, da Patria Investimentos
O negócio envolve o portfólio de contratos de trading de energia mantido pela Raízen no mercado livre; entenda
Mais um presente aos acionistas: Axia Energia (AXIA6) vai distribuir R$ 30 bilhões em bonificação com nova classe de ações
A distribuição ocorrerá com a criação de uma nova classe de ações preferenciais, a classe C (PNC). Os papéis serão entregues a todos os acionistas da Axia, na proporção de sua participação no capital social
Do campo de batalha ao chão da sala: a empresa de robôs militares que virou aspirador de pó — e acabou pedindo falência
Criadora dos robôs Roomba entra em recuperação judicial e será comprada por sua principal fabricante após anos de prejuízos
É para esvaziar o carrinho: o que levou o JP Morgan rebaixar o Grupo Mateus (GMAT3); ações caem mais de 2%
Embora haja potencial para melhorias operacionais, o banco alerta que o ruído de governança deve manter a ação da varejista fora do radar de muitos investidores
Sabesp (SBSP3), C&A (CEAB3), Hypera (HYPE3), Sanepar (SAPR11), Alupar (ALUP11), Ourofino (OFSA3) e outras 3 empresas anunciam R$ 2,5 bilhões em dividendos e JCP
Quem lidera a distribuição polpuda é a Sabesp, com R$ 1,79 bilhão em JCP; veja todos os prazos e condições para receber os proventos
Com dívidas bilionárias, Tesouro entra como ‘fiador’ e libera empréstimo de até R$ 12 bilhões aos Correios
Operação terá juros de 115% do CDI, carência de três anos e prazo de 15 anos; uso dos recursos será limitado em 2025 e depende de plano de reequilíbrio aprovado pelo governo
Banco Inter (INBR32) vai a mercado e reforça capital com letras financeiras de R$ 500 milhões
A emissão das “debêntures dos bancos” foi feita por meio de letras financeiras Tier I e Tier II e deve elevar o índice de Basileia do Inter; entenda como funciona a operação
Sob ameaça de banimento, TikTok é vendido nos EUA em um acordo cheio de pontos de interrogação
Após anos de pressão política, TikTok redefine controle nos EUA, com a Oracle entre os principais investidores e incertezas sobre a separação da ByteDance
O “presente de Natal” do Itaú (ITUB4): banco distribui ações aos investidores e garante dividendos turbinados
Enquanto os dividendos extraordinários não chegam, o Itaú reforçou a remuneração recorrente dos investidores com a operação; entenda
Petrobras (PETR4) e Braskem (BRKM5) fecham contratos de longo prazo de quase US$ 18 bilhões
Os contratos são de fornecimento de diferentes matérias primas para várias plantas da Braskem pelo país, como nafta, etano, propano e hidrogênio
Bradesco (BBDC4), Cemig (CMIG4), PetroRecôncavo (RECV3), Cogna (COGN3) e Tenda (TEND3) pagam R$ 5 bilhões em proventos; Itaú (ITUB4) anuncia bônus em ações
A maior fatia dessa distribuição farta ficou com o Bradesco, com R$ 3,9 bilhões, enquanto o Itaú bonifica acionistas em 3%; confira todos os prazos e condições para receber
CVM reabre caso da Alliança e mira fundo de Nelson Tanure e gestora ligada ao Banco Master 2 anos depois de OPA
O processo sancionador foi aberto mais de dois anos após a OPA que consolidou o controle da antiga Alliar, na esteira de uma longa investigação pela autarquia; entenda
Dona do Google recebe uma forcinha de Zuckerberg na ofensiva para destronar a Nvidia no mercado de IA
Com o TorchTPU, a Alphabet tenta remover barreiras técnicas e ampliar a adoção de suas TPUs em um setor dominado pela gigante dos chips
Casas Bahia (BHIA3) aprova plano que estica dívidas até 2050 e flexibiliza aumento de capital; ações sobem mais de 2%
Plano aprovado por acionistas e credores empurra vencimentos, reduz pressão de caixa e amplia a autonomia do conselho
Brava Energia (BRAV3) salta mais de 10% após rumores de venda de poços e com previsão de aumento nos investimentos em 2026
Apesar de a empresa ter negado a venda de ativos para a Eneva (ENEV3), o BTG Pactual avalia que ainda há espaço para movimentações no portfólio
Agora é lei: cardápios de papel serão obrigatórios em bares e restaurantes de São Paulo, dando adeus à hegemonia dos ‘QR Codes’
Cardápios digitais, popularizados durante a pandemia, permaneceram quase que de forma exclusiva em muitos estabelecimentos – mas realidade pode mudar com projeto de lei aprovado pela Alesp
