Não está fácil para a Kora Saúde (KRSA3): empresa anuncia reperfilamento de dívidas e convoca assembleia para debenturistas
Se você é titular de debêntures (títulos de dívida) emitidos pela Kora Saúde (KRSA3), fique ligado: companhia convocou assembleia geral para negociação de dívidas

Um mês depois de anunciar o grupamento de suas ações depois que elas alcançaram a casa dos centavos, a Kora Saúde (KRSA3) voltou com mais uma notícia amarga para os investidores nesta quinta-feira (10). A rede hospitalar informou que pretende fazer o reperfilamento de suas dívidas.
A Kora enfrenta um cenário complicado: a companhia conta com uma dívida líquida de R$ 2,146 bilhões de acordo com seu último balanço divulgado em junho.
Enquanto isso, o Ebitda — sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização — nos últimos 12 meses foi da ordem de R$ 510 milhões.
Nesse cenário, a companhia anunciou o plano de renegociar os termos e condições de sua dívida, visando equalizar a estrutura de capital e fortalecer a liquidez.
A situação adversa não é de hoje: a Kora foi uma das empresas impactadas pela crise financeira dos planos de saúde após a pandemia de covid-19 e também pela alta de juros no Brasil.
Leia Também
Para se ter uma ideia, desde o IPO da companhia, em 2021, o ticker KRSA3 despencou mais de 90%. Só este ano, os papéis acumulam queda de mais de 60% e se tornaram “penny stocks”, ações que custam abaixo de R$ 1 e que inclusive motivaram o grupamento. O valor de mercado da companhia hoje é a da ordem de R$ 380 milhões.
Recentemente, o controlador tentou até lançar uma proposta para tirar a empresa do Novo Mercado, o segmento de listagem das empresas com práticas mais rigorosas de governança corporativa da B3, e cogitou fechar seu capital este ano — decisões que foram rejeitadas pelos acionistas minoritários.
Agora, como parte do processo de reperfilamento, a companhia convocou assembleias gerais para debenturistas, isto é, titulares de debêntures (títulos de dívida) emitidos pela Kora Saúde. Confira mais detalhes:
Assembleias para debenturistas da Kora Saúde: veja onde e quando acontecem
As assembleias abrangem duas emissões de debêntures: uma de R$ 400 milhões, emitido pela própria Kora Saúde, e a outra de R$ 715 milhões, emitido por sua subsidiária integral, o Hospital Anchieta.
Nelas, os debenturistas vão deliberar sobre alterações em condições das dívidas, incluindo datas de pagamento da remuneração e de amortização, eventos de vencimento antecipado, dentre outros.
A primeira Assembleia Geral está agendada para 31 de outubro, às 9h (horário de Brasília), pelo Zoom. Segundo a companhia, os convites individuais de acesso serão enviados aos debenturistas habilitados. Saiba mais no Edital de Convocação aqui.
O que é o reperfilamento de dívidas?
“Devo não nego, pago quando puder”. O reperfilamento de dívidas é uma estratégia que envolve a renegociação de termos e condições de uma dívida já existente, com o objetivo de torná-la mais administrável ao devedor e evitar inadimplências.
Algumas medidas utilizadas nesse processo são, por exemplo:
- Estender o prazo de pagamento (aumentando o tempo para quitar a dívida).
- Reduzir as parcelas ao renegociar as condições de amortização.
- Negociar taxas de juros menores ou fixas em vez de variáveis.
- Obter waivers (perdão ou flexibilização temporária de cláusulas contratuais).
A Kora Saúde (KRSA3) informou que seu reperfilamento envolverá o refinanciamento e a repactuação de determinados termos de suas dívidas, com a eventual emissão de valores mobiliários e soluções de liquidez adicional.
Porém, o reperfilamento também depende da obtenção de waivers pelos credores, segundo informado pela companhia.
Cade aceita participação da Petrobras (PETR4) em negociações de ações da Braskem (BRKM5), diz jornal
De acordo com jornal Valor Econômico, a estatal justificou sua intervenção ao alegar que não foi notificada da intenção de venda
Petrobras (PETR4) joga balde de água fria em parceria com a Raízen (RAIZ4)
Em documento enviado à CVM, a estatal nega interesse em acordo com a controlada da Cosan, como indicou o jornal O Globo no último sábado (16)
David Vélez, CEO do Nubank (ROXO34), vende US$ 435,6 milhões em ações após resultados do 2T25; entenda o que está por trás do movimento
A liquidação das 33 milhões de ações aconteceu na última sexta-feira (15), segundo documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA
Lucro da XP (XPBR31) sobe a R$ 1,3 bilhão no 2T25, mas captação líquida despenca 70% em um ano
A XP teve um lucro líquido de R$ 1,32 bilhão no segundo trimestre de 2025, um crescimento de 18% na base anual; veja os destaques do resultado
Copel (CPLE6) marca assembleia sobre migração para o Novo Mercado; confira a data
Além da deliberação sobre o processo de mudança para o novo segmento da bolsa brasileira, a companhia também debaterá a unificação das ações
Banco Central aciona alerta de segurança contra possível ataque envolvendo criptoativos
Movimentações suspeitas com USDT no domingo gerou preocupações no BC, que orientou empresas de pagamento a reforçarem a segurança
Credores da Zamp (ZAMP3) dão luz verde para a OPA que vai tirar a dona do Burger King da bolsa
A oferta pública de aquisição de ações ainda precisa da adesão de dois terços dos acionistas minoritários
Raízen (RAIZ4) dispara 10% após notícias de possível retorno da Petrobras (PETR4) ao mercado de etanol
Segundo O Globo, entre as possibilidade estão a separação de ativos, acordos específicos de gestão ou a compra de ativos isolados
Com salto de 46% no lucro do segundo trimestre, JHSF (JHSF3) quer expandir aeroporto executivo; ações sobem na B3
A construtora confirmou que o novo projeto foi motivado pelos bons resultados obtidos entre abril e junho deste ano
Prio (PRIO3) anuncia paralisação de plataforma no campo de Peregrino pela ANP; entenda os impactos para a petroleira
A petroleira informou que os trabalhos para os ajustes solicitados levarão de três a seis semanas para serem cumpridos
Hora de dar tchau: GPA (PCAR3) anuncia saída de membros do conselho fiscal em meio a incertezas na liderança
Saídas de membros do conselho e de diretor de negócios levantam questões sobre a direção estratégica do grupo de varejo
Entre flashes e dívidas, Kodak reaparece na moda analógica mas corre o risco de ser cortada do mercado
Empresa que imortalizou o “momento Kodak” enfrenta nova crise de sobrevivência
Presidente do Banco do Brasil (BBAS3) corre risco de demissão após queda de 60% do lucro no 2T25? Lula tem outro culpado em mente
Queda de 60% no resultado do BB gera debate, mas presidente Tarciana Medeiros tem respaldo de Lula e minimiza pressão por seu cargo
Compra do Banco Master pelo BRB vai sair? Site diz que Banco Central deve liberar a operação nos próximos dias
Acordo de R$ 2 bilhões entre bancos avança no BC, mas denúncias de calote e entraves judiciais ameaçam a negociação
Petrobras (PETR4) avalia investimento na Raízen (RAIZ4) e estuda retorno ao mercado de etanol, diz jornal
Estatal avalia compra de ativos ou parceria com a joint venture da Cosan e Shell; decisão final deve sair ainda este ano
Dividendos e JCP: Vulcabras (VULC3) vai distribuir R$ 400 milhões em proventos; confira os prazos
A empresa de calçados vai distribuir proventos aos acionistas na forma de dividendos, com pagamento programado somente para este ano
Gol (GOLL54) segue de olho em fusão com a Azul (AZUL4), mas há condições para conversa entre as aéreas
A sinalização veio após a Gol divulgar resultados do segundo trimestre — o primeiro após o Chapter 11 — em que registrou um prejuízo líquido de R$ 1,532 bilhão
Méliuz (CASH3) estreia nos EUA para reforçar aposta em bitcoin (BTC); veja o que muda para os investidores
A nova listagem estreia no índice OTCQX, sob o ticker MLIZY, com o JP Morgan como banco depositário responsável pelos recibos nos EUA
Cosan (CSAN3): disparada de prejuízos, aumento de dívidas e… valorização das ações? Entenda o que anima o mercado
Apesar do prejuízo líquido de R$ 946 milhões, analistas veem fundamentos sólidos em subsidiárias importantes do grupo
Ainda é melhor que o Itaú? CFO do Banco do Brasil (BBAS3) volta a responder após lucro muito abaixo do concorrente no 2T25
Mesmo após dois balanços fracos, com tombo no lucro e ROE no menor patamar desde 2000, Geovanne Tobias mantém a confiança — e vê oportunidade para investidores