Inter (INBR32) quase dobra de valor em um ano — e há espaço para mais, segundo o BofA. É hora de comprar os papéis do banco digital?
Com otimismo renovado, os analistas elevaram o preço-alvo para os papéis da fintech — e agora esperam uma valorização de até 26% para os ativos
A mudança de trajetória do Banco Inter (INBR32) em busca de maior rentabilidade parece já ter começado a dar os primeiros frutos. Na avaliação do Bank of America (BofA), depois da melhoria operacional vista em 2023, chegou a hora de colocar os papéis do banco digital laranjinha na carteira.
Com otimismo renovado, os analistas elevaram o preço-alvo para os papéis da fintech. Para o BofA, existe espaço para o Inter subir ainda mais, tanto na bolsa brasileira quanto em Nova York.
No caso das ações negociadas em Wall Street, a expectativa é de US$ 7,3 por ativo INTR, implicando em um potencial de alta de 26% em relação ao último fechamento.
Já para os BDRs listados na B3 sob o ticker INBR32, o BofA fixou um preço-alvo de R$ 38 por papel, equivalente a uma valorização potencial de 21%.
Nas contas do banco, o Inter atualmente é negociado a um múltiplo de 12 vezes a relação preço sobre lucro (P/L) de 2025 — um prêmio em relação à mediana de 10 vezes de empresas latino-americanas de alto crescimento como o próprio banco digital.
Enquanto isso, o Nubank, concorrente mais próximo do laranjinha, é negociado a 19 vezes o P/L do ano que vem. Isso significa que existiria espaço para uma “expansão significativa de múltiplos”, segundo os analistas.
Leia Também
- Onde investir neste mês? Veja 10 ações em diferentes setores da economia para buscar lucros. Baixe o relatório gratuito aqui.
Por trás do otimismo com Inter (INBR32)
Para os analistas, o Inter (INBR32) está bem posicionado para continuar a melhorar os níveis de retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês), já que as principais mudanças operacionais realizadas em 2023 “estão produzindo resultados positivos”.
Vale lembrar que, no início do ano passado, a empresa apresentou um novo plano de negócios, que tem como objetivo chegar a 60 milhões de clientes até 2027, mantendo uma eficiência de 30% e alcançando um ROE de 30%.
“Vemos o Inter bem posicionado para continuar melhorando sua lucratividade em direção à meta de ROE de 30% para 2027”, afirmou o BofA, em relatório.
VEJA TAMBÉM - DIREITA OU ESQUERDA? TABATA AMARAL FALA SOBRE OS PLANOS PARA CIDADE DE SÃO PAULO
As mudanças no Inter
Na visão dos analistas, o plano de negócios do Inter resultou em três principais mudanças operacionais que passaram a apresentar resultados positivos.
O número de empréstimos com maior rentabilidade, como o crédito com garantia de imóvel home equity, começou a registrar crescimento.
Enquanto isso, a qualidade dos ativos esteve sob controle, com inadimplência (NPL) estável, menores níveis de renegociação e melhorias no processo de cobrança.
O BofA destaca ainda a estrutura de custos mais enxuta do Inter, que permitiu melhora no índice de eficiência. O indicador ficou em 51,4% no quarto trimestre de 2024, ajudado pelo controle de custos e o aumento da receita.
- [Carteira recomendada] 10 ações brasileiras para investir agora e buscar lucros – baixe o relatório gratuito
Além disso, o Inter vem expandindo sua base de clientes em ritmo sólido, com uma média de 1,4 milhão de clientes por trimestre nos últimos 12 meses, além de elevar a fatia de clientes ativos, que chegou a 55% no primeiro trimestre de 2024, acima dos 52% registrados um ano antes.
Vale destacar que nesta quinta-feira (20), o Inter anunciou duas mudanças relevantes da diretoria executiva do banco.
Com a dança das cadeiras, Monica Saccarelli entra como nova diretora de investimentos, encarregada de cuidar dos produtos e serviços financeiros no Brasil.
Enquanto isso, a economista-chefe do banco, Rafaela Vitória, assumiu o cargo de diretora de relações com investidores (DRI).
Leia também:
- Inter (INBR32) nomeia ex-Morgan Stanley como novo conselheiro independente
- Banco BMG vende fatia da empresa de pagamentos Granito para o Banco Inter (INBR32) por R$ 110 milhões
Vai cumprir a meta?
As estimativas do Bank of America para os resultados do Inter estão bem abaixo das metas de longo prazo estipuladas pelo banco digital.
Para a rentabilidade, os analistas esperam um ROE de 11% em 2024 e de 14% no próximo ano. Já para o lucro, a expectativa é de R$ 950 milhões neste ano e de R$ 1,37 bilhão em 2025.
Ainda que sejam mais conservadoras do que o plano do Inter, as projeções do BofA vêm seguindo uma tendência de alta desde janeiro de 2023, em meio ao aumento da confiança dos analistas na execução da fintech.
“O Inter comprovou sua capacidade de manter a qualidade dos ativos sob controle e seu custo de captação bem abaixo da taxa de referência”, disse o BofA.
Para os analistas, ainda que a meta de longo prazo do Inter seja “ambiciosa”, o foco do mercado “deveria estar na evolução das tendências operacionais do banco digital”, e não se ele conseguirá ou não cumprir a meta.
Segundo o banco, ainda há a possibilidade de revisão das estimativas em direção à meta fornecida pelo Inter. Porém, é preciso antes ver sinais mais claros de maior alavancagem operacional e expansão do ROE, de acordo com os analistas.
Expansão do crédito
Na avaliação do Bank of America, a expansão bem-sucedida do Inter (INBR32) para outros produtos de crédito, como empréstimos consignados ou sem garantia (de high yield), com qualidade de ativos controlada, é fundamental.
Para o BofA, a transformação da jornada de empréstimo consignado do Inter em uma originação 100% digital pode aumentar a rentabilidade do produto e contribuir para o resultado do Inter nos próximos trimestres.
Afinal, nas contas dos analistas, este é um setor de R$ 600 bilhões e com baixo índice de inadimplência.
“Embora vejamos esforços claros de crescimento em direção ao financiamento Pix, BNPL (compre agora, pague depois) e cheque especial, precisamos de evidências de que a empresa é capaz de implantar esses produtos com sucesso”, afirmou o BofA.
2026 será o ano do Banco do Brasil (BBAS3)? Safra diz o que esperar e o que fazer com as ações
O Safra estabeleceu preço-alvo de R$ 25 para as ações, o que representa um potencial de valorização de 17%
Hasta la vista! Itaú (ITUB4) vende ativos na Colômbia e no Panamá; entenda o plano por trás da decisão
Itaú transfere trilhões em ativos ao Banco de Bogotá e reforça foco em clientes corporativos; confira os detalhes da operação
Virada de jogo para a Cosan (CSAN3)? BTG vê espaço para ação dobrar de valor; entenda os motivos
Depois de um ano complicado, a holding entra em 2026 com portfólio diversificado e estrutura de capital equilibrada. Analistas do BTG Pactual apostam em alta de 93% para CSAN3
Atraso na entrega: empreendedores relatam impacto da greve dos Correios às vésperas do Natal
Comunicação clara com clientes e diversificação de meios de entregas são estratégias usadas pelos negócios
AUAU3: planos da Petz (PETZ3) para depois da fusão com a Cobasi incluem novo ticker; confira os detalhes
Operação será concluída em janeiro, com Paulo Nassar no comando e Sergio Zimerman na presidência do conselho
IPO no horizonte: Aegea protocola pedido para alterar registro na CVM; entenda a mudança
A gigante do saneamento solicitou a migração para a categoria A da CVM, passo que abre caminho para uma possível oferta pública inicial
Nelson Tanure cogita vender participação na Alliança (ALLR3) em meio a processo sancionador da CVM; ações disparam na B3
Empresa de saúde contratou assessor financeiro para estudar reorganização e possíveis mudanças no controle; o que está em discussão?
Pílula emagrecedora vem aí? Investidores esperam que sim e promovem milagre natalino em ações de farmacêutica
Papéis dispararam 9% em Nova York após agência reguladora aprovar a primeira pílula de GLP-1 da Novo Nordisk
AZUL4 dá adeus ao pregão da B3 e aérea passa ter novo ticker a partir de hoje; Azul lança oferta bilionária que troca dívidas por ações
Aérea pede registro de oferta que transforma dívida em capital e altera a negociação dos papéis na bolsa; veja o que muda
Hapvida (HAPV3) prepara ‘dança das cadeiras’ com saída de CEO após 24 anos para tentar reverter tombo de 56% nas ações em 2025
Mudanças estratégicas e plano de sucessão gerencial será implementado ao longo de 2026; veja quem assume o cargo de CEO
Magazine Luiza (MGLU3) vai dar ações de graça? Como ter direito ao “presente de Natal” da varejista
Acionistas com posição até 29 de dezembro terão direito a novas ações da varejista. Entenda como funciona a operação
Tupy (TUPY3) azeda na bolsa após indicação de ministro de Lula gerar ira de conselheiro. Será mais um ano para esquecer?
A indicação do ministro da Defesa para o conselho do grupo não foi bem recebida por membros do colegiado; entenda
Santander (SANB11), Raia Drogasil (RADL3), Iguatemi (IGTI11) e outras gigantes distribuem mais de R$ 2,3 bilhões em JCP e dividendos
Santander, Raia Drogasil, JHSF, JSL, Iguatemi e Multiplan somam cerca de R$ 2,3 bilhões em proventos, com pagamentos previstos para 2025 e 2026
Eztec (EZTC3) renova gestão e anuncia projeto milionário em São Paulo
Silvio Ernesto Zarzur assume nova função na diretoria enquanto a companhia lança projeto de R$ 102 milhões no bairro da Mooca
Dois bancos para lucrar em 2026: BTG Pactual revela dupla de ações que pode saltar 30% nos próximos meses
Para os analistas, o segmento de pequenos e médios bancos concentra oportunidades interessantes, mas também armadilhas de valor; veja as recomendações
Quase 170% em 2025: Ação de banco “fora do radar” quase triplica na bolsa e BTG vê espaço para mais
Alta das ações em 2025 não encerrou a tese: analistas revelam por que ainda vale a pena comprar PINE4 na bolsa
Tchau, B3! Neogrid (NGRD3) pode sair da bolsa com OPA do Grupo Hindiana
Holding protocolou oferta pública de aquisição na CVM para assumir controle da Neogrid e cancelar seu registro de companhia aberta
A reorganização societária da Suzano (SUZB3) que vai redesenhar o capital e estabelecer novas regras de governança
Companhia aposta em alinhamento de grupos familiares e voto em bloco para consolidar estratégia de longo prazo
Gafisa, Banco Master e mais: entenda a denúncia que levou Nelson Tanure à mira dos reguladores
Uma sequência de investigações e denúncias colocou o empresário sob escrutínio da Justiça. Entenda o que está em jogo
Bilionária brasileira que fez fortuna sem ser herdeira quer trazer empresa polêmica para o Brasil
Semanas após levantar US$ 1 bilhão em uma rodada de investimentos, a fundadora da Kalshi revelou planos para desembarcar no Brasil
