Hyundai Creta: como um SUV exótico se transformou no campeão de vendas em 2023
Mesmo dividindo opiniões por causa de seu design polêmico, o SUV compacto da Hyundai emplacou e terminou o ano passado como o veículo mais vendido no varejo

Olhe para a rua e tente adivinhar o nome de um carro olhando apenas sua frente, rapidamente. Quem não é super expert em carros pode reconhecer um ou outro modelo, mas também vai se confundir.
Quem não entende tanto do assunto costuma dizer que os carros estão cada vez mais parecidos. Mas não é bem assim.
Alguns elementos tornam-se tendências e se repetem em muitos lançamentos: faróis afiliados, barra longitudinal ligando as lanternas traseiras e ampla grade em formato de colmeia são recursos de design estampados em muitos SUVs.
Mas um desses carros que vemos com frequência nas ruas fugiu da mesmice, deixou para trás os traços caretas e partiu para algo mais radical.
A segunda geração do Hyundai Creta, lançada em 2021, apresentou traços diferentes de qualquer outro veículo — e causou polêmica.
- ONDE INVESTIR: A bolsa ainda está barata e estas 13 ações são as favoritas dos analistas para investir em 2024. Baixe o guia do Seu Dinheiro
Hyundai Creta: design que divide opiniões
A frente do Creta possui faróis divididos, grade hexagonal que parece pequena em relação ao tamanho do capô e traços angulosos.
Leia Também
A lateral é elegante, com linha de cintura alta e teto que fica ligeiramente rebaixado conforme avança. A traseira é única: as lanternas bipartidas têm desenho incomum, com elementos que invadem a tampa, que é cheia de recortes.
Na ocasião de lançamento, a Hyundai informou que o SUV era inspirado na linguagem de design da marca, chamada de “esportividade sensual, que impressiona por sua imponência e estilo inconfundível, totalmente renovado e ainda mais elegante e sofisticado.”
A conversa do marketing convenceu muita gente, que, na época, final de 2021, via no Creta um visual futurista, audacioso, um carro inovador e que disse não à mesmice.
Entre outros comentários, apaixonados por carros diziam que “pessoalmente” ele era menos feio, parecia um Ssangyong [marca de carros realmente estranhos], além de ser polêmico e exótico.
Ao manter as duas gerações convivendo, a Hyundai parecia “insegura” com o lançamento: o antigo Creta, lançado em 2017, continua à venda.

Ele carrega um design mais comum e fluido, faróis tradicionais, grade com filetes horizontais, ou seja, um SUV mais na linha tradicional.
Apenas a versão de entrada traz a antiga carroceria e o motor 1.6, e representa 30% das vendas do Creta.
Enquanto muitos apostaram no fracasso do “novo Hyundai Creta”, num oceano de novidades (menos polêmicas), o subjetivo pouco importou, pelo menos nas vendas.
Hyundai Creta | Unidades | Colocação entre os SUVs compactos / SUVs gerais | Participação de mercado entre todos os SUVs |
---|---|---|---|
2021 | 64.759 | 2º/3º | 9,69% |
2022 | 62.651 | 3º/4º | 9,06% |
2023 | 65.817 | 3º/3º | 8,41% |
SUVs compactos mais vendidos no Brasil em 2023
Modelos | Unidades | Participação entre todos SUVs |
---|---|---|
1º Volkswagen T-Cross | 72.440 | 9,26% |
2º Chevrolet Tracker | 66.643 | 8,52% |
3º Hyundai Creta | 65.817 | 8,41% |
4º Volkswagen Nivus | 52.103 | 6,66% |
5º Nissan Kicks | 50.778 | 6,49% |
6º Honda HR-V | 48.054 | 6,14% |
7º Jeep Renegade | 47.389 | 6,06% |
8º Fiat Pulse | 45.808 | 5,86% |
9º Fiat Fastback | 40.402 | 5,16% |
10º Renault Duster | 26.506 | 3,39% |
Vale, ainda, um destaque: o Hyundai Creta liderou a vendas de SUVs no varejo do mercado brasileiro em 2023 com 58.081 emplacamentos, ou 88% de suas vendas.
Na comparação, T-Cross teve 35.819 unidades vendidas no varejo e Tracker, 41.984.
Isso mostra que o Hyundai tem mais força com o consumidor final, enquanto seus concorrentes dividem suas vendas para empresas (vendas diretas).
Vender no varejo não quer dizer que um modelo é melhor ou não, mas significa que ele tem mais força com o consumidor final, ao invés de ser comercializado por lotes diretamente pela fabricante (muitas vezes com generosos descontos) a locadoras e frotas, que se importam mais pelos custos do que pelo produto em si.
Na próxima reportagem você vai conhecer 7 motivos pelos quais o Hyundai Creta é mais do que um SUV de design polêmico e o que esperar da próxima geração do veículo.
Azul (AZUL4) volta a tombar na bolsa; afinal, o que está acontecendo com a companhia aérea?
Empresa enfrenta situação crítica desde a pandemia, e resultado do follow-on, anunciado na semana passada, veio bem abaixo do esperado pelo mercado
Salão de Xangai 2025: BYD, elétricos e a onda chinesa que pode transformar o mercado brasileiro
O mundo observa o que as marcas chinesas trazem de novidades, enquanto o Brasil espera novas marcas
Nova temporada de balanços vem aí; saiba o que esperar do resultado dos bancos
Quem abre as divulgações é o Santander Brasil (SANB11), nesta quarta-feira (30); analistas esperam desaceleração nos resultados ante o quarto trimestre de 2024, com impactos de um trimestre sazonalmente mais fraco e de uma nova regulamentação contábil do Banco Central
JBS (JBSS3) avança rumo à dupla listagem, na B3 e em NY; isso é bom para as ações? Saiba o que significa para a empresa e os acionistas
Próximo passo é votação da dupla listagem em assembleia marcada para 23 de maio; segundo especialistas, dividendos podem ser afetados
O turismo de luxo na Escandinávia é diferente; hotéis cinco-estrelas e ostentação saem do roteiro
O verdadeiro luxo em uma viagem para a região escandinava está em praticar o slow travel
OPA do Carrefour (CRFB3): com saída de Península e GIC do negócio, o que fazer com as ações?
Analistas ouvidos pelo Seu Dinheiro indicam qual a melhor estratégia para os pequenos acionistas — e até uma ação alternativa para comprar com os recursos
Papa Francisco estreou o primeiro papamóvel elétrico do Vaticano; relembre
No final do ano passado, Mercedes presentou o pontífice com um Classe G adaptado com adaptações feita à mão
Tesla (TSLA34) não escapa das tarifas contra a China, e BofA corta preço-alvo pela segunda vez no ano — mas balanço do 1T25 devem vir bom
Bank of America reduz preço-alvo em antecipação ao relatório trimestral previsto para esta terça-feira; resultados devem vir bons, mas perspectiva futura é de dificuldades
Como o melhor chef confeiteiro do mundo quer conquistar o brasileiro, croissant por croissant
Como o Mata Café, chef porto-riquenho Antonio Bachour já deu a São Paulo um tira-gosto de sua confeitaria premiada; agora ele está pronto para servir seu prato principal por aqui
Tenda (TEND3) sem milagres: por que a incorporadora ficou (mais uma vez) para trás no rali das ações do setor?
O que explica o desempenho menor de TEND3 em relação a concorrentes como Cury (CURY3), Direcional (DIRR3) e Plano & Plano (PLPL3) e por que há ‘má vontade’ dos gestores
De olho na classe média, faixa 4 do Minha Casa Minha Vida começa a valer em maio; saiba quem pode participar e como aderir
Em meio à perda de popularidade de Lula, governo anunciou a inclusão de famílias com renda de até R$ 12 mil no programa habitacional que prevê financiamentos de imóveis com juros mais baixos
Monas e Michelin: tradições de Páscoa são renovadas por chefs na Catalunha
Mais que sobremesa, as monas de Páscoa catalãs contam a história de um povo — e hoje atraem viajantes em busca de arte comestível com assinatura de chefs
É hora de aproveitar a sangria dos mercados para investir na China? Guerra tarifária contra os EUA é um risco, mas torneira de estímulos de Xi pode ir longe
Parceria entre a B3 e bolsas da China pode estreitar o laço entre os investidores do dois países e permitir uma exposição direta às empresas chinesas que nem os EUA conseguem oferecer; veja quais são as opções para os investidores brasileiros investirem hoje no Gigante Asiático
Por que o Mercado Livre (MELI34) vai investir R$ 34 bilhões no Brasil em 2025? Aporte só não é maior que o de Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3)
Com o valor anunciado pela varejista online, seria possível comprar quatro vezes Magalu, Americanas e Casas Bahia juntos; conversamos com o vice-presidente e líder do Meli no Brasil para entender o que a empresa quer fazer com essa bolada
Mercado Livre (MELI34) vai aniquilar a concorrência com investimento de R$ 34 bilhões no Brasil? O que será de Casas Bahia (BHIA3) e Magalu (MGLU3)?
Aposta bilionária deve ser usada para dobrar a logística no país e consolidar vantagem sobre concorrentes locais e globais. Como fica o setor de e-commerce como um todo?
Dividendos da Petrobras (PETR4) podem cair junto com o preço do petróleo; é hora de trocar as ações pelos títulos de dívida da estatal?
Dívida da empresa emitida no exterior oferece juros na faixa dos 6%, em dólar, com opções que podem ser adquiridas em contas internacionais locais
Smartphones e chips na berlinda de Trump: o que esperar dos mercados para hoje
Com indefinição sobre tarifas para smartphones, chips e eletrônicos, bolsas esboçam reação positiva nesta segunda-feira; veja outros destaques
Allos (ALOS3) entra na reta final da fusão e aposta em dividendos com data marcada (e no começo do mês) para atrair pequeno investidor
Em conversa com Seu Dinheiro, a CFO Daniella Guanabara fala sobre os planos da Allos para 2025 e a busca por diversificar receitas — por exemplo, com a empresa de mídia out of home Helloo
Volvo EX90, a inovação sobre rodas que redefine o conceito de luxo
Novo top de linha da marca sueca eleva a eletrificação, a segurança e o conforto a bordo a outro patamar
COP30: O que não te contaram sobre a maior conferência global do clima e por que ela importa para você, investidor
A Conferência do Clima será um evento crucial para definir os rumos da transição energética e das finanças sustentáveis no mundo. Entenda o que está em jogo e como isso pode impactar seus investimentos.