Azul (AZUL4): banco corta preço-alvo, mas ações ensaiam reação e ficam entre as maiores altas do Ibovespa
Pela manhã, os papéis da companhia aérea chegaram a saltar mais de 6% após iniciarem a semana em queda; empresa enfrenta rumores de recuperação judicial

Um dia depois de atingir as cotações mínimas históricas, as ações da Azul (AZUL4) ameaçam uma reação nesta terça-feira (10). Os papéis da companhia aérea, que negocia com credores uma solução para evitar entrar com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, chegaram a figurar entre as maiores altas do Ibovespa.
O bom desempenho hoje na B3 ocorre apesar do corte no preço-alvo das ações pelos analistas do JP Morgan (leia mais abaixo). Pela manhã, as ações da empresa chegaram a saltar mais de 6%, a R$ 4,34. Por volta de 16h40, as ações AZUL4 subiam 5,41%, negociadas a R$ 4,29. No mesmo horário, o Ibovespa caía 0,28%, aos 134.365,61 pontos. Os papéis da Azul fecharam em alta de 3,69%, a R$ 4,22.
O mercado repercute o novo guidance (projeção) divulgado ontem com as projeções da companhia para 2024. Segundo o relatório, a empresa estima R$ 20 bilhões em receitas neste ano.
Já as projeções anteriores de um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de mais de R$ 6 bilhões foram mantidas.
A empresa também manteve a expectativa de crescimento em 7% para a oferta de assentos em relação a 2023. A projeção de alavancagem também ficou em 4,2x.
- Veja mais: enquanto FGTS Futuro não ‘decola’, brasileiros aprendem estratégia que pode gerar até 50% de ‘desconto’ em imóveis
Azul (AZUL4): ações caem com crise financeira
A recuperação das ações da Azul (AZUL4) nesta terça-feira nem de longe indica o fim da crise da companhia aérea. No ano, os papéis acumulam queda de 74%. A empresa vale hoje pouco menos de R$ 1,5 bilhão na B3.
Leia Também
Além dos impactos das enchentes do Rio Grande do Sul, que levaram ao fechamento do Aeroporto de Porto Alegre, a Azul sofre com a depreciação do real, a redução na capacidade e nos rendimentos que prejudicaram os resultados da empresa no 2T24.
Recentemente, a companhia informou que está desenvolvendo um plano estratégico para melhorar a estrutura de capital e liquidez após a notícia de que avalia um possível pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos. A companhia negou essa possibilidade.
Na semana passada, os papéis ensaiaram uma recuperação após notícias de que a Azul teria iniciado diversas rodadas com detentores de dívida no exterior para captar recursos. Mas ontem voltaram a cair forte na B3.
- Veja também: 5 ações para buscar dividendos recorrentes na sua conta; baixe o relatório gratuito e entrevista completa sobre o setor
JP Morgan reduz preço-alvo para AZUL4
A alta das ações da Azul acontece apesar de uma má notícia para a companhia: o banco norte-americano JP Morgan decidiu reduzir o preço-alvo para a companhia, de acordo com informações da Broadcast.
Após ressaltar que as ações da Azul tiveram um desempenho significativamente inferior ao mercado nas últimas semanas, os analistas consideram que a companhia aérea se encontra em um ponto crítico, segundo o relatório divulgado hoje pelo banco.
Na visão do JP Morgan, uma solução definitiva para a dívida da Azul e com as empresas que arrendam aviões — potencialmente envolvendo uma diluição de capital que pode chegar a 25% —, pode facilitar as negociações para outras alternativas de liquidez com os detentores de títulos.
Por outro lado, se um acordo com os locadores não for alcançado, as chances de a empresa pedir recuperação judicial nos Estados Unidos são altas. "De qualquer forma, os acionistas estão expostos a um risco de diluição de capital", afirma o banco.
Dessa forma, o JP Morgan reduziu o preço-alvo para as ações da Azul de R$ 19 para R$ 8,50. Apesar de o valor equivaler a um potencial de alta de mais de 100% em relação ao fechamento da ação na segunda-feira (R$ 4,07), os analistas mantiveram a recomendação neutra para os papéis.
Alguém está errado: Ibovespa chega embalado ao último pregão de abril, mas hoje briga com agenda cheia em véspera de feriado
Investidores repercutem Petrobras, Santander, Weg, IBGE, Caged, PIB preliminar dos EUA e inflação de gastos com consumo dos norte-americanos
Como fica a rotina no Dia do Trabalhador? Veja o que abre e fecha nos dias 1º e 2 de maio
Bancos, bolsa, Correios, INSS e transporte público terão funcionamento alterado no feriado, mas muitos não devem emendar; veja o que muda
Azul (AZUL4) volta a tombar na bolsa; afinal, o que está acontecendo com a companhia aérea?
Empresa enfrenta situação crítica desde a pandemia, e resultado do follow-on, anunciado na semana passada, veio bem abaixo do esperado pelo mercado
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Momentos finais para se inscrever na Riachuelo, KPMG, Peers e P&G; confira essas e outras vagas para estágio e trainee
Os aprovados nos programas de estágio e trainee devem começar a atuar até o segundo semestre de 2025; as inscrições ocorrem durante todo o ano
Azul (AZUL4) chega a cair mais de 10% (de novo) e lidera perdas do Ibovespa nesta segunda-feira (28)
O movimento de baixa ganhou força após a divulgação, na última semana, de uma oferta pública primária
Weg (WEGE3), Azul (AZUL4) e Embraer (EMBR3): quem “bombou” e quem “moscou” no primeiro trimestre do ano? BTG responde
Com base em dados das prévias operacionais, analistas indicam o que esperam dos setores de transporte e bens de capital
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Negociação grupada: Automob (AMOB3) aprova grupamento de ações na proporção 50:1
Com a mudança na negociação de seus papéis, Automob busca reduzir a volatilidade de suas ações negociadas na Bolsa brasileira
Evasão estrangeira: Fluxo de capital externo para B3 reverte após tarifaço e já é negativo no ano
Conforme dados da B3, fluxo de capital externo no mercado brasileiro está negativo em R$ 242,979 milhões no ano.
Natura (NTCO3): proposta de incorporação é aprovada por unanimidade; confira o que muda para os investidores
Agora, o processo precisa do aval da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para ser concluído
A coruja do Duolingo na B3: aplicativo de idiomas terá BDRs na bolsa brasileira
O programa permitirá que investidores brasileiros possam investir em ações do grupo sem precisar de conta no exterior
Ação da Azul (AZUL4) cai mais de 30% em 2 dias e fecha semana a R$ 1,95; saiba o que mexe com a aérea
No radar do mercado está o resultado da oferta pública de ações preferenciais (follow-on) da companhia, mais um avanço no processo de reestruturação financeira
Primeiro ETF de XRP do mundo estreia na B3 — marco reforça protagonismo do Brasil no mercado de criptomoedas
Projeto da Hashdex com administração da Genial Investimentos estreia nesta sexta-feira (25) na bolsa de valores brasileira
Ibovespa: Dois gatilhos podem impulsionar alta da bolsa brasileira no segundo semestre; veja quais são
Se nos primeiros quatro meses do ano o Ibovespa tem atravessado a turbulência dos mercados globais em alta, o segundo semestre pode ser ainda melhor, na visão estrategista-chefe da Empiricus
Vale (VALE3) sem dividendos extraordinários e de olho na China: o que pode acontecer com a mineradora agora; ações caem 2%
Executivos da companhia, incluindo o CEO Gustavo Pimenta, explicam o resultado financeiro do primeiro trimestre e alertam sobre os riscos da guerra comercial entre China e EUA nos negócios da empresa
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
Dona do Google vai pagar mais dividendos e recomprar US$ 70 bilhões em ações após superar projeção de receita e lucro no trimestre
A reação dos investidores aos números da Alphabet foi imediata: as ações chegaram a subir mais de 4% no after market em Nova York nesta quinta-feira (24)
Subir é o melhor remédio: ação da Hypera (HYPE3) dispara 12% e lidera o Ibovespa mesmo após prejuízo
Entenda a razão para o desempenho negativo da companhia entre janeiro e março não ter assustado os investidores e saiba se é o momento de colocar os papéis na carteira ou se desfazer deles
Da Vasp à Voepass: relembre algumas das empresas aéreas que pediram recuperação judicial ou deixaram de voar
A maior parte das empresas aéreas que dominavam os céus brasileiros não conseguiu lidar com as crises financeiras e fecharam as portas nos últimos 20 anos