Seguro mais seguro: por que o JP Morgan elevou recomendação para IRB Re (IRBR3) mesmo com catástrofe no RS?
Nas contas do banco norte-americano, o IRB é a companhia de seguros mais exposta ao RS, podendo ter um impacto de 15% a até 30% nos lucros até o fim de 2024
O IRB Re (IRBR3) recebeu mais boas notícias menos de uma semana após a publicação do seu balanço do primeiro trimestre deste ano. O JP Morgan elevou a recomendação das ações da empresa de resseguros de “Underweight” — o equivalente a venda — para “neutro” nesta sexta-feira (16).
Contudo, mesmo com um o lucro líquido que cresceu quase dez vezes na passagem do 1T23 para o 1T24 — de R$ 8,6 milhões para R$ 79,1 milhões —, um problema apareceu no radar.
Isso porque a seguradora é uma das empresas com maior exposição à tragédia que acometeu o Rio Grande do Sul (RS) recentemente.
Os impactos podem acontecer em diversas linhas de atuação do IRB, como o de seguros patrimonial, o rural e o residencial.
De acordo com a empresa, ainda não é possível estimar os impactos orçamentários da catástrofe no resultado da companhia.
Contudo, na visão do JP Morgan, os efeitos devem ser mais limitados do que se espera — e a queda dos papéis foi “muito superior” aos possíveis impactos da tragédia no resultado da empresa.
Leia Também
Esse relativo alívio na perspectiva de perdas fez com que as ações IRBR3 figurassem entre as maiores altas do Ibovespa nesta sexta-feira (17). Os papéis fecharam em 0,40%, cotados a para R$ 37,42. Acompanhe nossa cobertura de mercados.
- “Preferimos estar concentrados em empresas de alta qualidade de execução”, diz a analista Larissa Quaresma; veja as 10 ações que compõem seu portfólio atual.
Na ponta do lápis: quanto o IRB Re (IRBR3) será afetado?
Nas contas do banco norte-americano, o IRB é a companhia de seguros mais exposta ao RS, podendo ter um impacto de 15% a até 30% nos lucros até o fim de 2024.
Em relatório recente, o impacto orçamentário antes dos impostos (earnings before taxes ou EBT) pode variar de R$ 80 milhões a R$ 160 milhões.
Porém, a ação da resseguradora chegou a registrar uma queda de 16% nas últimas semanas — parcialmente compensada pelas boas notícias da empresa —, muito acima da estabilidade registrada pelo Ibovespa no período.
Isso implicaria em uma perda de valor de mercado da ordem de R$ 600 milhões — ou o que, na visão do JP Morgan, é bastante alto.
Vale lembrar que o IRB Re é a maior resseguradora do Brasil, tendo cerca de 15% de participação no mercado e sendo 1,5x maior do que a segunda colocada. “A perda de valor de mercado superestima as perdas no RS, em nossa visão”, concluem os analistas.
Além disso, a empresa é negociada a 0,8x P/BV (preço sobre valor da empresa, em tradução livre). Em outras palavras, isso significa que o IRB está subvalorizado, nas contas do JP Morgan.
Recapitulando a história
O IRB era uma empresa considerada sólida, até os fatídicos problemas aparecerem em fevereiro de 2020.
Naquela época, a gestora Squadra apontou a existência de fraude contábil nos balanços da resseguradora.
Desde então, as ações amargam perdas da ordem de 90%.
No entanto, “a empresa apresentou resultados impressionantes até 2019, quando começaram os problemas, com uma onda de saídas da gestão”, destaca o JP Morgan.
Entre dividendos e JCP: Suzano (SUZB3), Isa (ISAE4), Porto Seguro (PSSA3) e Marcopolo (POMO4) anunciam pacote bilionário aos acionistas
Dividendos, JCP e bonificações movimentam quase R$ 4 bilhões em operações aprovadas na última sexta-feira antes do Natal
‘Socorro’ de R$ 10 bilhões à Raízen (RAIZ4) está na mesa da Cosan (CSAN3) e da Shell, segundo agência
Estresse no mercado de crédito pressiona a Raízen, que avalia aporte bilionário, desinvestimentos e uma reestruturação financeira com apoio dos controladores
WEG (WEGE3) abre o cofre e paga R$ 5,2 bilhões em dividendos
Os proventos autorizados nesta sexta-feira (19) serão divididos em três parcelas anuais de R$ 1,732 bilhão cada; confira os detalhes
Embraer (EMBJ3) testa protótipo de “carro voador” elétrico e inicia fase de certificação; ações chegam a subir 3%
Aeronave eVTOL da Eve Air Mobility inicia campanha de certificação com quase 3 mil encomendas; ações da Embraer avançam após voo inaugural
Raízen (RAIZ4) acelera desinvestimentos e vende carteira de comercialização de energia para Tria Energia, da Patria Investimentos
O negócio envolve o portfólio de contratos de trading de energia mantido pela Raízen no mercado livre; entenda
Mais um presente aos acionistas: Axia Energia (AXIA6) vai distribuir R$ 30 bilhões em bonificação com nova classe de ações
A distribuição ocorrerá com a criação de uma nova classe de ações preferenciais, a classe C (PNC). Os papéis serão entregues a todos os acionistas da Axia, na proporção de sua participação no capital social
Do campo de batalha ao chão da sala: a empresa de robôs militares que virou aspirador de pó — e acabou pedindo falência
Criadora dos robôs Roomba entra em recuperação judicial e será comprada por sua principal fabricante após anos de prejuízos
É para esvaziar o carrinho: o que levou o JP Morgan rebaixar o Grupo Mateus (GMAT3); ações caem mais de 2%
Embora haja potencial para melhorias operacionais, o banco alerta que o ruído de governança deve manter a ação da varejista fora do radar de muitos investidores
Sabesp (SBSP3), C&A (CEAB3), Hypera (HYPE3), Sanepar (SAPR11), Alupar (ALUP11), Ourofino (OFSA3) e outras 3 empresas anunciam R$ 2,5 bilhões em dividendos e JCP
Quem lidera a distribuição polpuda é a Sabesp, com R$ 1,79 bilhão em JCP; veja todos os prazos e condições para receber os proventos
Com dívidas bilionárias, Tesouro entra como ‘fiador’ e libera empréstimo de até R$ 12 bilhões aos Correios
Operação terá juros de 115% do CDI, carência de três anos e prazo de 15 anos; uso dos recursos será limitado em 2025 e depende de plano de reequilíbrio aprovado pelo governo
Banco Inter (INBR32) vai a mercado e reforça capital com letras financeiras de R$ 500 milhões
A emissão das “debêntures dos bancos” foi feita por meio de letras financeiras Tier I e Tier II e deve elevar o índice de Basileia do Inter; entenda como funciona a operação
Sob ameaça de banimento, TikTok é vendido nos EUA em um acordo cheio de pontos de interrogação
Após anos de pressão política, TikTok redefine controle nos EUA, com a Oracle entre os principais investidores e incertezas sobre a separação da ByteDance
O “presente de Natal” do Itaú (ITUB4): banco distribui ações aos investidores e garante dividendos turbinados
Enquanto os dividendos extraordinários não chegam, o Itaú reforçou a remuneração recorrente dos investidores com a operação; entenda
Petrobras (PETR4) e Braskem (BRKM5) fecham contratos de longo prazo de quase US$ 18 bilhões
Os contratos são de fornecimento de diferentes matérias primas para várias plantas da Braskem pelo país, como nafta, etano, propano e hidrogênio
Bradesco (BBDC4), Cemig (CMIG4), PetroRecôncavo (RECV3), Cogna (COGN3) e Tenda (TEND3) pagam R$ 5 bilhões em proventos; Itaú (ITUB4) anuncia bônus em ações
A maior fatia dessa distribuição farta ficou com o Bradesco, com R$ 3,9 bilhões, enquanto o Itaú bonifica acionistas em 3%; confira todos os prazos e condições para receber
CVM reabre caso da Alliança e mira fundo de Nelson Tanure e gestora ligada ao Banco Master 2 anos depois de OPA
O processo sancionador foi aberto mais de dois anos após a OPA que consolidou o controle da antiga Alliar, na esteira de uma longa investigação pela autarquia; entenda
Dona do Google recebe uma forcinha de Zuckerberg na ofensiva para destronar a Nvidia no mercado de IA
Com o TorchTPU, a Alphabet tenta remover barreiras técnicas e ampliar a adoção de suas TPUs em um setor dominado pela gigante dos chips
Casas Bahia (BHIA3) aprova plano que estica dívidas até 2050 e flexibiliza aumento de capital; ações sobem mais de 2%
Plano aprovado por acionistas e credores empurra vencimentos, reduz pressão de caixa e amplia a autonomia do conselho
Brava Energia (BRAV3) salta mais de 10% após rumores de venda de poços e com previsão de aumento nos investimentos em 2026
Apesar de a empresa ter negado a venda de ativos para a Eneva (ENEV3), o BTG Pactual avalia que ainda há espaço para movimentações no portfólio
Agora é lei: cardápios de papel serão obrigatórios em bares e restaurantes de São Paulo, dando adeus à hegemonia dos ‘QR Codes’
Cardápios digitais, popularizados durante a pandemia, permaneceram quase que de forma exclusiva em muitos estabelecimentos – mas realidade pode mudar com projeto de lei aprovado pela Alesp
