Ações do SoftBank vão à máxima histórica; entenda por que os papéis dispararam em Tóquio
O recorde dos papéis supera os registros de 2021 e dos anos 2000, quando a empresa surfou o boom das startups de tecnologia e da internet
Os acionistas do SoftBank estão voltando a sorrir em 2024. Após apresentar um balanço chamativo, com lucro trimestral pela primeira vez em mais de um ano, agora chegou a vez das ações da empresa japonesa brilharem.
Os papéis do SoftBank encerraram o pregão na bolsa de Tóquio em alta de 4,53%, aos 11,190 ienes japoneses (US$ 69) nesta quinta-feira. Esse é o maior patamar alcançado pelas ações da empresa desde 2021.
O marco também supera os registros históricos alcançados pelo SoftBank nos anos 2000, quando a empresa surfou no boom do pontocom. Na época, a companhia registrou preço recorde de 10,111 ienes.
A empresa só foi superar o recorde 21 anos depois, no fechamento do dia 16 de fevereiro de 2021.
- Onde investir neste mês? Veja 10 ações em diferentes setores da economia para buscar lucros. Baixe o relatório gratuito aqui.
A queda da SoftBank
Inicialmente, SoftBank, fundado por Masayoshi Son em 1981, realizava a distribuição de softwares. No entanto, a companhia alterou a rota ao abrir capital no Japão em 1994.
Em meio ao boom da internet, a empresa passou a investir em tecnologia. Na época, a companhia chegou a aplicar US$ 2 milhões no Yahoo. A ascensão dos meios digitais levou as ações do SoftBank a máxima histórica de 10,111 ienes em 18 de fevereiro de 2000.
Leia Também
Porém, com o estouro da bolha, as ações da internet despencaram e os papéis do SoftBank acompanharam o movimento. A empresa chegou a registrar uma queda de mais de 90% em comparação ao pico registrado durante a ascensão do pontocom.
Desde então, a companhia vem tendo dificuldades para recuperar o fôlego.
- LEIA TAMBÉM: Casa de análise libera relatórios de investimentos gratuitos com recomendações de ações, FIIs e BDRs
As tentativas do SoftBank
Em 2017, o SoftBank mirou em uma nova estratégia e lançou o fundo de investimento Vision Fund, considerado o maior fundo voltado para o setor de tecnologia.
Com o novo braço do SoftBank, o CEO Masayoshi Son tinha o objetivo de posicionar a companhia como uma pioneira visionária, que investia em companhias em estágio inicial.
A partir de então, a empresa japonesa fez uma série de apostas em startups de tecnologia, nas quais algumas deram certo e outras nem tanto.
Como é o caso dos investimentos na WeWork, que disponibiliza escritórios para o coworking. Em novembro de 2023, a companhia entrou com pedido de recuperação judicial após enfrentar dificuldades financeiras durante a pandemia de covid-19.
Nos últimos dias, a crise na WeWork vem afetando o setor dos fundos imobiliários. Apenas neste mês, cinco FIIs revelaram ao mercado inadimplência da companhia.
- Receba uma recomendação de investimento POR DIA direto no seu e-mail, sem enrolação. Clique AQUI para fazer parte do grupo VIP “Mercado em 5 Minutos”.
Porém, o SoftBank também apostou na ByteDance, criadora do TikTok e que apresentou um aumento na receita de 50% em 2023.
Em meio à ascensão das startups em 2021, as ações do SoftBank registraram nova máxima histórica. Pela primeira vez em 21 anos, a companhia superou o preço de 10,111 ienes visto nos anos 2000.
Contudo, a empresa voltou a enfrentar um mar turbulento, com a alta das taxas de juros globais e a desaceleração no setor de tecnologia. O SoftBank passou a apresentar sequência de quedas das ações.
A desvalorização dos papéis do SoftBank vieram na esteira de resultados decepcionantes do fundo de investimentos. No ano fiscal de 2021, o Vision Fund teve perda de 3,5 trilhões de ienes (US$ $ 27,4 bilhões, na época).
Após a divulgação dos números, o CEO afirmou que o Vision Fund passaria a operar em modo “defensivo” e realizaria investimentos de forma mais conservadora.
No ano fiscal de 2022, o fundo de investimentos do SoftBank voltou a registrar perdas, com prejuízo histórico de 4,4 trilhões de ienes (US$ 32 bilhões).
Uma ajudinha da IA
Com a receita ainda apresentando queda, Son mudou de rumo novamente. Ele afirmou que passaria para o “ataque”, porque estava animado com as oportunidades de investimento em inteligência artificial.
A partir de maio de 2023, os preços das ações do SoftBank começaram a apresentar sinais de recuperação.
- Não sabe onde investir neste momento? Veja +100 relatórios gratuitos da Empiricus Research e descubra as melhores recomendações em ações, fundos imobiliários, BDRs e renda fixa
Um dos principais motivos para a alta dos papéis da companhia, que apresenta um aumento de cerca de 78% no valor no acumulado do ano, é o bom desempenho da Arm, a empresa de chips do SoftBank adquirida em 2016.
Em setembro, a Arm estreou na bolsa de valores norte-americana Nasdaq e vendeu 95,5 milhões de ações, no valor de US$ 51 cada.
Mesmo após a estreia, o SoftBank ainda possui cerca de 90% da empresa de chips. As ações da companhia já subiram quase 124% somente neste ano.
* Com informações da CNBC, Forbes e Yahoo! Finance
Hasta la vista! Itaú (ITUB4) vende ativos na Colômbia e no Panamá; entenda o plano por trás da decisão
Itaú transfere trilhões em ativos ao Banco de Bogotá e reforça foco em clientes corporativos; confira os detalhes da operação
Virada de jogo para a Cosan (CSAN3)? BTG vê espaço para ação dobrar de valor; entenda os motivos
Depois de um ano complicado, a holding entra em 2026 com portfólio diversificado e estrutura de capital equilibrada. Analistas do BTG Pactual apostam em alta de 93% para CSAN3
Atraso na entrega: empreendedores relatam impacto da greve dos Correios às vésperas do Natal
Comunicação clara com clientes e diversificação de meios de entregas são estratégias usadas pelos negócios
AUAU3: planos da Petz (PETZ3) para depois da fusão com a Cobasi incluem novo ticker; confira os detalhes
Operação será concluída em janeiro, com Paulo Nassar no comando e Sergio Zimerman na presidência do conselho
IPO no horizonte: Aegea protocola pedido para alterar registro na CVM; entenda a mudança
A gigante do saneamento solicitou a migração para a categoria A da CVM, passo que abre caminho para uma possível oferta pública inicial
Nelson Tanure cogita vender participação na Alliança (ALLR3) em meio a processo sancionador da CVM; ações disparam na B3
Empresa de saúde contratou assessor financeiro para estudar reorganização e possíveis mudanças no controle; o que está em discussão?
Pílula emagrecedora vem aí? Investidores esperam que sim e promovem milagre natalino em ações de farmacêutica
Papéis dispararam 9% em Nova York após agência reguladora aprovar a primeira pílula de GLP-1 da Novo Nordisk
AZUL4 dá adeus ao pregão da B3 e aérea passa ter novo ticker a partir de hoje; Azul lança oferta bilionária que troca dívidas por ações
Aérea pede registro de oferta que transforma dívida em capital e altera a negociação dos papéis na bolsa; veja o que muda
Hapvida (HAPV3) prepara ‘dança das cadeiras’ com saída de CEO após 24 anos para tentar reverter tombo de 56% nas ações em 2025
Mudanças estratégicas e plano de sucessão gerencial será implementado ao longo de 2026; veja quem assume o cargo de CEO
Magazine Luiza (MGLU3) vai dar ações de graça? Como ter direito ao “presente de Natal” da varejista
Acionistas com posição até 29 de dezembro terão direito a novas ações da varejista. Entenda como funciona a operação
Tupy (TUPY3) azeda na bolsa após indicação de ministro de Lula gerar ira de conselheiro. Será mais um ano para esquecer?
A indicação do ministro da Defesa para o conselho do grupo não foi bem recebida por membros do colegiado; entenda
Santander (SANB11), Raia Drogasil (RADL3), Iguatemi (IGTI11) e outras gigantes distribuem mais de R$ 2,3 bilhões em JCP e dividendos
Santander, Raia Drogasil, JHSF, JSL, Iguatemi e Multiplan somam cerca de R$ 2,3 bilhões em proventos, com pagamentos previstos para 2025 e 2026
Eztec (EZTC3) renova gestão e anuncia projeto milionário em São Paulo
Silvio Ernesto Zarzur assume nova função na diretoria enquanto a companhia lança projeto de R$ 102 milhões no bairro da Mooca
Dois bancos para lucrar em 2026: BTG Pactual revela dupla de ações que pode saltar 30% nos próximos meses
Para os analistas, o segmento de pequenos e médios bancos concentra oportunidades interessantes, mas também armadilhas de valor; veja as recomendações
Quase 170% em 2025: Ação de banco “fora do radar” quase triplica na bolsa e BTG vê espaço para mais
Alta das ações em 2025 não encerrou a tese: analistas revelam por que ainda vale a pena comprar PINE4 na bolsa
Tchau, B3! Neogrid (NGRD3) pode sair da bolsa com OPA do Grupo Hindiana
Holding protocolou oferta pública de aquisição na CVM para assumir controle da Neogrid e cancelar seu registro de companhia aberta
A reorganização societária da Suzano (SUZB3) que vai redesenhar o capital e estabelecer novas regras de governança
Companhia aposta em alinhamento de grupos familiares e voto em bloco para consolidar estratégia de longo prazo
Gafisa, Banco Master e mais: entenda a denúncia que levou Nelson Tanure à mira dos reguladores
Uma sequência de investigações e denúncias colocou o empresário sob escrutínio da Justiça. Entenda o que está em jogo
Bilionária brasileira que fez fortuna sem ser herdeira quer trazer empresa polêmica para o Brasil
Semanas após levantar US$ 1 bilhão em uma rodada de investimentos, a fundadora da Kalshi revelou planos para desembarcar no Brasil
Raízen (RAIZ4) precisa de quase uma “Cosan” para voltar a um nível de endividamento “aceitável”, dizem analistas
JP Morgan rebaixou a recomendação das ações de Raízen e manteve a Cosan em Neutra, enquanto aguarda próximos passos das empresas