Banco Inter tem lucro 5 vezes maior no 4T23 — mas ainda não é hora de colocar INBR32 na carteira, segundo o BTG
O banco digital anunciou um lucro líquido de R$ 160 milhões no quarto trimestre do ano passado, no maior patamar desde o IPO, em 2018
O Inter (INBR32) luta para manter trajetória de alta em Wall Street nesta quinta-feira (08) após o balanço financeiro. O banco digital laranjinha reportou lucro líquido de R$ 160 milhões no quarto trimestre do ano passado — o maior desde o IPO, em 2018, e equivalente a mais de cinco vezes o ganho registrado no mesmo intervalo de 2022.
Já em 2023 como um todo, a fintech atingiu um recorde de R$ 352 milhões em lucro líquido, um avanço de 2.614% frente ao prejuízo de 14 milhões no acumulado do ano anterior.
Segundo o Inter, o resultado foi impulsionado pelo aumento da carteira de crédito, quatro vezes acima da média nacional.
Por volta das 14h, as ações do banco digital negociadas na bolsa norte-americana Nasdaq passaram a recuar 0,38%, a US$ 5,27. Já na B3, os BDRs (recibos de ações), listados sob o código INBR32, avançavam 0,26%, a R$ 26,74.
Apesar do desempenho positivo da fintech no último trimestre de 2023, os analistas do BTG Pactual acreditam que ainda não é hora de colocar os papéis do Inter na carteira. Os motivos você descobre na matéria abaixo.
- Já sabe onde investir agora que as empresas estão divulgando seus balanços do 4T23? Veja análises completas da Empiricus Research e saiba se você deve comprar, vender ou se manter neutro em cada uma das principais ações da bolsa. Clique aqui para receber os relatórios GRATUITOS.
Outras linhas do balanço do Inter (INBR32)
A receita bruta total do Inter (INBR32) somou R$ 2,19 bilhões entre outubro e dezembro de 2023, um crescimento de 29% na comparação anual.
Leia Também
Enquanto isso, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) chegou ao recorde de R$ 208 milhões no quarto trimestre, alta de 617% em relação ao mesmo período de 2022.
Por sua vez, o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) do banco digital foi de 8,5% no quarto trimestre de 2023, contra 1,6% do mesmo período de 2022 e 5,7% do terceiro trimestre de 2023.
Já o índice de eficiência ficou em 51,4%, uma melhoria de 1,06 ponto porcentual em relação ao terceiro trimestre, por conta do controle de custos e o aumento da receita. No ano, o ROE ficou em 4,9%.
O Inter apresentou no começo do ano passado um novo plano de negócios, que tem como objetivo chegar a 60 milhões de clientes até 2027, mantendo uma eficiência de 30% e alcançando um retorno sobre o patrimônio (ROE) de 30%.
“Começamos o segundo ano do nosso plano 60-30-30 da melhor maneira possível: a qualidade de crédito está melhorando, a alocação de capital está mais fortalecida e as taxas de juros estão em queda”, afirmou João Vitor Menin, CEO da Inter&Co, em nota.
- Leia também: Oferta-surpresa do Inter (INBR32) sai com desconto acentuado e fica longe da marca de R$ 1 bilhão
De olho na base de clientes
A base de clientes do Inter (INBR32) continua em ritmo elevado de crescimento, encerrando o quarto trimestre de 2023 em 30,4 milhões — alta de 23,1% em relação a 2022.
Já a base de clientes ativos, que considera usuários que realizaram pelo menos uma transação nos últimos três meses, cresceu 30,4% na mesma base, a 16,4 milhões.
Por outro lado, a receita média por cliente (Arpac) caiu 2% no comparativo com o mesmo intervalo do ano anterior.
A carteira de crédito do banco cresceu 26,4% e atingiu a marca de R$ 31 bilhões no último trimestre de 2023.
A inadimplência subiu 0,5 ponto percentual frente ao quarto trimestre de 2022 e atingiu 4,6%. Em comparação com o trimestre anterior, porém, houve leve recuo de 0,1 p.p.
“Essa queda sugere que o Inter poderia acelerar ainda mais as originações de crédito, principalmente com as novas safras apontando para melhores resultados”, afirmam os analistas da Genial Investimentos, em relatório.
Já o índice de eficiência, que relaciona as despesas operacionais com a receita total, ficou em 51,4%, uma queda de 22,1 pontos percentuais na base anual.
- VEJA TAMBÉM: ONDE INVESTIR EM FEVEREIRO: AÇÕES, DIVIDENDOS, FIIS, BDRS E CRIPTOMOEDAS - MELHORES INVESTIMENTOS
O que dizem os analistas
Para o BTG Pactual, o pior já passou para o Inter (IBR32). Mesmo assim, o balanço do quarto trimestre veio sem grandes surpresas, mantendo a visão neutra dos analistas para os BDRs na B3, com preço-alvo de R$ 31 para os próximos 12 meses (alta potencial de 16,2%).
“Após um follow-on inesperado, entregar um trimestre “sem grandes surpresas” (e com qualidade decente) elimina qualquer risco de cauda restante, por mais mínimo que seja”, afirmam os analistas do BTG.
Os analistas projetam um aumento mais rápido do ROE nos próximos trimestres, principalmente à medida que o custo do risco caia ainda mais e aliado a um crescimento mais rápido da carteira de cartões de crédito.
A projeção do BTG é que o ROE atinja cerca de 15% até o final de 2024 e potencialmente voe ainda mais alto a partir do ano que vem.
“A nossa tendência em relação ao nome é mais positiva na margem, mas preferimos esperar por mais detalhes sobre planos futuros para melhorar os ROE ou uma correção de ações antes de possivelmente tornarmos novamente mais positivos no preço dos papéis.”
Já a expectativa da Genial é que o Inter continue com o processo de melhora em 2024 e alcance um lucro de R$ 821 milhões no ano, com ROE de 10,5%.
Os analistas ainda projetam um forte crescimento de receitas, com evolução mais moderada das despesas neste ano.
A Genial acredita que o banco digital ainda está barato e recomenda a compra dos BDRs do Inter (INBR32), com um preço-alvo de R$ 32 para o final de 2024 — um potencial de valorização de 19,9%.
*Com informações de Estadão Conteúdo.
RD Saúde (RADL3) cria comitê de expansão e anuncia novas mudanças no comando
Empresa oficializa a chegada de Renato Cepollina Raduan no lugar de Marcílio D’Amico Pousada na presidência da companhia, entre outras alterações
Bolsa em tempos de turbulência: BTG Pactual recomenda 5 ações e 3 fundos imobiliários defensivos para investir em 2025
Risco fiscal e alta da taxa básica de juros devem continuar afligindo os mercados domésticos no próximo ano, exigindo uma estratégia mais conservadora até na bolsa
Por que as ações do Pão de Açúcar (PCAR3) chegaram a saltar 10% hoje — e o que o empresário Nelson Tanure tem a ver com isso
O impulso dos papéis vem na esteira de rumores sobre uma potencial combinação de negócios entre a rede de supermercados Grupo Dia e o GPA
Ybyrá Capital anuncia aumento de capital de R$ 3 bilhões para impulsionar expansão dos negócios
Com isso, companhia tem seu capital total elevado para R$ 7,666 bilhões; operação inclui a emissão de 37,5 milhões de novas ações preferenciais
Efeito Milei leva principal ETF de ações argentinas a superar os US$ 800 milhões em patrimônio
Desde a posse de Milei, o patrimônio do fundo Global X MSCI Argentina (ARGT) se multiplicou por seis; ETF sobe quase 70% no ano
Uma ação que já disparou 150% no ano ainda pode mais? Itaú BBA diz o que esperar da Embraer (EMBR3) daqui para frente
O valuation da fabricante brasileira de aeronaves é uma preocupação para os investidores atualmente; o banco fez uma comparação com a Airbus e diz qual delas vale a pena
O pior ficará em 2024? Com queda de 47% no ano, ação da Kora (KRSA3) sobe após conclusão de reperfilamento da dívida
Depois de se debruçar nos últimos meses na operação, a companhia agora tem os instrumentos necessários para fortalecer sua estrutura de capital e também a liquidez
Compra com desconto e potencial de alta de 55%: por que o JP Morgan recomenda você ter Inter (INBR32) na carteira
Com isso, a expectativa do JP Morgan é de uma valorização dos BDRs da ordem de 55%, com o preço-alvo de R$ 42,00 para o fim de 2025
Simpar (SIMH3) detalha acordo de aquisição da Automob por R$ 226 milhões e afirma que operação não afeta reorganização da empresa
O montante será pago em parcelas anuais iguais a partir de 31 de dezembro de 2025 até a mesma data de 2028
Quando até a morte é incerta: Em dia de agenda fraca, Ibovespa reage ao IBC-Br em meio a expectativa de desaceleração
Mesmo se desacelerar, IBC-Br de outubro não altera sinalizações de alta dos juros para as próximas reuniões
A Selic subiu, o dólar disparou e chegou a hora de fazer alguns ajustes no portfólio – mas sem exageros
Muitas vezes os investidores confundem “ajustes” com “mudança completa” e podem acabar sendo pegos no contrapé, perdendo muito dinheiro com aquilo que acreditavam ser uma estratégia defensiva
“Não vamos tomar atalho na estratégia só para agradar a qualquer custo”, diz CEO da Veste
Das 172 lojas das marcas Le Lis, Dudalina, John John, Bo.Bô e Individual, 58 devem estar repaginadas e prontas para lucrar mais até o final do ano
BTG Pactual vai às compras e leva para casa 100% da Clave Capital — negócio muda o comando de uma titã do banco na América Latina
O banco já tinha 30% da gestora com R$ 6 bilhões em ativos e agora assume o controle total em uma operação estratégica
Após 15 anos — e muito juro pela frente —, IPO do Bradesco Seguros pode finalmente sair do papel? Bancões têm altas expectativas que sim
Oferta colocaria banco ao lado de outras instituições que já tem seus segmentos de seguros com capital aberto em bolsa
Suzano (SUZB3) revisa estimativas de custos devido à alta do dólar e da inflação e ações caem na B3 durante Investor Day
O CEO da empresa de papel e celulose, Beto Abreu, disse que investidores não deveriam esperar por uma grande aquisição da companhia nos próximos anos
Depois do adeus de Campos Neto com alta da Selic, vem aí a decisão dos juros nos EUA — e o mercado diz o que vai acontecer por lá
Novos dados de inflação e emprego da maior economia do mundo deixam mais claro qual será o próximo passo do Fed antes da chegada de Donald Trump na Casa Branca; por aqui, Ibovespa recua e dólar sobe
Ninguém escapa da Selic a 12,25%: Ações do Carrefour (CRFB3) desabam 10% e lideram perdas do Ibovespa, que cai em bloco após aperto de juros pelo Copom
O desempenho negativo das ações brasileiras é ainda mais evidente entre as empresas cíclicas e companhias que operam mais alavancadas
Happy Hour garantido para os acionistas da Ambev (ABEV3): Gigante das cervejas vai distribuir R$ 10,5 bilhões em dividendos e JCP
A chuva de proventos da Ambev deve pingar em duas datas. Os JCP serão pagos em 30 de dezembro deste ano, enquanto os dividendos serão depositados em 7 de janeiro de 2025
Alupar (ALUP11) anuncia recompra de ações: o que isso significa para investidores da empresa de energia elétrica?
Programa de aquisição de units representa a 1,17% do capital social da empresa
Acionistas da Lojas Renner (LREN3) aprovam incorporação de administradora de cartões e aumento de capital em meio bilhão de reais
A incorporação da Renner Administradora de Cartões de Crédito (RACC) não acarretará em emissão de novas ações ou impacto financeiro para a varejista, por se tratar de uma subsidiária