Lojas Marisa (AMAR3) aprova aumento de capital de até R$ 750 milhões e novas ações terão desconto de quase 20%
De acordo com a empresa, os acionistas controladores já se comprometeram a investir pelo menos R$ 290 milhões no aumento de capital
A Lojas Marisa (AMAR3) anunciou na noite da última segunda-feira (10) que o Conselho de Administração da empresa aprovou o aumento de capital da varejista.
Além da emissão de novas ações, os investidores ainda têm a chance de receber um bônus de subscrição na operação, de acordo com o comunicado enviado à CVM.
Com isso, a companhia pretende fazer a emissão de cerca de até 535.714 novas ações, o que representa um aumento da ordem de R$ 750 milhões no capital da Marisa.
O valor mínimo da operação é de R$ 590 milhões, com a emissão de aproximadamente 421.428 novos papéis.
De acordo com a Marisa, os acionistas controladores já se comprometeram a investir pelo menos R$ 290 milhões no aumento de capital.
Mas vale destacar que houve um significativo desconto no preço de emissão. As novas ações sairão a R$ 1,40, o que representa uma depreciação de 18,6% em relação às cotações de fechamento da última sexta-feira (7).
Leia Também
“A aplicação do deságio foi definida pela administração da Companhia após recomendações dos seus assessores financeiros e em linha com as práticas usuais de mercado”, explica a empresa.
Ainda segundo a Marisa, a empresa deve usar os recursos levantados na operação para cumprir com o plano de recuperação da geração de caixa e rentabilidade da companhia, além de reduzir os índices de alavancagem e reforçar o capital de giro.
Os investidores, contudo, não gostaram da notícia. Por volta das 10h40, as ações AMAR3 caíam 7,32%, cotadas a R$ 1,52. Ao longo do dia, as perdas foram reduzidas e os papéis da varejista fecharam o pregão com baixa de 5,49%, a R$ 1,55.
- 3R Petroleum (RRRP3) é substituída por outra petroleira júnior em carteira recomendada da Empiricus Research; descubra gratuitamente quem foi a “substituta”
Aumento de capital da Marisa: próximos passos
Os acionistas que tiverem posições na empresa até a próxima quinta-feira (13) poderão exercer direito de preferência. A partir daí, os investidores terão entre sexta-feira (14) e 15 de julho para poder requisitar novas ações.
Cada investidor poderá subscrever uma quantidade de novas ações que represente até 781,75% sobre as ações de que forem titulares até a data limite de 15 de julho.
Além do desconto na compra de ações, a empresa colocou mais uma vantagem para os investidores. Segundo o comunicado, os acionistas receberão dois bônus de subscrição para cada 10 ações que comprarem na transação. Cada bônus dá direito a uma nova ação, segundo a varejista.
Por fim, após a operação, a Marisa passará de um capital de R$ 1,721 bilhão para algo entre R$ 2,311 bilhões e R$ 2,471 bilhões, a depender da oferta.
Quem irá auxiliar a Marisa nesse aumento de capital será o banco BTG Pactual.
Diluição dos acionistas da Marisa
É preciso dizer ainda que a empresa afirma que o aumento de capital não acarretará em diluição dos acionistas que exercerem a integralidade de seus respectivos direitos de preferência.
Porém, aqueles que não exercerem a preferência poderão ser diluídos em aproximadamente 88,65% — caso o aumento de capital atinja seu valor máximo.
Se for exercida a totalidade dos bônus, essa diluição pode aumentar para 90,36%.
No caso do valor mínimo do aumento de capital, essa diluição pode variar de 86% até 88,06%, respectivamente.
Já o balanço…
É preciso dizer ainda que a varejista adiou a publicação dos dados do período em meio à reestruturação dos negócios.
O balanço da empresa estava marcado para o dia 1º de abril, mas foi adiado com a previsão inicial de 27 de março deste ano.
Segundo o portal oficial de relações com investidores da Marisa, os dados do primeiro trimestre de 2024 ainda não foram publicados.
Mas os dados mais recentes do terceiro trimestre de 2023 já não eram bons sinais. A Marisa registrou prejuízo líquido de R$ 196,4 milhões no período, resultado 92,45% pior que o registrado em igual intervalo do ano passado.
Orizon (ORVR3) compra Vital e cria negócio de R$ 3 bilhões em receita: o que está por trás da operação e como fica o acionista
Negócio amplia a escala da companhia, muda a composição acionária e não garante direito de recesso a acionistas dissidentes
Maior rede de hospitais privados pagará R$ 8,12 bilhões em proventos; hora de investir na Rede D’Or (RDOR3)?
Para analista, a Rede D’Or é um dos grandes destaques da “mini temporada de dividendos extraordinários”
Fim da especulação: Brava Energia (BRAV3) e Eneva (ENEV3) negam rumores sobre negociação de ativos
Após rumores de venda de ativos de E&P avaliados em US$ 450 milhões, companhias desmentem qualquer transação em curso
Virada à vista na Oncoclínicas (ONCO3): acionistas querem mudanças no conselho em meio à crise
Após pedido da Latache, Oncoclínicas convoca assembleia que pode destituir todo o conselho. Veja a proposta dos acionistas
Bancos pagam 45% de imposto no Brasil? Não exatamente. Por que os gigantes do setor gastam menos com tributos na prática
Apesar da carga nominal elevada, as instituições financeiras conseguem reduzir o imposto pago; conheça os mecanismos por trás da alíquota efetiva menor
Mais de R$ 4 bilhões em dividendos e JCP: Tim (TIMS3), Vivo (VIVT3) e Allos (ALOS3) anunciam proventos; veja quem mais paga
Desse total, a Tim é a que fica com a maior parte da distribuição aos acionistas: R$ 2,2 bilhões; confira cronogramas e datas de corte
Vale (VALE3) mais: Morgan Stanley melhora recomendação das ações de olho nos dividendos
O banco norte-americano elevou a recomendação da mineradora para compra, fixou preço-alvo em US$ 15 para os ADRs e aposta em expansão do cobre e fluxo de caixa robusto
Não é por falta de vontade: por que os gringos não colocam a mão no fogo pelo varejo brasileiro — e por quais ações isso vale a pena?
Segundo um relatório do BTG Pactual, os investidores europeus estão de olho nas ações do varejo brasileiro, mas ainda não estão confiantes. Meli, Lojas Renner e outras se destacam positivamente
Pequenos negócios têm acesso a crédito verde com juros reduzidos; entenda como funciona
A plataforma Empreender Clima, lançada pelo Governo Federal durante a COP30, oferece acesso a financiamentos com juros que variam de 4,4% a 10,4% ao ano
Antes ‘dadas como mortas’, lojas físicas voltam a ser trunfo valioso no varejo — e não é só o Magazine Luiza (MGLU3) que aposta nisso
Com foco em experiência, integração com o digital e retorno sobre capital, o Magalu e outras varejistas vêm evoluindo o conceito e papel das lojas físicas para aumentar produtividade, fidelização e eficiência
Petrobras (PETR4): com novo ciclo de investimentos, dividendos devem viver montanha-russa, segundo Itaú BBA e XP
O novo ciclo de investimentos da Petrobras (PETR4) tende a reduzir a distribuição de proventos no curto prazo, mas cria as bases para dividendos mais robustos no médio prazo, disseram analistas. A principal variável de risco segue sendo o preço do petróleo, além de eventuais pressões de custos e riscos operacionais. Na visão do Itaú […]
Depois de despencarem quase 12% nesta terça, ações da Azul (AZUL4) buscam recuperação com otimismo do CEO
John Rodgerson garante fluxo de caixa positivo em 2026 e 2027, enquanto reestruturação reduz dívidas em US$ 2,6 bilhões
Ozempic genérico vem aí? STJ veta prorrogação de patente e caneta emagrecedora mais em conta deve chegar às farmácias em 2026
Decisão do STJ mantém vencimento da patente da semaglutida em março de 2026 e abre espaço para a chegada de versões genéricas mais baratas do Ozempic no Brasil
Por que tantas empresas estão pagando dividendos agora — e por que isso pode gerar uma conta alta para o investidor no futuro
A antecipação de dividendos tomou a B3 após o avanço da tributação a partir de 2026, mas essa festa de proventos pode esconder riscos para o investidor
Cosan (CSAN3) vende fatia da Rumo (RAIL3) e reforça caixa após prejuízo bilionário; ações caem forte na B3
A holding reduziu participação na Rumo para reforçar liquidez, mas segue acompanhando desempenho da companhia via derivativos
Raízen (RAIZ4) recebe mais uma baixa: S&P reduz nota de crédito para ‘BBB-‘, de olho na alavancagem
Os analistas da agência avaliam que a companhia enfrenta dificuldades para reduzir a alavancagem, em um cenário de dívida nominal considerável e queima de caixa
Fim da era Novonor na Braskem (BRKM5) abre oportunidade estratégica que a Petrobras (PETR4) tanto esperava
A saída da Novonor da Braskem abre espaço para a Petrobras ampliar poder na petroquímica. Confira o que diz a estatal e como ficam os acionistas minoritários no meio disso tudo
Fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi finalmente vai sair do papel: veja cronograma da operação e o que muda para acionistas
As ações da Petz (PETZ3) deixarão de ser negociadas na B3 ao final do pregão de 2 de janeiro de 2026, e novas ações ordinárias da Cobasi serão creditadas aos investidores
Fim da concessão de telefonia fixa da Vivo; relembre os tempos do “alô” no fio
Ao encerrar o regime de concessão, a operadora Vivo deixará de ser concessionária pública de telefonia fixa
Vamos (VAMO3), LOG CP (LOGG3), Blau Farmacêutica (BLAU3) anunciam mais de R$ 500 milhões em dividendos; Rede D´Or (RDOR3) aprova recompra de ações
A LOG fica com a maior parte da distribuição aos acionistas, ou R$ 278,5 milhões; Rede D´Or já havia anunciado pagamento de proventos e agora renova a recompra de ações
