BHP eleva oferta de megafusão com a Anglo American para quase US$ 50 bilhões — mas proposta é rejeitada de novo
Menos de duas semanas após a segunda tentativa, a BHP aumentou a proposta de aquisição em cerca de 17%, para US$ 49,87 bilhões

Há quem diga que a perseverança recompensa. Mas, no caso de algumas das maiores empresas de mineração do planeta, a insistência parece não ser capaz de conquistar um casamento. A BHP enviou nesta quarta-feira (22) uma nova oferta de compra da Anglo American — e pela terceira vez, a proposta foi rejeitada.
Menos de duas semanas após a segunda tentativa, a BHP elevou a oferta de aquisição de em cerca de 17%, passando de US$ 42,6 bilhões para US$ 49,87 bilhões.
A estrutura da transação da proposta revisada seguiu a mesma das anteriores. Ou seja, uma oferta por todas as ações da Anglo American, com a exigência de que a Anglo conclua duas cisões separadas de toda a sua participação acionária nas subsidiárias Anglo Platinum e Kumba Iron Ore.
Apesar da rejeição da fusão, a BHP conseguiu o aval da Anglo para estender por sete dias o prazo para realizar uma proposta vinculante. A companhia deve anunciar se possui ou não intenção de realizar uma oferta firme até a próxima quarta-feira (29).
Segundo o CEO da BHP, Mike Henry, a proposta revisada aumentaria a participação agregada dos acionistas da Anglo American no grupo combinado para 17,8%, contra 14,8% na primeira oferta e 16,6% na segunda.
“A BHP apresentou uma relação de oferta final de 0,8860 ação da BHP para cada ação da Anglo American. A proposta revisada oferecerá valor imediato aos acionistas da Anglo e permitirá que eles se beneficiem da geração de valor de longo prazo do grupo combinado”, escreveu Henry.
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Porém, o conselho da Anglo negou pela terceira vez o acordo. De novo, a rejeição do colegiado foi unânime.
“O conselho está confiante nas perspectivas futuras independentes da Anglo American e acredita que a Anglo American estabeleceu um caminho e um cronograma claros para entregar a aceleração de sua estratégia para liberar valor significativo e puro para os acionistas da Anglo”, disse Stuart Chambers, presidente do conselho da Anglo American.
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Por que a Anglo American recusou a proposta da BHP?
A Anglo American — que antes criticava a “proposta oportunista e pouco atraente” da BHP — suavizou o tom da rejeição, mas se manteve firme em relação às preocupações em relação à estrutura da oferta.
A companhia disse considerar prováveis os riscos de conclusão do negócio e os impactos de valor que podem “recair desproporcionalmente sobre os acionistas da Anglo American”.
Além disso, a empresa afirmou que o negócio contempla uma estrutura com diversos riscos de execução, além de um cronograma estendido para o fechamento da transação.
Um dos principais pontos da proposta de fusão da BHP questionados pela Anglo American é a exigência da cisão das subsidiárias Anglo American Platinum e Kumba Iron Ore.
Atualmente, as empresas possuem um valor de mercado de US$ 15 bilhões, equivalente a 34% da proposta total da BHP, conforme o comunicado.
“A exigência de realizar duas cisões simultâneas cria uma incerteza significativa, que recai desproporcionalmente sobre os acionistas da Anglo American”, afirmou a empresa, em nota.
Na avaliação da Anglo, o requisito de separação das participações da companhia nas subsidiárias resultaria em aprovações adicionais relacionadas com estas duas cisões, especialmente na África do Sul.
Segundo a mineradora, seria demorado obter as aprovações para a separação, com a previsão de que o “complexo processo proposto pela BHP” levaria em torno de 18 meses para ser concluído.
A megafusão da mineração
A combinação entre BHP e Anglo concentraria ainda mais o negócio de exploração de minério de ferro, com a criação da maior mineradora do planeta.
Além disso, segundo a BHP, o negócio combinado teria um portfólio líder de ativos de alta qualidade em cobre, potássio, minério de ferro e carvão metalúrgico.
É importante lembrar que o negócio também seria importante para o mercado brasileiro, já que a Anglo American detém a reserva do complexo Minas-Rio. Em fevereiro, a Vale (VALE3) adquiriu uma participação minoritária na subsidiária da mineradora no Brasil.
Após a primeira oferta de megafusão em abril, o CEO da Vale, Eduardo Bartolomeo, afirmou que não via impactos sobre a execução da operação Minas-Rio mesmo com a possível aquisição da mineradora pela BHP e destacou que não pretendia entrar em disputa por parte dos ativos da Anglo.
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