Acabou o otimismo? Nubank (ROXO34) perde liderança e volta a valer menos que o Itaú (ITUB4) — e aqui estão os motivos por trás da queda
Na última sexta-feira (2), o valor de mercado da fintech ficou atrás do Itaú no fechamento dos mercados dos EUA e do Brasil pela primeira vez desde o começo de junho
A disputa pela coroa de banco mais valioso da América Latina continua a todo o vapor — e o Nubank (ROXO34) acaba de perder a liderança para o Itaú Unibanco (ITUB4) outra vez.
Na última sexta-feira (2), o valor de mercado da fintech ficou atrás do Itaú no fechamento dos mercados dos Estados Unidos e do Brasil. Esta foi a primeira vez que as posições se inverteram desde o começo de junho.
As ações do Nubank caíram 5,2% na bolsa de Nova York (NYSE) no pregão de ontem, levando a um valor de mercado de cerca de R$ 299,57 bilhões, segundo dados do Investing — levemente abaixo da avaliação de R$ 300,37 bilhões do Itaú.
O desempenho negativo do Nu veio na esteira da redução de recomendação para os papéis da fintech pelo UBS BB, de compra para neutra.
Foi o segundo rebaixamento do banco digital do cartão roxo em duas semanas, após o JP Morgan realizar um movimento similar.
No acumulado de 2024, as ações Nu sobem cerca 32% em Nova York. Nos últimos 30 dias, porém, caem aproximadamente 12%, diante tanto dos cortes de recomendação quanto de uma percepção desfavorável sobre os índices de inadimplência da carteira.
Leia Também
Lembrando que o Nubank possui ações listadas na Bolsa de Nova York e recibos (BDRs) na B3, com o código ROXO34. Por aqui, os papéis do banco digital acumulam alta de 51% no ano.
- Muitos investidores perdem a oportunidade de lucrar em dólar esperando a queda da moeda; esta carteira de BDRs já valorizou mais de 26% este ano – veja as 10 ações recomendadas
Por que dois bancões não recomendam a compra do Nubank (ROXO34)?
Os dois bancos elencaram o mesmo motivo para deixar de recomendar a compra do Nubank: pouco espaço para valorização.
"Acreditamos que o valor de mercado de US$ 57 bilhões [registrado na quinta-feira (1)] precifica todas as atuais iniciativas da fintech", afirmou o UBS BB, em relatório.
Na visão dos analistas, mesmo que novos produtos ou uma possível expansão para mais países abram espaço para novas altas, os resultados efetivos destes movimentos levarão algum tempo para aparecer.
Já em relatório divulgado em julho, o JP Morgan afirmou que o espaço para que o Nubank cresça no segmento de baixa renda no Brasil tem ficado menor, o que reduz as opções para a fintech.
"Crescer na média ou na alta renda será necessário para sustentar a expansão, ou poderíamos ver o Nubank continuando a ganhar mercado na baixa renda (o que é arriscado, mas possível)", disse ele.
Leia também:
- A América Latina ficou pequena para o Nubank (ROXO34)? Analistas apontam os próximos destinos para o banco digital expandir os negócios
- Dos números ‘chatos’ do Itaú às preocupações com Nubank: veja o que esperar dos balanços dos bancos no 2º trimestre
Maior inadimplência
Na quinta-feira passada (1), o Banco Central divulgou novos dados das instituições financeiras de maio que levaram a novas perdas nas ações do Nubank em Wall Street.
A pressão veio da carteira classificada com as notas de crédito mais baixas, de E a H, que passou a representar 10,2% da carteira total do Nubank, contra 9,7% em maio.
O crescimento do índice ampliou temores de que as provisões subam, e que o ritmo de alta da carteira caia.
"Acreditamos que os participantes de mercado vão monitorar muito de perto a evolução da qualidade dos ativos do Nubank, bem como de que forma o crescimento da carteira de crédito vai evoluir nos próximos meses e trimestres", afirmou o Bradesco BBI.
- LEIA MAIS: Investimento em BDRs permite buscar lucros dolarizados com ações gringas, sem sair da bolsa brasileira – veja os 10 melhores papéis para comprar agora
Embora os dados do BC não costumem fazer preço, a aversão a risco do mercado na quinta amplificou seus efeitos.
Além disso, a inadimplência da carteira do tem sido monitorada de perto, porque enquanto os índices de atraso dos grandes bancos estão estáveis ou caindo, os do Nubank estão em alta.
No primeiro trimestre, por exemplo, chegaram a 6,3%, contra 5,5% em março do ano passado. O Nubank tem dito que controlar a inadimplência não é prioridade no momento, e que o ponto mais importante é crescer.
No entanto, com os múltiplos altos dos papéis, analistas consideram que a margem de tolerância do mercado está menor.
"Embora os mercados estejam compreensivelmente nervosos devido aos altos múltiplos, a tese sempre foi sobre mais do que apenas os índices de atraso", disse o Itaú BBA.
*Com informações do Estadão Conteúdo.
Falta de luz causa prejuízo de R$ 1,54 bilhão às empresas de comércio e serviços em São Paulo; veja o que fazer caso tenha sido lesado
O cálculo da FecomercioSP leva em conta a queda do faturamento na quarta (10) e quinta (11)
Nubank busca licença bancária, mas sem “virar banco” — e ainda pode seguir com imposto menor; entenda o que está em jogo
A corrida do Nubank por uma licença bancária expõe a disputa regulatória e tributária que divide fintechs e bancões
Petrobras (PETR4) detalha pagamento de R$ 12,16 bilhões em dividendos e JCP e empolga acionistas
De acordo com a estatal, a distribuição será feita em fevereiro e março do ano que vem, com correção pela Selic
Quem é o brasileiro que será CEO global da Coca-Cola a partir de 2026
Henrique Braun ocupou cargos supervisionando a cadeia de suprimentos da Coca-Cola, desenvolvimento de novos negócios, marketing, inovação, gestão geral e operações de engarrafamento
Suzano (SUZB3) vai depositar mais de R$ 1 bilhão em dividendos, anuncia injeção de capital bilionária e projeções para 2027
Além dos proventos, a Suzano aprovou aumento de capital e revisou estimativas para os próximos anos. Confira
Quase R$ 3 bilhões em dividendos: Copel (CPLE5), Direcional (DIRR3), Minerva (BEEF3) e mais; confira quem paga e os prazos
A maior fatia dessa distribuição é da elétrica, que vai pagar R$ 1,35 bilhão em proventos aos acionistas
Cade aprova fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi com exigência de venda de lojas em SP
A união das operações cria a maior rede pet do Brasil. Entenda os impactos, os “remédios” exigidos e a reação da concorrente Petlove
Crise nos Correios: Governo Lula publica decreto que abre espaço para recuperação financeira da estatal
Novo decreto permite que estatais como os Correios apresentem planos de ajuste e recebam apoio pontual do Tesouro
Cyrela (CYRE3) propõe aumento e capital e distribuição bilionária de dividendos, mas ações caem na bolsa: o que aconteceu?
A ideia é distribuir esses dividendos sem comprometer o caixa da empresa, assim como fizeram a Axia Energia (AXIA3), ex-Eletrobras, e a Localiza, locadora de carros (RENT3)
Telefônica Brasil (VIVT3) aprova devolução de R$ 4 bilhões aos acionistas e anuncia compra estratégica em cibersegurança
A Telefônica, dona da Vivo, vai devolver R$ 4 bilhões aos acionistas e ainda reforça sua presença em cibersegurança com a compra da CyberCo Brasil
Brasil registra recorde em 2025 com abertura de 4,6 milhões de pequenos negócios; veja quais setores lideram o crescimento
No ano passado, pouco mais de 4,1 milhões de empreendimentos foram criados
Raízen (RAIZ4) vira penny stock e recebe ultimato da B3. Vem grupamento de ações pela frente?
Com RAIZ4 cotada a centavos, a B3 exige plano para subir o preço mínimo. Veja o prazo que a bolsa estipulou para a regularização
Banco Pan (BPAN4) tem incorporação pelo BTG Pactual (BPAC11) aprovada; veja detalhes da operação e vantagens para os bancos
O Banco Sistema vai incorporar todas as ações do Pan e, em seguida, será incorporado pelo BTG Pactual
Dividendos e JCP: Ambev (ABEV3) anuncia distribuição farta aos acionistas; Banrisul (BRSR6) também paga proventos
Confira quem tem direito a receber os dividendos e JCP anunciados pela empresa de bebidas e pelo banco, e veja também os prazos de pagamento
Correios não devem receber R$ 6 bilhões do Tesouro, diz Haddad; ajuda depende de plano de reestruturação
O governo avalia alternativas para reforçar o caixa dos Correios, incluindo a possibilidade de combinar um aporte com um empréstimo, que pode ser liberado ainda este ano
Rede de supermercados Dia, em recuperação judicial, tem R$ 143,3 milhões a receber do Letsbank, do Banco Master
Com liquidação do Master, há dúvidas sobre os pagamentos, comprometendo o equilíbrio da rede de supermercados, que opera queimando caixa e é controlada por um fundo de Nelson Tanure
Nubank avalia aquisição de banco para manter o nome “bank” — e ainda pode destravar vantagens fiscais com isso
A fintech de David Vélez analisa dois caminhos para a licença bancária no Brasil; entenda o que está em discussão
Abra Group, dona da Gol (GOLL54) e Avianca, dá mais um passo em direção ao IPO nos EUA e saída da B3; entenda
Esse é o primeiro passo no processo para abertura de capital, que possibilita sondar o mercado antes de finalizar a proposta
Por que a Axia Energia (AXIA3), ex-Eletrobras, aprovou um aumento de capital de R$ 30 bilhões? A resposta pode ser boa para o bolso dos acionistas
O objetivo do aumento de capital é manter o equilíbrio financeiro da empresa ao distribuir parte da reserva de lucros de quase R$ 40 bilhões
Magazine Luiza (MGLU3) aposta em megaloja multimarcas no lugar da Livraria Cultura para turbinar faturamento
Com cinco marcas sob o mesmo teto, a megaloja Galeria Magalu resgata a memória da Livraria Cultura, cria palco para conteúdo e promete ser a unidade mais lucrativa da varejista